O blogueiro entrevistando Pelé em 1968 |
Entre os privilégios pessoais de estar vivendo nos
dias de hoje está o de haver visto, ao vivo e em cores, o Rei Pelé em ação.
Daí, que hoje, quando o Rei chega aos 80 anos, posso escrever sobre ele sem
precisar recorrer a fontes de consulta. Eu vivi, como torcedor e como repórter esportivo, os anos de ouro do Rei.
Vi Pelé jogar, várias vezes, à beira dos gramados.
Como muitos brasileiros ouvi (pelo rádio, em Recife) e vi nos filmes o Pelé aparecer na Copa de 1958. Eu ainda era um menino pré-adolescente que nem me ligava em futebol.
Meu pai era um apaixonado torcedor do Vasco da Gama e adorava futebol. Ele me chamou para ouvir as transmissões "ao vivo" dos jogos da Copa de 58.
Como ele era um radioamador, à época, tinha um equipamento especial onde se ouvia com muita clareza as ondas curtas das emissoras do Rio e São Paulo. A preferência dele era a dupla Pedro Luiz e Edson Leite da Rádio Bandeirante. Vejam abaixo os gols da final da Copa de 58 nas narrações dos dois grandes locutores esportivos.
Foi a partir daí que comecei a amar o futebol e "conhecer" o Pelé que foi a grande sensação da Copa do Mundo, com 17 anos e um talento que revelado ao mundo naquela Copa iria assombrar o planeta por sua genialidade.
Como estudante do "curso científico" e amante do futebol também era repórter esportivo de rádio, desde 1963 (até 1970), em Recife e vivi os anos de ouro do futebol no Brasil. Anos de Pelé. Anos do Santos de Zito, Pepe e Clodoaldo, do Cruzeiro de Tostão, Raul, Dirceu Lopes e Piazza, do Botafogo de Gerson, Jairzinho e Paulo César, do Vasco da Gama de Brito e Fontana, do Corinthians de Rivelino e do Flamengo de Doval (como jornalista, não vi o Zico jogar; só estrearia no Flamengo em 1971). Vi todos esses craques e muitos outros jogarem, trabalhando como repórter de campo e interagindo com aquele mundo fascinante.
Digo isso com muito orgulho, hoje, para poder registrar no blog a passagem dos 80 anos de Pelé. Não cometerei o exagero de comentar qualquer coisa sobre ele. Para isso é só acessar os principais sites de notícias. Quero apenas juntar-me à multidão, no planeta Terra que está homenageando hoje o Rei Pelé, orgulho do Brasil e de todos os esportes no mundo inteiro.
Como registro pessoal, ilustrei o início do post com uma das poucas imagens que consegui “salvar nos meus arquivos pessoais”, como repórter, entrevistando o Pelé. Foi na Ilha do Retiro - Recife (estádio do Sport) e salvo melhor memória em 1968/69, em algum jogo dos muitos que o Santos disputou em Recife, à época. Essa imagem é uma das principais "relíquias", na minha história
Não posso encerrar este post sem aproveitar a
oportunidade para registrar - sem “patriotada - que quem, como eu que amo o
futebol e o acompanha desde a Copa do Mundo de 1958, não pode sequer aceitar
uma comparação entre Pelé e Maradona. Aceito que Maradona é um “Príncipe”, mas
o Rei do Futebol será sempre o nosso Pelé. Só ele parou uma guerra na África para que os combatentes de ambos os lados pudessem assisti-lo jogar.
Que viva o Rei ainda mais uns bons anos, para nos lembrar dos tempos em que o brasileiro tinha orgulho de se identificar no exterior para dizer que era do país do Pelé. È verdade, aconteceu comigo!
Lembro dessa foto, no seu Gabinete/MT do senhor entrevistando o Pelé! Achei sensacional! Saúde!
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