xcelente
reportagem que a revista Época publicou no início desse mês de julho sobre a
relação entre as atividades do cérebro e as pessoas na faixa etária acima dos
40 anos. Não gosto muito do nome, mas é a turma da "meia-idade" ou
dos "titios", os (e as) "Corôas... Enfim, é o pessoal que já cumpriu suas primeiras quatro
décadas de vida e continua na luta, brava luta.
Confesso que tenho saudades dos meus quarentinhas,
mas não reclamo. Estou no clube dos "enta" já há algum tempo e posso
atestar que a reportagem é verdadeira e começa bem quando se aborda aos
constrangedores "esquecimentos" que nossas mentes - por nossas vocês entendem... - teimam em nos impor.
Algo assim como esse pedacinho do texto:
- [...] aonde diabos foram parar todos os nomes que eu esqueço? No início, desaparece o nome de uma atriz famosa. Depois, some o nome dos filmes que ela fez. Mais adiante, você não consegue achar no mar de neurônios o nome do famoso marido dela, muito menos o do outro ator, manjadíssimo, com quem ela contracenou em seu trabalho mais célebre. A débâcle ocorre no almoço de domingo em que você se percebe, diante da cara divertida de seus filhos, tentando explicar: “Aquele filme, com aquela atriz australiana, casada com aquele outro ator...”. [...]
Isso já aconteceu comigo (e ainda ocorre) inúmeras
vezes. É terrível e pior, é comum. Depois de um tempo a gente nem liga mais. Leva numa boa e se
adapta. Particularmente procuro anotar o meu "esquecimento" e assim
que chego em casa vou pesquisar para lembrar e não deixar o espaço em branco na
memória. Outros - alguns companheiros "desmemoriados" - já me confessaram que nem
ligam mais. Deixam passar...
Como sei que a questão afeta inclusive muitos jovens
na faixa dos 30 anos e acima, mas principalmente o "Bloco dos Distraídos" achei que
valia a pena reproduzir aqui na Oficina de Gerência essa matéria da Época.
Vou logo avisando que o texto é um tanto extenso para se ler
na tela do blog, mas insisto que vale a pena. O tema é bem desenvolvido por Marcela
Buscato, Bruno Segadilha e Teresa Perosa todos eles jornalistas da Época e não dá para cnasar. Leiam
só esse trechinho que certamente vai motivá-los a ler o artigo inteiro:
- [...] "O cérebro de meia-idade pode ganhar habilidades surpreendentes conforme envelhecemos, mas isso não acontece com todos. Os cientistas perceberam que só os adultos que sempre tiveram hábitos saudáveis e vida intelectual ativa apresentaram a superativação. Há indícios de que a prática frequente de exercícios físicos promove o nascimento de novos neurônios em uma região do cérebro associada à memória. E atividades que desafiam o cérebro, como aprender uma nova língua ou até mesmo exercícios de memória, evitam que áreas do cérebro “enferrugem”. É como se essas atividades criassem uma reserva de neurônios que pode ser usada pelo cérebro quando ele entra em declínio." [...]
E paro por aqui. Insisto pela leitura integral da reportagem. É informativa e extremamente atual. Serve para quem já está na faixa da
maturidade, mas serve também para os mais jovens que às vezes perdem a
paciência com os pais, tios e até os chefes porque não se lembram de pequenos
detalhes nos momentos que mais precisam deles. Com a reportagem vão descobrir
porque isso acontece e quais as compensações que o organismo oferece em troca
dessa digamos... "fadiga do material".
A
ciência conseguiu identificar a base neurológica da sabedoria. A partir
da meia-idade as pessoas podem até esquecer nomes, mas tornam-se –
acredite – mais inteligentes (Marcela Buscato. Com Bruno Segadilha e Teresa Perosa)
.
