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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Após passar a Pandemia. Quais serão os profissionais procurados pelo mercado?



O universo corporativo vive momentos de grandes mudanças e especulações no que diz respeito ao retorno dos seus profissionais na retomada da normalidade pós-pandemia.

Inegável que o conjunto de paradigmas que predominavam nas relações empregado/empresa sofreram profundas mudanças durante o ano passado; e continuam em curso neste início de 2021 com o recrudescimento da pandemia. O advento do home office, por exemplo, é uma das mais importantes; a valorização das atividades em torno da TI (Tecnologia da Informação) estará, inegavelmente, entre as mais procuradas. 

Segundo a revista Você S/A, para 2021 e 2022, as áreas jurídica, da saúde, do marketing, da construção e da inovação e tecnologia apresentam-se como as mais fortes, conforme diversas pesquisas e sites de recursos humanos (clique aqui para ler o artigo).

A verdade é que - como tudo que se refere à vida, passada a pandemia - há uma enorme incerteza e um mundo de especulações sobre como serão as relações das empresas com seus recursos humanos; que tipo de profissionais vão surgir, após as mudanças enormes e inesperadas que estamos vivendo? desmesurado desemprego; traumas diversos pelos sacrifícios que todos passaram? Que tipos de trabalhos, dos recursos humano, serão demandados? Que perfis de lideranças se imporão e serão respeitadas? Que políticas de RH terão de ser reinventadas para fazer frente a essa nova realidade que virá?

O artigo abaixo, que transcrevi do site Administradores.com, faz excelente abordagem do tema. O autor é David Braga*, especialista  dos mais respeitados (veja o seu perfil ao final do post).

Boa leitura.



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Que tipo de profissional você será em 2021?

"A autogestão da carreira definirá o futuro dos profissionais no mercado de trabalho"

 

Falar de um ano desafiador, incerto e de muitas mudanças, com certeza, é falar de 2020. Foram meses que colocaram à prova governos, empresas e pessoas. Todos tiveram que vivenciar, de fato, a palavra disrupção. Foi necessário revisar planos pessoais, planejamentos corporativos, sonhos, promoções na carreira, casamentos e até mesmo lançamento de produtos ou unidades de negócios. No entanto, os momentos difíceis só são determinantes e cruéis para quem não enxerga as oportunidades. 

Nas empresas, transformações positivas também surgiram, com destaque para as mudanças na cultura organizacional, o que, por sua vez, ampliou as exigências em relação às competências e habilidades de lideranças e liderados. Sendo assim, este é um bom momento para que os profissionais repensem – se ainda não o fizeram – o caminho em que estão e de que maneira ele os conduzirá para onde desejam. Afinal, você quer ser considerado talentoso ou medíocre em 2021?

Para essa reflexão, é bom lembrar que, do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro, muda-se apenas uma data do calendário. Apesar de muitos acreditarem, erroneamente, mas com muita esperança, que tudo vai se resolver e melhorar com essa troca de ano, o poder de transformação está, na verdade, nas atitudes de cada um – aliás, uma das principais características apreciadas pelas empresas. 



A autogestão da carreira definirá não apenas o presente, como, também, o futuro dos profissionais no mercado de trabalho. Nesse caso, as iniciativas, a forma com a qual ele lida com as pessoas, o poder de engajamento e de entrega dos resultados continuarão a definir quem mantém a empregabilidade ou quem estará desempregado em breve.

Além disso, está mais claro do que nunca que de nada vale somente ter um título, mesmo que seja da Universidade Harvard, se o indivíduo não possui empatia, escuta ativa e uma liderança sustentável. Aqui, reforçando que sustentabilidade nos negócios vai muito além do meio ambiente: diz respeito ao modo como os colaboradores, fornecedores e parceiros são tratados, a compliance, à governança e à ética. Sem falar de tantos outros atributos que deveriam ser básicos, porém ainda são usados para distinguir o ótimo do medíocre: resiliência, comunicação, persuasão, gestão de conflitos, adaptação ao novo, incluindo à tecnologia, só para dar alguns exemplos

Do estagiário ao presidente de qualquer porte da organização – familiar, nacional ou internacional –, terão destaque apenas os talentos, ou seja, aqueles que se moldam de acordo com o tempo, das novas necessidades de mercado e de suas habilidades. São profissionais que se desafiam a serem melhores hoje do que foram ontem e, sobretudo, que não tenham medo da mudança. Como diria Albert Eisntein, “a vida é como andar de bicicleta. Para ter equilíbrio, é preciso estar em movimento”. 

Assim, evidentemente, os que saíram e sairão à frente serão sempre aqueles que, mesmo diante das piores adversidades, criam novos caminhos e têm novas ideias, conseguem pensar de forma criativa e desenvolver novos produtos, novas soluções e se apropriar do melhor da tecnologia, da inteligência artificial e, particularmente, dos indivíduos. Afinal, por mais tecnológica que seja uma empresa, é por meio das pessoas que se obtêm os resultados.



Por fim, discute-se tanto sobre propósito, felicidade no trabalho, legado, espiritualidade, compliance, capitalismo consciente, diversidade e tantos outros temas mais atuais do que nunca. Então, o profissional precisa saber o que quer da vida, seja no âmbito pessoal, seja na carreira. Para ter essa clareza, é vital se conhecer, o que pode ser acelerado por uma terapia ou um processo qualificado de coaching. Dessa forma, é mais fácil ter essa clareza a respeito de quais são suas principais competências e habilidades (soft skills), que pontos ainda precisam ser melhorados e, especialmente, o que deseja da vida.

Quando alcançamos esse autoconhecimento, é exatamente quando assumimos o controle das nossas ações – ou o tão falado protagonismo. Portanto, para aquelas pessoas que projetam um 2021 diferente e mais produtivo, esse é o caminho a seguir.

*David Braga é CEO, Board Advisor e Headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos de média e alta gestão, que atua em todos os setores da economia na América Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte. Ao longo de sua carreira, já avaliou mais de 10 mil executivos de alta gestão, selecionando para clientes Latam.

David é colunista da BandNews FM, tem formação de Conselheiro de Administração pela Fundação Dom Cabral (FDC), possui certificação de Executive Coach pela International Association of Coaching e é practitioner em Micro Expressões e Programação Neolinguística. O executivo tem vivência internacional em Trinidad and Tobago, Londres, África e Estados Unidos. É também autor do livro “Contratado ou Demitido – só depende de você” e professor convidado da Fundação Dom Cabral (FDC) para matérias de gestão de pessoas.

E-mail: david@primetalentbrasil.com.br

Recomendo àqueles que estejam interessados e saber um pouco mais sobre o assunto que visitem o site da Você S.A. com o artigo
"Veja quais profissionais estarão em alta em 2021" (clique aqui). É um completo estudo com a projeção  sobre o mercado de trabalho que deverá surgir com o final da pandemia.

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