Alguém já ouviu a frase "Informação demais atrapalha"? Eu já! E sempre a considerei um absurdo completo. Se a "informação" sobre algo que devemos conhecer para tomar decisões está atrapalhando ela não é informação real. É excesso e de qualidade ruim. As informações são as ferramentas mais sofisticadas de que dispõem os executivos para os seus processos de tomadas de decisões. Todavia quando nos referimos a informação deve-se partir da premissa que estamos considerando um conjunto de dados com credibilidade, volume satisfatório e direcionado para a tomada de decisão rumo ao objetivo que se propõe alcançar.
O tema não é para amadores. Leia o que está escrito em um site que encontrei no IME-USP e que me parece cair como uma luva no tema que estamos abordando:
"Qual a definição de Informação?
O conceito, a noção que temos de informação é bem vago e intuitivo. Quando fazemos uma pergunta, estamos pedindo informação. quando assistimos televisão ou um filme, estamos absorvendo informação. Ao ler um jornal, uma revista em quadrinhos, ou ao ouvir uma música, sabemos que estamos lidando com algum tipo de informação. Até quando contamos uma piada estamos transmitindo informação. Usamos, absorvemos, assimilamos, manipulamos, transformamos, produzimos e transmitimos informação durante o tempo todo, durante todo o tempo. Entretanto, não temos uma definição precisa do que é informação. Não temos uma definição que diga o que é e o que não é informação. Sabemos intuitivamente o que é informação, mas não conseguimos descrever, em palavras, o que é informação.
Os dicionários definem informação como o ato de informar. sob essa visão, a informação é vista como "algo" advindo de uma ação, advindo do verbo informar. Entretanto, não é feita uma descrição desse algo que advém do ato de informar; não se faz um descrição das características desse objeto, desse algo, sobre o qual a ação de informar age.''
O conceito, a noção que temos de informação é bem vago e intuitivo. Quando fazemos uma pergunta, estamos pedindo informação. quando assistimos televisão ou um filme, estamos absorvendo informação. Ao ler um jornal, uma revista em quadrinhos, ou ao ouvir uma música, sabemos que estamos lidando com algum tipo de informação. Até quando contamos uma piada estamos transmitindo informação. Usamos, absorvemos, assimilamos, manipulamos, transformamos, produzimos e transmitimos informação durante o tempo todo, durante todo o tempo. Entretanto, não temos uma definição precisa do que é informação. Não temos uma definição que diga o que é e o que não é informação. Sabemos intuitivamente o que é informação, mas não conseguimos descrever, em palavras, o que é informação.
Os dicionários definem informação como o ato de informar. sob essa visão, a informação é vista como "algo" advindo de uma ação, advindo do verbo informar. Entretanto, não é feita uma descrição desse algo que advém do ato de informar; não se faz um descrição das características desse objeto, desse algo, sobre o qual a ação de informar age.''
O artigo abaixo, reproduzido do caderno New YorkTimes que a Folha de São Paulo publica nas 2ªs Feiras trata desse assunto e com um excelente aproach. Foi escrito por um experiente jornalista do Time - Steve Lohr (link no artigo) - e informa sobre recente pesquisa feita por universidades norte-americanas onde demonstraram que as empresas que estão adotando a tomada de decisões com base em massa de dados teve produtividade maior que aquelas que não adotaram a mesma sistemática.
No mundo corporativo brasileiro, seja no ambiente privado ou no publico (principalmente) - salvo as exceções de praxe e cito a VALE e a AMBEV como bons exemplos - não temos noticias sobre a adoção de semelhante processo. Normalmente se confia muito nos métodos intuitivos e as informações recebidas não são filtradas para receber a chancela de qualidade e credibilidade. Ou seja, impera o amadorismo. Os resultados aparecem a toda hora e, sobretudo nos períodos de crises.
Recomendo a leitura abaixo principalmente para os executivos que estejam em operação e também para aqueles que pretendem entrar para esse clube exclusivo. Lembrem-se que só a informação de baixa qualidade e sem credibilidade é que deve ser descartada.
São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011 |
Não existe algo como excesso de informação Decisão baseada em dados aumenta produtividade
O excesso de informação é dor de cabeça para indivíduos e desafio para empresas. As companhias estão nadando, ou talvez se afogando, em ondas de dados - com a sofisticação do rastreamento por computadores de remessas, vendas, fornecedores e clientes, assim como e-mails, tráfego na web e comentários em redes sociais. Essas tecnologias da era da internet duplicam a quantidade de dados comerciais a cada 1,2 ano. Mas a explosão de dados também é uma oportunidade. Em uma economia moderna, a informação deve ser o principal ativo - a matéria-prima de novos produtos e serviços, decisões mais inteligentes, vantagem competitiva para empresas e maiores crescimento e produtividade. Existe alguma evidência real de uma "recompensa dos dados" no mundo corporativo em geral? Uma nova pesquisa liderada por Erik Brynjolfsson, um economista da Escola de Administração Sloan do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, sugere que os princípios já são visíveis. Brynjolfsson e seus colegas Lorin Hitt, professora na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia, e Heekyung Kim, estudante de graduação no MIT, estudaram 179 grandes empresas. As que adotaram "tomada de decisões conduzida por dados" alcançaram uma produtividade 5% a 6% maior do que se poderia explicar por outros fatores, disseram os pesquisadores. No estudo, a tomada de decisões conduzida por dados foi definida não apenas por coletar dados, mas também por como eles são usados -ou não- para tomar decisões cruciais como criar ou não um novo produto ou serviço. A diferença central, segundo Brynjolfsson, é entre as decisões baseadas principalmente em "dados e análises" ou nas artes tradicionais da administração de "experiência e intuição". Um aumento de 5% na produção e produtividade, ele diz, é significativo para separar vencedores de perdedores nas indústrias. As companhias que são orientadas por análise de dados, diz Brynjolfsson, são "precursoras de uma tendência de como administradores tomam decisões". . . Brynjolfsson enfatiza que a disseminação dessa tomada de decisão está apenas começando, apesar de o surto de dados ter começado há uma década. Esse padrão é conhecido na história. "Nunca é a pura tecnologia que faz a diferença", diz Robert J. Gordon, economista da Universidade Northwestern, em Chicago. Historicamente, nota Gordon, a produtividade desaparece quando a inovação baseada em tecnologias fundamentais se esgota. A máquina a vapor e as ferrovias propulsionaram a primeira revolução industrial, ele diz; a segunda foi movida pela eletricidade e o motor a combustão interna. A internet, segundo Gordon, se qualifica como a terceira revolução industrial, mas deverá durar menos que as duas anteriores. A indústria de software está fazendo uma grande aposta de que a tomada de decisões conduzida por dados, descrita na pesquisa de Brynjolfsson, é a onda do futuro. O impulso para ajudar as empresas na busca de padrões nos dados que as envolvem criou uma indústria em crescimento no que é conhecido como software e serviços de "inteligência empresarial" ou "analíticos". "A maior mudança que as empresas enfrentam é a explosão de dados", diz David Grossman, um analista de tecnologia na Stifel Nicolaus. "O melhor negócio é ajudar os clientes a analisar e administrar todos esses dados." |
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