(Este logotipo sensacional pertence ao blog de mesmo nome cujo autor é o Guilherme Bandeira. Clique sobre a imagem e conheça-o. "Aproprio-me" da imagem para ilustrar minha tag "Destaque de Sites e Blogs")
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proveito a oportunidade para destacar o blog "Questão de Coaching" (clique no logotipo abaixo). Faço parte, no LinkedIn, do Grupo Coaching Brasil que reúne profissionais (e amadores também) que se interessam pelos assuntos corporativos em geral e de coaching em particular. É um excelente fórum de discussões com muitos artigos e opiniões de consultores da melhor qualidade.
Transcrito do blog, e colocado para discussão no Grupo do LinkedIn resolvi trazer também para a Oficina de Gerência o artigo "Tô Deprê!" da psicóloga Carmen Costa que foi convidada a escrevê-lo para o blog "Questão de Coaching" .
O tema é mais que pertinente. Estar "deprê" é uma expressão que foi banalizada pelo uso excessivo e indevido. Depressão é algo muito mais sério e mesmo sem ser profissional no ramo posso dizer que faz parte dos ambientes corporativos com forte presença. Como diretor de corporações tive oportunidade de conhecer e até mesmo lidar - no nível que me cabia - com casos graves de depressão entre os meus colaboradores.
O artigo de Carmen Costa aborda de forma concisa e compreensível esta questão que, de forma geral, é varrida para baixo do tapete pelas diretorias e chefias das empresas. O critério é: "Não é bom para as imagens das organizações (ou pelo menos para os que pensam ser a imagem delas) que seus médicos (hospitais), advogados (escritórios), juízes e promotores (poder judiciário), policiais, engenheiros e sejam lá quais forem as profissões possam ser identificados como pessoas que sofram de depressão".
Além do mais o artigo desconstrói a banalização da depressão frequentemente confundida com a tristeza. Sim! Isso mesmo, tristeza! Leia abaixo, a título de aperitivo um breve trecho do artigo:
- Já a depressão (que é diferente de tristeza) é quando o número de dias de tristeza são infinitamente maiores que os de alegria. Alguém com depressão não vê a luz no fim do túnel e seu mundo fica pequeno
Que tal? Deu para despertar a curiosidade? Recomendo a leitura do artigo e a visita ao blog "Questão de Coaching". Bom proveito.
Clique e conheça |
Quem apresentou o artigo abaixo no blog "Questão de Coaching" foi a psicóloga Yara Leal de Carvalho que faz parte da equipe que produz o blog. Transcrevo-o para a Oficina de Gerência pela qualidade do texto e do conteúdo.
"Tô deprê!"
(por Carmen Costa*)
Em nossa sociedade, qualquer tristeza virou depressão, e o estar depressivo é banalizado. Depressão é um acontecimento na vida muito mais sério do que esse “deprê” comumente usado no dia a dia das pessoas.
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Assim como é banalizada a tristeza, a alegria também está sendo supervalorizada em nossa sociedade. Não basta ser alegre, mas parece que existe a obrigação de ser alegre o tempo todo, cada vez mais, e se ninguém souber que estou alegre ou triste não vale. A alegria e a tristeza quase não tratadas como sentimentos, mas sim como status.
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A tristeza e a alegria fazem parte da vida, mas a tristeza é aquela parte temida e não aceita por todos enquanto a alegria é desejada e perseguida. A tristeza possui, sim, função no mundo, não dá para ser alegre o tempo todo. Pode-se pensar que é normal um tanto de tristeza. Vinícius de Moraes em sua música “Samba da Benção” diz que “é melhor ser alegre que ser triste”, mas ele também nos traz na mesma música a idéia de que a única forma para se fazer um samba com beleza é tendo um bocado de tristeza.
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Já a depressão (que é diferente de tristeza) é quando o número de dias de tristeza são infinitamente maiores que os de alegria. Alguém com depressão não vê a luz no fim do túnel e seu mundo fica pequeno. Claro que não é tão simples assim, mas essa descrição é uma boa referência. Voltando a Vinícius de Moraes, acho difícil deixar mais clara à diferença entre tristeza e depressão com outra frase a não ser essa: “E a tristeza tem sempre uma esperança/De um dia não ser mais triste não”.
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A depressão é algo mais sério do que a tristeza pela constância e tem como consequência o aniquilamento da vida, destrói a energia e a autoestima interferindo na capacidade ou vontade da pessoa pedir ajuda. Chama a atenção pelo desinteresse nas coisas que sempre gostou.
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A depressão requer ajuda de alguém especializado. Para cuidar da tristeza basta um amigo, ou mesmo alguma atitude.
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Ajude a si mesmo, reconheça seus limites. Converse com alguém sobre seus problemas e procure praticar atividades físicas, pois ela alivia a sensação de opressão, relaxa e ajuda a transformar as contrações faciais em sorrisos. Seu corpo e mente trabalham juntos.
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Cuide-se, pense que você é uma pessoa especial. Repouse o suficiente e alimente-se bem. Se ficar tenso e irritável por dormir pouco, ou não se alimentar corretamente, você terá menor capacidade de lidar com as situações estressantes do dia a dia.
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Reserve tempo para distrair-se. O lazer pode ser tão importante para o seu bem estar quanto o trabalho. Para lidar com o tédio ou a sensação de tristeza e solidão, ou mesmo diante da sensação de pena de si mesmo, tente fazer algo bom e produtivo, algo que lhe dê prazer.
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Na busca de tudo isso você pode encontrar grandes surpresas.
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Você pode chorar… chorar pode ser uma forma saudável de aliviar a ansiedade e pode até mesmo evitar outras consequências físicas do seu estado emocional. Para relaxar procure inspirar profundamente, isto também alivia a tensão.
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Você não pode fugir dos problemas ou dificuldades, mas pode “sonhar o sonho impossível”.
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Você pode pintar mentalmente uma cena tranquila para escapar de uma situação conflitiva e estressante. Pense em mudar o cenário lendo ou ouvindo uma música de sua preferência para criar uma sensação de paz e tranquilidade.
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Você pode pintar mentalmente uma cena tranquila para escapar de uma situação conflitiva e estressante. Pense em mudar o cenário lendo ou ouvindo uma música de sua preferência para criar uma sensação de paz e tranquilidade.
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Dê a si mesmo a chance de sentir prazer em somente “ser”, sem o esforço de ser alegre ou triste. A escolha é sua, mãos à obra.
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Abraços,
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* Carmen Costa tem mais de 20 anos de experiência em psicologia clínica, formação em psicanálise, especialização em dependência química pela USP e UNIFESP.
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Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.