A
partir de um certo momento da vida, que, para a maioria de nós, começa
depois do aniversário de 40 anos, a grande questão neurológica se resume
a uma pergunta: aonde diabos foram parar todos os nomes que eu esqueço?
No início, desaparece o nome de uma atriz famosa. Depois, some o nome
dos filmes que ela fez. Mais adiante, você não consegue achar no mar de
neurônios o nome do famoso marido dela, muito menos o do outro ator,
manjadíssimo, com quem ela contracenou em seu trabalho mais célebre. A
débâcle ocorre no almoço de domingo em que você se percebe, diante da
cara divertida de seus filhos, tentando explicar: “Aquele filme, com
aquela atriz australiana, casada com aquele outro ator...”.
Essa,
você já sabe – ou vai descobrir dentro de algumas décadas –, é a parte
chata de um cérebro que bateu na meia-idade. Ela vem junto com muitas
piadas e uma dose elevada de ansiedade em relação ao futuro. O que você
não sabe, mas vai descobrir nas próximas páginas, é que existe outro
lado, inteiramente positivo, das transformações cerebrais trazidas pelo
tempo. “Conforme envelhecemos, o cérebro se reorganiza e passa a agir e
pensar de maneira diferente. Essa reestruturação nos torna mais
inteligentes, calmos e felizes”, diz a americana Barbara Strauch, autora
de "O melhor cérebro da sua vida". O livro, recém-lançado no
Brasil pela editora Zahar, reúne argumentos que fazem a ideia de
envelhecer – sobretudo do ponto de vista intelectual – bem menos
assustadora do que costuma ser.
Editora de saúde do jornal The New York Times,
um dos mais influentes dos Estados Unidos, Barbara resolveu investigar o
que estava acontecendo com seu cérebro. Aos 56 anos, estava cansada de
passar pela vergonha de encontrar um conhecido, lembrar o que haviam
comido na última vez em que jantaram juntos, mas não ter a mínima ideia
de como se chamava o cidadão. Queria entender por que se pegava parada
em frente a um armário sem saber o que tinha ido buscar. Barbara não
entendia como o mesmo cérebro que lhe causava lapsos de memória tão
evidentes decidira, nos últimos tempos, presenteá-la com habilidades de
raciocínio igualmente surpreendentes. Ela sentia que, simplesmente,
“sabia das coisas”, mas, ao mesmo tempo, se exasperava com a quantidade
imensa de nomes e referências que pareciam estar sumindo na neblina da
memória. Como pode ser?
É
provável que essa mesma pergunta já tenha passado pela cabeça de muitos
que chegaram aos 40 anos rumo às fronteiras da meia-idade, um período
cada vez mais dilatado em que podemos passar um tempo enorme de nossa
existência. Com o aumento da expectativa de vida, a fase intermediária
da vida, entre os 40 e os 68 anos, tornou-se uma espécie de apogeu.
Nesses anos é possível aliar o vigor reminiscente da juventude à
sabedoria da velhice que se insinua – desde que se saiba identificar, e
abraçar, as mudanças que acometem o cérebro maduro. Ele já não é o mesmo
que costumava ser. Mas as mudanças o transformaram num instrumento
melhor. “Para o ignorante, a velhice é o inverno; para o sábio, é a
estação de colheita”, diz o Talmude.
A
jornalista Marília Gabriela, considerada a melhor entrevistadora do
país, é especialista nas delícias e nos suplícios de um cérebro de
meia-idade: “Eu não sei se é a idade ou se é o excesso de informações,
mas eu esqueço o que as pessoas me dizem”. Aos 63 anos, Gabi, como é
mais conhecida, pode até se esquecer de detalhes de conversas, mas
mantém o raciocínio afiado para encurralar políticos e celebridades nos
três programas apresentados por ela semanalmente. “Hoje, sou capaz de
fazer análises rápidas sobre aspectos que as pessoas nem precisam me
explicar”, afirma. “Leio nas entrelinhas, pego pelo olhar.”
