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ão
tenho o hábito de retrucar os comentários dos leitores do blog. Não faço
pré-seleção e não deleto nenhum deles com exceção dos indesejáveis spams. Todavia
um comentário que recebi recentemente (28/10/2011) a propósito do post "Conheça
Soichiro Honda - Uma legenda no Mundo Corporativo" me tirou do sério.
Não pelo seu conteúdo, mas pela forma arrogante, abusada e rabugenta que o
"comentarista" usou para expressar o que apontou como um erro do blog.
Nada
mais natural do que os blogueiros amadores corrigirem erros em seus blogs. Eu
mesmo já consertei inúmeras vezes as incorreções e inexatidões apontadas pelos
leitores aqui na Oficina de Gerência. Sempre agradeci esses comentários, pois
considero um prestígio para o blog que um internauta interesse-se por ele a
ponto de querer apontar uma falha que só irá melhorar sua qualidade.
Entretanto
o comentário do leitor - que infelizmente não teve a coragem de se identificar
- foi extremamente descortês. Irônico, mordaz, sarcástico, arrogante e
zombeteiro. E o pior de tudo, ELE ESTÁ ERRADO! Questionou a utilização da expressão
"legenda" que está no titulo do post apontando-a como errada e
substituindo-a por "lenda".
Sinceramente
fiquei em dúvida e para poder corrigir e responder fiz o que ele deveria ter feito... Simplesmente pesquisei. O resultado
(rápido) é que a expressão "legenda" não está errada! Vexame para o
"comentarista anônimo". Corrigir alguém, de forma desdenhosa e estar
ele próprio errado é um "privilégio" dos tolos, dos ineptos, dos
néscios. Essa é a imagem que o meu preclaro leitor deixa em sua infeliz passagem pelo
blog.
A
resposta ao comentarista eu a coloquei no próprio post que é um dos mais
lidos do blog com mais de 4.000 acessos. Entretanto achei por bem reproduzi-la
aqui também. Até para destacar a necessidade que todos temos de cuidar para não
cometermos atos semelhantes. Fico aqui imaginando o tipo de pessoa que é o
nosso "anônimo" em seu ambiente de trabalho, na família e com os seus
semelhantes. Conheço alguns como ele e sempre tive a cautela de mantê-los à
distância. Não são construtivos...
Pelo
menos por essa breve experiência espero que o leitor (ou talvez devesse escrever
ex-leitor) tenha aprendido uma lição. Acho difícil, mas é a minha expectativa.
Leiam
abaixo o título do post, o comentário do internauta e a minha resposta.
Peço desculpas pelo desabafo, mas achei necessário expressá-lo em respeito aos amigos, leitores e à imagem do blog.
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"Conheça Soichiro Honda - Uma legenda no Mundo Corporativo"
- Corrige o titulo pelo amor de Deus... uma "LEGENDA"???? Deveria ser uma "LENDA" e não uma "LEGENDA" kkkkkkkkkkkkk! De que filme é isso? suhashuasuhahu
- "Meu caro Anônimo.
A rigor nem deveria responder ao comentário. A sua arrogância só é menor do que a falta de coragem por se ocultar atrás do biombo do anonimato. Todavia eu mesmo fiquei em dúvida e me preparei para reconhecer que havia cometido um erro. Para mim, nada demais apesar de rejeitar a mordacidade, o sarcasmo, a ironia e a pseudo cultura do seu comentário obscuro. Que falta de educação!
Lenda ou legenda? Fiz o que você deveria ter feito. Pesquisei em vários sites e dicionários. Conclusão: as expressões lenda e legenda podem sim ser usadas como sinônimos. Em alguns autores (minoria) o termo legenda é colocado como "em desuso", porém na maioria dos dicionários é informado como sendo um sinônimo do outro.Portanto, meu prezado "Anônimo" VOCÊ ESTÁ ERRADO! E nada mais humilhante do que querer corrigir os outros quando o que fazemos é meramente exibir nossa própria ignorância. Essa é uma prerrogativa dos tolos.
