oje a CAPES (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ) completa 60 anos (clique aqui). Sendo o organismo oficial
que promove a distribuição e o financiamento de bolsas para mestrados e
doutorados no Brasil achei importante colocar essa matéria do blog "O
Filtro" da Revista Época que aborda um assunto do maior interesse para o
mundo das corporações. Trata-se da evasão dos profissionais que estudam no
exterior às expensas das bolsas financiadas pelo Governo Federal e que após
encerrarem os estudos não retornam ao Brasil e no mais das vezes não cumprem os
compromissos que assumiram para fazer jus às bolsas (leia a matéria).
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É uma noticia preocupante porquanto os custos são altos e a
expectativa é que haja retorno para o círculo científico brasileiro quando após
o retorno desses "bolsistas" - item obrigatório para que recebam o
financiamento - possam retribuir com os seus conhecimentos o benefício recebido
à custa dos contribuintes brasileiros.
Sem querer fazer um prejulgamento precipitado essa atitude
cheira a calote e isso não fica bem para pessoas que são normalmente brilhantes
em seus campos de atuação. Felizmente os "caloteiros" são minoria,
mas fica a péssima impressão de que cientistas e pesquisadores sejam capazes de
atitudes desse nível.
Outra coisa que me chamou a atenção no gráfico "mapa
múndi das bolsas" (abaixo) é a concentração de bolsistas nos países da
Europa e nos EUA. Não consigo fazer uma avaliação se isso é bom ou ruim. Apenas
registro a estatística. À primeira vista não gosto. Não me parece uma boa
estratégia por parte dos órgãos federais que distribuem as bolsas.
Cresce número de casos de “fuga de cérebros” no Brasil
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Desde 2003 aumenta a quantidade de pessoas que estudam no exterior com bolsa de estudos do governo. Em abril, a presidente Dilma Rousseff anunciou um projeto para que 100 mil brasileiros possam receber financiamentos para concluir estudos no exterior. Com o aumento das bolsas, o país está vendo também um efeito colateral: a “fuga de cérebros”.
Segundo reportagem de ÉPOCA desta semana, o governo brasileiro move 110 processos contra brasileiros que receberam bolsa para estudar no exterior e não voltaram para o Brasil – para receber a bolsa, os órgãos de fomento à pesquisa, como o CNPq e a Capes, obrigam o estudante a retornar ao país após os estudos.
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Enviar alguém para estudar no exterior custa caro. O valor varia de acordo com o país, o curso e a duração do plano de estudos. Uma estimativa feita pela Capes para os próximos anos mostra uma média anual de gastos de cerca de R$ 40 mil para cada doutor forjado fora do país. É quase o dobro do custo da formação em território nacional. Para garantir que esse investimento volte para o Brasil, exigem-se duas coisas: que o pesquisador conclua seus estudos e que, logo depois do curso, retorne ao Brasil e permaneça no país por um tempo correspondente à bolsa. Se alguma das duas contrapartidas não é cumprida, abre-se um processo administrativo que geralmente envolve novas negociações com o bolsista. |
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O problema é que essas medidas não estão surtindo efeito. Até hoje, nenhum bolsista devolveu o dinheiro para a Capes, apesar da agência de fomento estar em negociação com alguns pesquisadores. Segundo especialistas, a quantidade de bolsistas que burlam a regra e não retornam ao país não é “estatisticamente preocupante”: não chega a 2% de todos os pesquisadores que receberam para estudar fora. No entanto, a prática é condenável, já que essas bolsas são financiadas com dinheiro dos impostos pagos pela sociedade.
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