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terça-feira, 15 de novembro de 2022

"Trabalhar com alegria"... o que é isto? Você sabe?

 


Bati o olho no artigo da Veja, abaixo, e me surpreendi(!) ao refletir sobre o tema "Trabalhar com Alegria".  Fiquei me perguntando, por quê a surpresa? 

Considero que, antes de tudo, devemos - mesmo sob risco de "filosofar" - buscar definir o que seria "alegria no trabalho". Não confundir com "Alegria por Trabalhar" ou "Felicidade no Trabalho".  


Para pontuar minha dificuldade, devo dizer que não lembro, de alguma vez na vida haver trabalhado sem, digamos, esse "tipo de alegria". Estranho para mim pensar nessa situação. O que seria isso então? Alegria no trabalho... Um sentimento? Um comportamento? Uma atitude? Um estado de espírito"? O quê? Incrível que, agora, pensando nisso com mais profundidade, vejo que nunca havia sido instado a definir-la. Fui pesquisar...  


Vejam e pensem na frase abaixo, de Máximo Gorki: 




Que tal? Dá para pensar, não é? Trabalho e vida... acho que a chave dessa significação passa por aí, por esses dois fatores. 


Clique nesse link que tem o título de "41 frases de felicidade no trabalho". Se der tempo, recomendo que leiam todas. Vou ajudá-los. Abaixo estão algumas delas:

  • "Não pode haver felicidade na vida, se não houver felicidade no trabalho que se faz." Tomás de Aquino 
  • "O homem só consegue ser formidável, quando age por paixão". Benjamim Disraeli 
  • “O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.” Aristóteles 

Não vou cansá-los aqui tateando no escuro para eleger uma frase ou sentença que abranja algo tão amplo. Para ficar em paz comigo mesmo e em respeito aos leitores me arrisco, no máximo, a dizer que "alegria no trabalho" é muito mais um conjunto de sentimentos e fatores de vida interligados, do que fruto de atitudes ou comportamentos.  


Convido-os a entrar no Google com a pesquisa "Alegria no Trabalho" e buscar entre os 41.000.000 de links disponíveis e ver se encontram algo melhor do que minha humilde contribuição.  


De qualquer sorte, o artigo abaixo, que fui buscar na revista Veja, de autoria do jornalista Valmir Moratelli, discorre sobre e apresenta o depoimento da repórter Lizandra Trindade que pediu demissão da TV Globo por estar fazendo seu trabalho sem alegria. Uau!


Só o fato de pedir demissão de um conglomerado onde muitos querem estar já parece, por si só, algo inusitado; mas pelo que informa o texto, não é tanto assim. 


A Oficina de Gerência fica satisfeita de poder trazer aos leitores do blog um tema tão interessante para o mundo corporativo e sua interligação com o cotidiano da vida. 





VEJA GENTE
Por Valmir Moratelli




Após 19 anos de Globo, repórter pede demissão por ‘trabalhar sem alegria’ 

Lizandra Trindade passou a receber depoimentos de ‘great resignation’; entenda

(Por Valmir Moratelli  - Publicado em 16 ago 2022) 

 

Lizandra Trindade - 


Lizandra Trindade pediu demissão há cerca de dois meses da TV Globo. Ela anunciou a saída na sequência da partida de Fátima Bernandes do Encontro. “Não estava bom… Trabalhar sem a alegria de sempre era desrespeitoso”, declarou Lizandra, foi apresentadora no SporTV, onde participou de grandes coberturas, como os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, e apresentou programas como Planeta SporTV e SporTV News. 


A tendência de demissões voluntárias ganhou nos Estados Unidos o nome de “great resignation” (em tradução livre, seria como “grande renúncia”). Somente em 2021, mais de 47 milhões de pessoas nos EUA deixaram seus postos de trabalho por iniciativa própria. Ao comunicar nas redes sociais a decisão de sua saída, Lizandra passou a receber depoimentos de seguidores que também tomaram atitude de great resignation. “Eu não esperava a repercussão da minha última postagem, sobre a saída da Globo… Senti-me abraçada e percebi o quanto é comum o que vivo. Eu saí. Centenas se identificaram. Milhões pedem demissão por mês nos Estados Unidos. A Beyoncé está cantando a nossa situação. As lideranças estão ouvindo? Ou estão dançando?”, disse. 


Leia a seguir a íntegra do comunicado da jornalista: 


Eu saí da Globo. Porque eu quis. Há, sim, um quê de loucura na minha decisão. Li outro dia, aqui mesmo, no LinkedIn, numa pesquisa da Cia de Talentos, que a Globo está em terceiro lugar no ranking das empresas mais desejadas para se trabalhar. Li isso dias depois de assinar a minha demissão. E ninguém precisa me explicar o resultado da pesquisa. Estive dezenove anos lá dentro, cresci lá dentro. A Globo me formou como profissional. 


Eu trabalhei quase duas décadas na maior empresa de comunicação do país, com os melhores recursos técnicos e os profissionais mais qualificados que o mercado poderia me oferecer. Fiz amigos para a vida toda, entrevistei gente relevante, fui a Copa e Olimpíada, apresentei jornais de rede. Tive sucesso no sonho da menina de 8 anos que queria ser jornalista quando crescesse. E tive dificuldade na hora de sair, porque essa menina segue em mim e não é acostumada a desistir. Acontece que, no final, a minha experiência já não era sonho. Ninguém abre mão de uma relação tão longa quando ela é mais boa que ruim. Minha história na Globo tem um saldo ultra-mega-hiper positivo. Mas os últimos anos, não. Chegar para trabalhar sem a alegria de sempre era desrespeitoso comigo. Precisei de tempo para aceitar a ruptura, entender que renovação não é desistência. Pelo contrário: abrir mão do que não estava bom era não desistir de mim mesma. 


No centro da minha vida profissional havia uma empresa. Hoje, eu estou ali. Com toda a minha capacidade produtiva e um prioritário senso de autocuidado. Venci o medo. E garanto: tem coragem na fórmula da felicidade. A única pessoa no mundo corporativo que tem como prioridade fazer você feliz é você mesmo. Você está preparado para essa missão?” 

  • Clique aqui caso desejar ler o artigo no site original. Se tiver oportunidade leia também os comentários na página dela no Instagram. Repercussão enorme e muito aprendizado.

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