A
nova ciência do envelhecimento, retratada por Barbara em seu livro,
conseguiu decifrar o caráter das mudanças por trás dessas percepções
aparentemente contraditórias. Os pesquisadores aproveitaram a
popularização das técnicas de ressonância magnética – nos últimos 15
anos, o número de estudos aumentou dez vezes – para flagrar o cérebro em
pleno funcionamento. Eles descobriram que, sim, há um desgaste natural
das células nervosas como se pensava. Mas ele é localizado e
circunscrito, assim como seus prejuízos à mente.
Um
estudo feito pela equipe do neurocientista americano John Morrison, da
Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, analisou o que acontece
com alguns pequenos botões localizados no corpo dos neurônios. Eles
ajudam a captar as informações. Os cientistas descobriram que apenas um
tipo desses botões sofre com o envelhecimento. São os menores,
envolvidos no processamento de novas informações – onde parei o carro,
onde estão as chaves ou como chama a nova namorada do meu amigo? Quase
50% desses receptores perdem a atividade. Mas outro tipo, encarregado de
lembrar de grandes acontecimentos e de informações enraizadas em nossa
mente, como habilidades profissionais, não sofre dano algum.
Se
alguns neurônios podem ser danificados pelo tempo, há outros – até
mesmo regiões inteiras do cérebro – que passam a funcionar melhor. “O
raciocínio complexo, usado para analisar uma situação e encontrar
soluções, é aprimorado”, diz o psiquiatra americano Gary Small, diretor
do Centro de Envelhecimento da Universidade da Califórnia em Los
Angeles.
Aos 49 anos, o artista plástico Vik Muniz está
no auge de sua carreira. O sucesso, claro, é consequência da carreira
produtiva iniciada aos 20 anos. Mas as habilidades aprimoradas por seu
cérebro ao longo dos anos também têm seu quinhão de influência sobre o
sucesso recente. Em 2008, foi o primeiro brasileiro a organizar uma
mostra no museu de arte moderna de Nova York, o MoMa. Em 2007, começou o
projeto Fotografias do Lixo no Jardim Gramacho, uma comunidade de
catadores de lixo no Rio de Janeiro. Muniz recriou os personagens que
encontrou e produziu algumas de suas mais belas obras. O processo de
trabalho foi filmado e virou o documentário Lixo extraordinário,
que concorreu ao Oscar da categoria neste ano. “Agora, sou uma pessoa
mais focada e objetiva. Vou diretamente aos assuntos, não tenho tempo a
perder”, diz Muniz. “Em poucos minutos de conversa já sei, por exemplo,
com quem conseguirei desenvolver uma relação mais íntima.”
Um
casal de pesquisadores comprovou o que Barbara, Gabi e Muniz sentem na
prática. Os psicólogos americanos Warner Schaie e Sherry Willis,
professores da Universidade de Washington, criaram em 1956 um projeto de
pesquisa para acompanhar o desenvolvimento de 6 mil voluntários durante
décadas. Esse tipo de estudo é o mais preciso que existe, uma vez que
permite aos cientistas avaliar quanto uma pessoa amadureceu
emocionalmente e quais habilidades cognitivas aprimorou.
A
cada sete anos, Warner e Sherry submetiam os voluntários a uma bateria
de testes de inteligência. Eles tinham de responder a questões que
mediam a habilidade verbal (encontrar sinônimos para uma palavra), a
memória verbal (lembrar palavras lidas em uma lista), a orientação
espacial (virar símbolos e objetos), a capacidade de resolver problemas
(completar sequências lógicas) e a habilidade numérica (problemas de
adição e subtração).
A
compilação de anos de estudo mostrou que os voluntários tiveram melhor
desempenho em três habilidades – verbal, espacial e resolução de
problemas – entre os 1940 anos e 1960 anos. Após esse período, havia um
declínio nítido na pontuação dos voluntários. Mas cada pessoa
apresentava um declínio maior em uma ou duas habilidades, nunca em todas
as cinco.
