Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Pergunte ao Max Gehringer":
Anônimo
Jan 25, 2012 03:26 AM
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Não é incomum que essas ''trocas esquisitas'' de empregos ocorram no mundo corporativo. Um determinado profissional está bem no seu emprego e recebe proposta tentadora de uma firma concorrente. E vai. Ao chegar lá descobre que "era feliz e não sabia". Ai já é tarde. As causas podem ser várias. Vamos analisar três possibilidades.
- A organização que fez a proposta poderia estar apenas "esvaziando" a concorrente. O profissional no nosso case deveria ter uma carteira destacada na sua antiga empresa e o convite tentador para mudar pode ter sido uma "jogada de concorrência". Acontece muito. Por que digo isso? Não é crível que uma organização tire um empregado com 15 anos de carreira de sua concorrente prometendo melhoria considerável de condições de trabalho e o atire às feras. Seria um contrassenso. Empresas não cometem esse tipo de insensatez.
- Outra possibilidade é que os novos empregadores estejam testando a competência e capacidade produtiva do seu novo contratado. Entregam-lhe uma carteira de clientes podres e ''soltam os cachorros'' na base do "vamos ver se o cara é bom mesmo".
- Uma terceira possibilidade é que o nosso personagem esteja simplesmente sendo vítima de uma manobra de rejeição da corporação que não queria nenhum "estranho no ninho". Nesse caso é só saber se o chefe ficou de acordo com a contratação de um novo operador no seu departamento.
Pelo que o nosso personagem escreveu ele desanimou na primeira levada. Certamente imaginou que teria condições de trabalho semelhantes àquelas que construiu em 15 anos de relações na empresa anterior. Na cabeça dele idealizou ser recebido com tapete vermelho. Erro fatal para quem muda de emprego. Lembram-se da fórmula da liderança? Já escrevi aqui no blog sobre ela.
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Pois é, nosso amigo cometeu um pecado quase mortal por não se considerar uma das variáveis, a mais importante, na mudança que o levou de um emprego a outro. Senão vejamos:
- Alteraram-se as circunstâncias (nova empresa, novos rumos, novas políticas),
- O seu ambiente de trabalho foi transformado, pois ele saiu de uma convivência de 15 anos com um grupo de pessoas e passou a fazer parte de outro ambiente, outra cultura, uma corporação estranha e desconhecida.
- Ele mesmo não se modificou. Quis manter-se o mesmo cara que estava lá, no seu emprego anterior.
O exemplo é ótimo para esclarecer casos semelhantes que ocorrem e estão acontecendo à nossa volta e a toda hora. Sejam para funções de comando e gerência ou para uma simples troca de posição dentro da mesma empresa ou mudança de emprego a fórmula é prevalecente. Todos nós somos instáveis quando se modificam as demais variáveis (circunstâncias e a equipe). Não há constantes na fórmula (lembram-se da velha matemática...). Quem não assimilar isso vai ''queimar no mármore do inferno" como dizia um personagem de novela.
Entenderam agora porque aquele colega de repente começou a fracassar e a se indispor dentro do seu novo departamento? Ou porque aquele outro que era um ótimo supervisor de equipes não deu certo como gerente das mesmas pessoas? Se aplicarem a fórmula vão compreender tudo direitinho. O mesmo serve para cada um de nós.
Reduzindo toda a explicação acima à expressão mais simples o conceito chave que preside tudo isso se chama FLEXIBILIDADE. Esse é o grande talento que todos nós devemos desenvolver e cultivar em nossas vidas. E posso dizer a vocês que não é nada fácil. Comecem a experimentar... Oportunamente escreverei sobre isso. Está aberta a temporada dos comentários.