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notícia já está correndo mundo. O ex-presidente da República Lula está com um câncer na laringe e vai se submeter a um tratamento com quimioterapia.
Meu comentário aqui é para - tanto quanto milhões de outros brasileiros e pessoas do mundo inteiro - solidarizar-me com Lula. Seja por humanidade obviamente, mas também pelo respeito que tenho por ele independentemente de quaisquer outras circunstâncias.
Lula é um brasileiro de destaque no planeta. Respeitado como líder mundial e um político que sabe falar a linguagem do povão. Isso é mito raro. Apesar de não ler na sua cartilha ideológica não posso me furtar de dizer que o admiro. Espero que ele consiga se curar dessa doença tão grave.
Entretanto, tão importante quanto a notícia de sua doença é a especulação sobre ela que considero positiva. O câncer na laringe provocado por excesso de fumo e álcool incide sobre um numero grande de pessoas, homens na maioria, que não conseguem parar com esses hábitos deletérios mesmo sabendo dos riscos que correm.
Acho que a doença do ex-presidente e a sua popularidade vão contribuir para melhorar o nível de consciência dessas pessoas e fazê-las repensar sobre suas formas de cuidar da saúde.
Para ilustrar o post coloquei dois vídeos. O primeiro mostra Lula em seu 66º aniversário agradecendo às felicitações que recebeu pelo Twitter. Observem que a sua rouquidão está acima da habitual. Pouco depois ele descobriria o câncer.
No vídeo seguinte, uma reportagem do Jornal da Band, o médico que o atendeu dá algumas explicações sobre a doença e o tratamento do ex-presidente.
Ao final, reproduzi uma matéria do site "Minha Vida" sobre câncer de laringe cuja leitura recomendo a todos.
O que é câncer de laringe?
Clique e conheça o site |
O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica (ou seja, localizam-se acima das cordas vocais).
Fatores de risco
Há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar, com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe.
Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço.
Sintomas
O primeiro sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e subglótico.
O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de um "caroço" na garganta.
Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer dor na garganta, disfagia e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Tratamento
O tratamento dos cânceres da cabeça e pescoço pode causar problemas nos dentes, fala e deglutição. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior é a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais.
Além dos resultados de sobrevida, considerações sobre a qualidade de vida dos pacientes entre as modalidades terapêuticas empregadas são muito importantes para determinar o melhor tratamento.
Entretanto, mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total, é possível a reabilitação da voz através da utilização de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas.
De acordo com a localização e estágio do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia, havendo uma série de procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e do paciente.
Em alguns casos, com o intuito de preservar a voz, a radioterapia pode ser selecionada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor.
A associação da quimio e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, desenvolvidos para tumores mais avançados. Os resultados na preservação da laringe têm sido positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados.
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