Como castigo para sua bazófia (Ops! Esta expressão também não é muito utilizada...) não vou informar nenhuma das fontes que consultei. Tenha, pelo menos, a decência de corrigir-se a si mesmo e faça a pesquisa. Só o desculparei do vexame se você vier novamente nesse espaço e reconhecer o seu erro, mas acho que você não fará... Nem como anônimo.
De qualquer forma fico-lhe grato pela visita e pelo comentário que sempre melhora o "ranking" do blog. Volte sempre, pois pode acreditar que você me divertiu muito."
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Meu caro Herbert,
ResponderExcluirConcordo que a forma com que foi feita a crítica é lastimável, mas o caso me despertou curiosidade e fui buscar informações também sobre isso... E concluí de forma diversa.
Embora as palavras legenda e lenda tenham a mesma origem etimológica e possam ser consideradas sinônimos, é consenso para a maioria dos profissionais da língua que sejam aplicadas em contextos distintos e não intercambiáveis. Portanto, eu mudaria o título do post.
Entendo que a forma que usou não seja propriamente um erro, mas foge ao uso comum atualmente aceito como ideal.
Desculpe-me por, após tanto tempo sem comentar aqui, o faça para discordar de você... Mas creio que amizade verdadeira inclui nem sempre concordar como nossos amigos...
Meu caro Ronaldo,
ResponderExcluirLonge de mim criar polêmica com um amigo da blogosfera tão importante na vida da Oficina de Gerencia. Devo aqui registrar a propósito do seu comentário que tenho enormes reservas com o que comumente se entende por "consenso". Prefiro seguir na linha daquela frase famosa de Margaret Thatcher: "O consenso é a negação da liderança".
Entrando no tema devo consignar de pronto a minha discordância com o fato de que a livre utilização de palavras e expressões consideradas legitimamente como sinônimas (inclusive por origem nas suas etimologias) - como é o caso de lenda e legenda - seja submetida à conta de um "consenso para a maioria dos profissionais da língua". Se assim fosse fico a imaginar qual não seria a pobreza do nosso idioma sempre sob o jugo desse... Consentimento.
Estou mais do que convencido (e acredite, não por mera teimosia) que a palavra legenda está perfeitamente aplicada ao contexto do título "Conheça Soichiro Honda - Uma legenda no Mundo Corporativo" que empreguei para o post.
Poderia, sim, ter-me servido da expressão lenda em substituição a legenda, mas acho que ela enfraqueceria o poder que desejei passar no título do post. Utilizar um vocábulo tão rico como legenda meramente para indicar textos explicativos que acompanham ilustrações ou traduções de filmes e outros usos similares é que me parece ser limitativo. Mas isso é discussão para os especialistas.
Poderia ficar aqui explicando, explicando e certamente não chegaríamos a um denominador comum. Para meu parco entendimento na matéria, não há erro no título do post e, por conseguinte vou gentilmente declinar da sua sugestão e manter o grande Soichiro Honda como uma legenda muito mais que uma lenda no mundo corporativo...
Agradeço, sempre penhorado, a sua contribuição na expectativa de que não haja agastamento entre nós por conta dessa breve discordância.
Caro Herbert. Em sua resposta ao "anonimo" voce pede ao mesmo para "corrigir-se a si mesmo". Não seria redundância esse pedido???
ResponderExcluirCaro Juarez,
ExcluirCom certeza é uma redundância. Entretanto a utilizei como forma de responder de forma mais dura ao "anônimo" que fez uma correção indevida ao texto que escrevi. "Corrigir-se a si mesmo" certamente pode ser substituído por apenas "corrija-se", mas quando se está irritado - penso eu - é lícito utilizar digamos, "reforços de expressão" como fiz. Mas é uma redundância.
Grato pela a visita e volte sempre.
Seus leitores são muito chatos!