No auge da vida |
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Pesquisadores acompanharam 6 mil voluntários por 50 anos. Descobriram que habilidades associadas à inteligência chegam ao ápice na meia-idade |
Fontes:
Schaie, K. W. & Zanjani, F. (2006). Intellectual development across
adulthood, In c. Hoare (Ed.), Oxford handbook of adult development and
learning. (pp. 99-122) New York: Oxford University Press
|
As
transformações do cérebro que explicam a melhora das habilidades
cognitivas durante a meia-idade estão entre as descobertas mais
interessantes da ciência nos últimos tempos. Elas revelam as origens
biológicas da sabedoria trazida pela maturidade.
Os cientistas
descobriram que a facilidade para raciocínios complexos pode ser
explicada por mudanças físicas no cérebro. A camada de mielina, um tipo
de gordura que reveste as células nervosas e faz com que as informações
viagem mais rápido, aumenta progressivamente com o passar dos anos e
atinge seu pico por volta dos 50 anos. “No começo da vida, os circuitos
motores e os encarregados pela fala recebem a maior parte da mielina”,
diz o neurologista George Bartzokis, pesquisador da Universidade da
Califórnia, responsável pela descoberta. “À medida que envelhecemos, os
circuitos que permitem analisar contextos e que nos fazem ficar mais
espertos são os que recebem mais mielina.”
Os
pesquisadores também descobriram que, conforme envelhecemos, mudamos o
padrão de ativação cerebral. Isso significa que acionamos áreas
diferentes das usadas anteriormente para fazer as mesmas tarefas. A
região frontal do cérebro, encarregada da racionalidade, passa a
concentrar a maior parte das atividades. A área posterior da cabeça,
onde estão algumas das estruturas ligadas a nossas respostas emocionais,
é acionada com menos frequência.
Outra mudança significativa: para
realizar a mesma tarefa de adultos jovens (de até 30 anos), os mais
velhos usam mais áreas do cérebro. Em vez de usar regiões de apenas uma
metade do cérebro, passam a usar as duas. Os cientistas ainda não estão
certos sobre o que essas mudanças representam. Há duas possibilidades. A
primeira, menos agradável, é que o cérebro esteja ficando velho a ponto
de não reconhecer mais as áreas encarregadas de cada atividade. A
segunda hipótese é mais reconfortante: o cérebro pode, sim, estar
ficando velho. Mas, ao redirecionar funções para áreas diferentes e para
mais regiões, dá mostras de que é capaz de se adaptar e manter seu bom
funcionamento. “Não sabemos qual das duas hipóteses é
verdadeira”, diz a neurocientista Cheryl Grady, pesquisadora da
Universidade de Toronto, no Canadá, e uma das primeiras a notar mudanças
no padrão de ativação. “Provavelmente, as duas estão certas. Para
algumas tarefas, o cérebro pode perder a precisão. Para outras, pode
usar mecanismos compensatórios.”
É irresistível pensar
que, talvez, a superativação do cérebro, representada pelo uso
simultâneo de várias áreas, possa estar por trás das melhoras de
raciocínio relatadas por quem está na meia-idade – e comprovadas pelos
pesquisadores. Os cientistas descobriram que um sistema muito especial
do cérebro, formado por circuitos localizados em camadas profundas do
órgão, está constantemente ativado nos adultos de meia-idade. O sistema,
chamado de modo- padrão, é usado nos momentos de reflexão, quando
pensamos sobre o que aconteceu recentemente, fazemos balanços e traçamos
planos para nós mesmos. Os pesquisadores concluíram que os adultos
simplesmente não conseguem desligar o modo-padrão, algo que os jovens
fazem quando estão envolvidos em uma tarefa. Os adultos, mesmo quando
estão concentrados, continuam o bate-papo interno com eles mesmos.
