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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Warren Buffet está fazendo moda! Novo "Clube dos Milionários" foi fundado?


Novo "Clube dos Milionários"
(por Herbert Drummond - autor do blog)
O
s alemães entraram para o mais novo "clube de milionários" do planeta, aquele cujos "sócios" estão protestando porque os governos de seus países não lhes cobram mais impostos. Dá para acreditar?
Isso é o que eu chamo de "inversão de valores". Sem dúvida é uma tremenda mudança de paradigmas que o planeta está assistindo. 
Primeiro foi o biliardário Warren Buffet, depois os milionários franceses e agora os alemães... Quem serão os próximos? Os ingleses? Aposto que sim, pois os súditos de sua majestade não suportarão ficar atrás de franceses e alemães. 
Será que os japoneses farão parte do clube? E os chineses que são os mais recentes "novos ricos" da galáxia também vão pedir para pagar mais impostos? Daqui a pouco a Bolsa de Apostas de Londres estará abrindo suas portas para mais esse desafio entre seus entusiastas. E os russos? Ah! Se os russos aderirem é que vai ser o fim do mundo mesmo.
http://exame.abril.com.br/assets/pictures/34820/size_590_africa-fome6.jpg?1311185634Na verdade a grande expectativa é que os bilionários da America Latina (o Brasil estará entre eles?), África (sim, eles existem lá também!), Ásia, Oceania e todas as regiões do mundo inteiro se associem a esta nova mania dos muito, muito ricos.
Fico aqui imaginando a "revolução" que seria se todos os ricaços do mundo inteiro se unissem para pagar um imposto especial que ajudasse a diminuir a pobreza e a fome que está, por exemplo, matando milhares de pessoas na Somália.

Crise de Humanidade
V
ejo com muito bons olhos essa digamos, novidade que em tão boa hora Warren Buffet anunciou. Espero que tenha consequências. Buffet certamente não é bobo e deve ter percebido que se as grandes fortunas não contribuírem para minorar as mazelas da humanidade serão, mais dia,  menos dia afogadas nos redemoinhos das crises que flagelam o planeta. 
E não estou falando de crise econômica só! Refiro-me a todas as crises. Ou não está visível que vivemos um tempo de gravíssimos conflitos sociais, onde predominam fome, penúria, pobreza extrema, violência, drogas, devastação ambiental, guerras... É uma Crise de Humanidade.
A propósito leiam o trecho do Padre João Batista Libanio - jesuíta, escritor e teólogo - que extrai do site Direitos Humanos:
http://blogprojetonacional.com.br/wp-content/uploads/2011/08/crise-11.jpg
[...] "No início parecia uma marola. Agora levanta a cabeça tsunâmica. Já não se encontram soluções a partir unicamente dos interesses dos G-8 ou mesmo dos G-20. Toda a humanidade se vê envolvida. 
A crise financeira mostrou a ponta do iceberg das crises de energia, de produção de alimentos, do aquecimento global, do desequilíbrio do consumo, da injusta distribuição de rendas e do acesso desigual aos bens.  No entanto, a maior delas, embora menos citada e menos palpável no bolso, acontece no nível de humanidade. 
Em que consiste tal crise e que sinais a denunciam? A humanidade nesse mais de milhão de anos, depois que descemos da árvore, ao deixar para trás a noite escura da pura animalidade pela luz da razão, tem mostrado avanço na descoberta das exigências da nossa condição humana. Não se percorreu uma trajetória retilínea em direção ao sonhado ponto ômega de Teilhard. (este link foi colocado pelo blog) Mas, grosso modo, avançamos em humanidade apesar de escuros momentos de barbárie em todas as idades. Mesmo no século XX, que despontava com enormes promessas ao ver o ser humano andando pelas entranhas da terra em Paris, conhecemos duas guerras mundiais, campos de concentração, gulags, indústria armamentista assassina." [...]
O Ponto de Apoio de Arquimedes
É
 isso ai! Warren Buffet deve ter - como é de seu perfil - enxergado longe e dado o primeiro passo em busca desse novo cânone que pode ser o ponto de apoio para aquela alavanca famosa de Arquimedes que prometia mover o planeta Terra há duzentos anos a.C. Quem sabe...
O texto abaixo é a noticia que extrai do blog "O Filtro" sobre os milionários alemães e serve como ilustração para o artigo acima.

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Milionários alemães pedem para pagar mais impostos

O grupo de milionários e bilionários que gostariam de pagar mais impostos ficou maior. Depois do americano Warren Buffett, da herdeira da L’Oreal Liliane Bettencourt e outros 15 franceses e do italiano Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, agora um grupo de 50 alemães divulgou um manifesto pedindo que o governo da chanceler Angela Merkel aumente a tarifa que eles pagam. A intenção declarada dos milionários alemães é a mesma de seus colegas de outros países: ajudar o governo a combater a crise econômica que se abate pelos países desenvolvidos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o grupo se autodenomina “Os Ricos pela Arrecadação de Capital” e está longe de ser rico como Buffett e Liliane, dois dos maiores bilionários do mundo. O grupo alemão é formado por profissionais como professores, médicos e empresários. O fundador é Dieter Lehmkuhl, um médico aposentado que diz ter investimentos de 1,5 milhão de euros (R$ 3,4 milhões). A ideia é que o governo alemão cobre, por dois anos, 5% de imposto sobre investimentos acima de 500 mil euros, e depois reduza esse valor para 1%. Segundo o grupo, a Alemanha arrecadaria 100 bilhões de euros em dois anos.
“Eu diria a Merkel que a resposta para resolver os problemas financeiros da Alemanha, a dívida pública, não é promover cortes, que vão afetar os mais pobres de forma desproporcional, mas taxar mais os ricos”, disse Lehmkuhl. “Nós estamos sempre ouvindo sobre pacotes para a economia, mas nunca sobre aumento de impostos. Mas o aumento de impostos são uma forma de sair desta bagunça. É onde o dinheiro está: com os ricos”. “Alguma coisa precisa ser feita para evitar que a diferença entre os ricos e os pobres fique ainda maior”.
A iniciativa dos bilionários e milionários é inusitada. Ao longo das últimas décadas, há uma disputa entre esquerda e direita sobre como os governos devem tratar a riqueza. A grosso modo, os primeiros defendem que é preciso aumentar os impostos sobre os mais prósperos, enquanto os outros defendem que eles devem pagar pouco para fazer a economia funcionar. O tema é espinhoso e polêmico e, nem de longe, é unânime. O mesmo Guardian destaca a declaração de Harvey Golub, ex-diretor da American Express, ao The Wall Street Journal. “Antes de ‘pedir’ mais dinheiro para mim e para os outros, recolha os US$ 2,2 trilhões que você já coleta por ano de forma mais justa e gaste de forma mais esperta”. Como se vê, a direita e a esquerda nos países desenvolvidos ainda terão muito a duelar.

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