ResponderExcluirUsar "legenda" no lugar de "lenda", é querer tentar falar bonito. As duas palavras tem a mesma origem, uma nasceu da outra, mas com o tempo tomaram rumos diferentes e hoje em dia possuem significados distintos. Alguém aí já leu frases do tipo: "siga a lenda abaixo para entender o gráfico"...? Não, ninguém nunca leu isso, justamente porque não é correto trocar uma palavra pela outra. Insistir nisso é teimosia de quem não quer dar o braço a torcer. Eu não sou o rapaz do primeiro comentário, só para ficar claro.
ResponderExcluirMeu caro "anônimo", esse é um post de 2011. Já tinha até esquecido dele... Faço a seguinte proposta: se você se identificar eu terei o maior prazer e for do seu interesse, em responder ao teu comentário. Grato pela visita e pelo comentário e volte sempre.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirvocês também já viram lenda de mapa? sim, vocês já viram né, porque é correto utilizar "lenda" ao invés de "legenda"
ResponderExcluirDesculpem-me minha intromissão, mas penso que HERBERT DRUMMOND está corretíssimo. Ao referir como legenda o fez no sentido mais correto da expressão. "alguém que deve ser lido", lenda passa a ideia de conto, coisa pouco verídica.
ResponderExcluirComo já mencionado, ambas possuem mesma origem latina, sendo "legenda" a primogênita q guardou mais proximidade com seu uso original "aquilo q, pela importância como ensinamento deve ser registrado e retomado em leitura edificante", ao passo q lenda se aproximou da língua portuguesa, evoluindo para aquilo q transporta a mensagem do q um dia foi lido como expressão da verdade, passando a incorporar elementos da fantasia derivados da transmissão oral, em parte por terem identificado como possíveis fantasias aquilo q era lido como verdade sobre as vidas dos Santos, nas legendas repletas de mitos. Tal percepção enfraquece o estatus da Legenda como veículo da verdade histórica e a aproxima da narrativa poética da Lenda. Assim, sem ser destituída de seu caráter letivo, Legenda perde o compromisso ontológico com a transmissão de um conhecimento histórico verdadeiro e moral e assume um carater meramente descritivo de um fato objetivo imediato e prático, enquanto Lenda se firma como um instrumento de propagação de fatos tidos como ficticios carregados de valor moral, sem compromisso com a verdade histórica. Usar "Legenda" no título do texto foi um artificio de linguagem q brincou com essa confusa inversão de papéis entre Lenda e Legenda, enriquecendo o texto e resgatando à "LEGENDA" seu sentido primevo, em uma quase metáfora, de mto bom gosto e criativa.As palavras não significam apenas o q o consenso da moda ou do comum estão predispostos a aceitar em suas limitadas perspectivas. Elas possuem sentidos e significados q vão além do q leitores medianos são capazes de alcançar em seu limitado repertório.
ResponderExcluirCaríssimo Walner, agradeço, penhorado, o seu comentário. Interessante como este post (de 2011) provocou tanta polêmica. É o recordista de comentários no blog, imagine! 13 com este que faço agora. Qual não foi minha surpresa em receber o seu texto!
ResponderExcluirO post sobre o Soichiro Honda ficou em segundo plano por conta da discussão se eu havia aplicado corretamente o termo "legenda" ou invés de "lenda" para valorizar a biografia do grande Honda.
Foi grande a pressão, você deve ter percebido, para que eu mudasse os termos legenda para lenda. Me mantive firme, inclusive saindo do meu estilo manso e diplomático, para retrucar o primeiro - e agressivo - comentário.
Você, agora, me redime. Seu comentário me deu enorme satisfação, porquanto descreveu com exatidão o que desejei expressar no título do post: "Conheça Soichiro Honda - Uma legenda no Mundo Corporativo". Minha gratidão; e volte sempre. Leitores como você enriquecem a minha disposição de manter ativo o blog da Oficina de Gerência desde 2007. Abraço fraterno.