ste texto, que fui buscar no excelente blog do Grupo Finsi (Nuestro Blog) e traduzir - sabe Deus como! - para os leitores da Oficina de Gerencia, trata de um tema que é dos mais fascinantes para mim quando escrevo sobre as coisas da gerencia e da liderança.
Refiro-me à criatividade, reporto-me a "como ser criativo", relaciono-me à essência do gerenciamento que é o processo da engenhosidade, da imaginação e da inventividade.
Nada mais prazeroso para um comandante e sua equipe do que resolver um grande problema com a utilização da solução fora dos padrões, fora dos cânones, dos modelos comuns. Quem já passou pela experiência sabe do que estou falando. E isso se aplica a qualquer momento da vivência humana. Dentro ou fora do universo corporativo.
Criatividade não é um dom. Pelo contrário é fruto de percepção, cultura, determinação e treinamento. Sempre busquei em minhas equipes as mentes mais criativas para solucionar problemas e resolver questões. Deveria ser algo óbvio para qualquer gerente que se preze, mas não é. Em paralelo promovi por meio de palestras, cursos e outros meios a discussão, o debate e a prática da engenhosidade, da habilidade, da perspicácia, da imaginação e da destreza. Nunca me arrependi e colhi frutos preciosos em minha carreira com essa forma de comandar.
O artigo abaixo evoca esses momentos. A autora é da Espanha e seu nome é Inma Trigo. É da equipe do Nuestro Blog, mas não consegui maiores informações sobre ela. Só sei que escreve brilhantemente e tem vários outros textos no blog.
Atreva-se a cometer erros é o titulo do artigo e basicamente remete o leitor aos conceitos que Edward de Bono (clique aqui para Wikipédia) inventou sobre as formas de pensar. O pensamento lateral e o vertical.
Tomei conhecimento dessa forma de resolver problemas há muitos anos. Comprei seu livro, li e comecei a aplicar o conceito. Posteriormente fui assistir a uma palestra dele em São Paulo e tomei conhecimento de outra "invenção" dele que foi o Método dos Seis Chapéus.
Leiam o artigo e apliquem seus ensinamentos. É utilíssimo para todos que tenham a perspectiva de aprender a libertar-se da mesmice do pensamento e alargar seus horizontes.
Una forma creativa de pensar nos permite tener más libertad en la búsqueda de soluciones. Vemos como es este tipo de pensamiento frente a un modo de pensar más lógico y convencional.
Uma forma criativa de pensar nos permite ter mais liberdade na busca de soluções. Vemos como é este tipo de pensamento confrontado com uma forma de pensar mais lógica e convencional. [Autora: Inma Trigo]
Uma forma criativa de pensar nos permite ter mais liberdade na busca de soluções. Vemos como é este tipo de pensamento confrontado com uma forma de pensar mais lógica e convencional. [Autora: Inma Trigo]
[Tradução livre via Google]
Este artigo vai mais fundo no processo criativo, a fim de entendermos a criatividade de forma que possamos potencializá-la e desenvolver uma nova maneira de pensar.
Embora todos sejamos seres pensantes, nem todos fazemos isso da mesma maneira, nem resolvemos problemas seguindo um caminho único.
Edward de Bono, psicólogo e estudioso de renome no campo da criatividade, cunhou o termo "Pensamento Lateral" para diferenciá-lo de um tipo de Pensamento Lógico, que ele chamou de "Pensamento Vertical." De acordo com Bono, pensamos verticalmente ou lateralmente, mas ... Qual é a diferença entre estes dois modos de pensar? É o que veremos.
Pensamento Vertical é lógico, dedutivo, analítico, sequencial e caracteriza-se pela análise e razoabilidade. Enquanto o Pensamento Lateral é livre e associativo, tem a ver com mover-se para os lados para resolver um problema ensaiando diferentes percepções, diferentes conceitos e diferentes pontos de vista. Ambos são igualmente necessários; com o Pensamento Lateral criamos idéias e com o Pensamento Lógico as desenvolvemos, as selecionamos e as utilizamos.
PENSAMENTO VERTICAL | PENSAMENTO LATERAL |
É seletivo | É criativo |
Importa a correção lógica da sequencia de idéias | O essencial é a eficácia dos resultados |
Ele se move em uma direção determinada | Move-se para criar uma direção e vagueia sem rumo |
É analítico, explica e interpreta | É provocativo |
Segue a sequência de idéias | Pode efetuar saltos imprevistos |
Exclui aquilo que não parece relacionado com o tema | Explora até o que parece completamente alheio ao tema |
Cada passo deve ser correto | Não é necessário que os passos sejam corretos |
Usa a negação para bloquear as bifurcações e desvios laterais | Não rechaça qualquer caminho |
Descarta qualquer idéia que não tenha uma base sólida para se apoiar | Valem todas as idéias |
Cria categorias, classificações e rótulos fixos | Eles não criam, mas se criados são permeáveis e mutáveis |
Segue os caminhos mais óbvios e evidentes | Seguem os caminhos menos evidentes |
É um processo finito: se pensa para chegar a uma solução. | É um processo probabilístico; nem sempre se chega a um resultado final, mas tem mais probabilidade de se chegar uma solução ótima |
É importante a qualidade das idéias | Importa a quantidade de pensamentos e idéias |
É necessário para ajustar as idéias e aplicá-las | É necessário para gerar idéias |
Autora: Inma Trigo |
A flexibilidade é um componente fundamental do Pensamento Lateral, uma vez que exige liberdade e explora conceitos longe do âmbito em que estamos trabalhando para extrapolá-los e trazê-los para o nosso circulo de trabalho de forma inovadora. Este tipo de pensamento se faz mais necessário em tempos de crise, onde se aposta na criatividade como forma de desenvolvimento da sociedade.
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