“O
modo-padrão do cérebro ainda é um completo mistério”, diz a
neurocientista Patricia Reuter-Lorenz, pesquisadora da Universidade de
Michigan. Estar em constante reflexão pode nos tornar distraídos, mas
também pode ajudar a ter boas ideias. Isso explicaria por que adultos de
meia-idade têm o raciocínio afiado, embora não lembrem onde puseram a
carteira.
O cérebro de meia-idade pode ganhar habilidades
surpreendentes conforme envelhecemos, mas isso não acontece com todos.
Os cientistas perceberam que só os adultos que sempre tiveram hábitos
saudáveis e vida intelectual ativa apresentaram a superativação. Há
indícios de que a prática frequente de exercícios físicos promove o
nascimento de novos neurônios em uma região do cérebro associada à
memória. E atividades que desafiam o cérebro, como aprender uma nova
língua ou até mesmo exercícios de memória, evitam que áreas do cérebro
“enferrugem”. É como se essas atividades criassem uma reserva de
neurônios que pode ser usada pelo cérebro quando ele entra em declínio.
“Se a pessoa conseguiu criar uma boa reserva, é provável que tenha mais
mecanismos para suprir deficiências causadas pelo envelhecimento”, diz o
neurologista Ivan Okamoto, pesquisador do Instituto da Memória da
Universidade Federal de São Paulo.
Há
poucos anos, a meia-idade costumava ser considerada uma fase de crises,
desencadeadas pela percepção dos primeiros lapsos de memória. Eles
seriam sinal inequívoco da aproximação da velhice e, consequentemente,
da morte. A percepção da brevidade da vida despertaria um conjunto de
comportamentos chamado pelo psicólogo canadense Elliott Jaques de crise
da meia-idade – sim, a famosa. Entre os sintomas descritos por Jaques no
artigo de 1965 que deu origem ao termo estão “preocupação doentia com a
saúde e a aparência”, “promiscuidade sexual” e “ausência de verdadeiro
prazer em viver”. Esse tipo de comportamento pode ser facilmente
encontrado entre pessoas de meia-idade, mas o conceito não tem base
científica.
Jaques propôs sua teoria ao analisar casos de
artistas que teriam mudado o estilo de suas obras após os 40 anos – um
grupo pequeno e específico demais. Um dos estudos mais abrangentes a
averiguar o nível de bem-estar nessa fase da vida mostrou que a maioria
das pessoas se diz mais feliz do que antes. Segundo levantamento com 8
mil americanos da Fundação MacArthur, instituição privada de fomento à
pesquisa nos Estados Unidos, apenas 5% dos entrevistados apresentavam
reclamações. E, mesmo entre esses, a maioria já enfrentara problemas
semelhantes em outras épocas – o que isentaria a culpa da meia-idade.
Aos
52 anos, o físico Marcelo Gleiser, professor do Dartmouth College, nos
Estados Unidos, diz ter encontrado serenidade, e não angústia. “Quando
você fica mais velho, torna-se mais calmo e seguro”, afirma. Ele diz ser
capaz de escolher desafios com mais critério, para concentrar tempo e
energia em problemas que possa resolver. “Conhecer os próprios limites
dá paz de espírito.” Os estudos de neurociência sugerem que essa
pacificação interior também está relacionada a alterações do cérebro. A
equipe da psicóloga Mara Mather, da Universidade do Sul da Califórnia,
mostrou imagens tristes e repulsivas a voluntários maduros e a jovens.
Concluiu que nos mais velhos a área do cérebro responsável pelas emoções
reagia menos às figuras negativas. Concluiu que era um sistema de
proteção. O cérebro parecia escolher dar menos atenção ao lado ruim da
vida. Há nisso mais inteligência e sabedoria do que um cérebro jovem
talvez seja capaz de perceber.
Alguns links de redirecionamento não estão no texto original. Coloquei-os como ilustração extra para facilitar a leitura.
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