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sta seria apenas uma noticia a mais no mundo dos escândalos envolvendo os figurões da politica internacional. O poderoso diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn foi preso dentro do avião que o levaria à França sob acusação de abuso sexual de uma camareira do hotel onde se hospedara horas antes.
E dai? Devem estar perguntando os leitores do blog. O que tem de novidade nisso? Respondo que sob o ponto de vista da noticia, nada de novo. Chefes de Estado, ministros (ingleses, americanos e franceses principalmente) vivem "caindo" por conta de escândalos sexuais. Deve ser dito que Strauss-Kahn estava sendo considerado um virtual futuro presidente da França. Que prejuizo! Com certeza é um dos escândalos mais espetaculosos do anos e vai gerar noticias por, pelo menos, uns 30 dias na grande imprensa internacional. O homem, DSK (é assim que o tratam no FMI) seria simplesmente o proximo presidente da França!
Meu interesse, nesse caso, é aproveitar a oportunidade para trazer um pouco mais da experiência que vivi como gerente e diretor-executivo de importantes - obviamente não tanto quanto o FMI - organizações na Administração Publica do meu país. Com muita honra e orgulho, devo acrescentar. Antes de qualquer coisa quero dizer que a expressão "experiência" não significa ter vivido fato semelhante ao de DSK, mas já vi algumas promissoras carreiras ruírem ou estagnarem-se por esses... "Desvios de Conduta". E porque eles acontecem? Eis o mistério!
Meu interesse, nesse caso, é aproveitar a oportunidade para trazer um pouco mais da experiência que vivi como gerente e diretor-executivo de importantes - obviamente não tanto quanto o FMI - organizações na Administração Publica do meu país. Com muita honra e orgulho, devo acrescentar. Antes de qualquer coisa quero dizer que a expressão "experiência" não significa ter vivido fato semelhante ao de DSK, mas já vi algumas promissoras carreiras ruírem ou estagnarem-se por esses... "Desvios de Conduta". E porque eles acontecem? Eis o mistério!
Certamente não vou arriscar-me no campo da psicologia comportamental para procurar explicar razões que levam uma pessoa ocupando função ou cargo tão importante quanto a do chefão do FMI a buscar as atenções sexuais de uma camareira de hotel. Com certeza muitos jornalistas de todo o mundo e ao longo dos proximos dias vai procurar especular sobre esse tema. É um absurdo tão grande que as explicações objetivas ficam à margem porque qualquer delas será incompreensível e inaceitável.
E as explicações subjetivas?
Acho que o caminho do entendimento passa por esse viés. É aqui que vamos usar o desvario de DSK para montar uma especulação, pelo menos. É o que farei aqui. Em primeiro lugar devo dizer que as tentações nas quais são envolvidos alguém com um cargo de comando, dominação e poder são enormes.
Quanto mais o mando, quanto maior a posição corporativa do personagem, mais e maior é a sedução do perigo. Essas pessoas são como animais predadores e seus instintos bloqueiam o raciocinio, a inteligencia e o bom senso. As tentações se materializam e aparecem sob a forma de "estímulos", "provocações" , "desafios" e "instigação à ação".
O deslumbramento, os encantos, a fascinação e a provocação que estas funções falsamente proporcionam são imensas, incontáveis e permanentes. Por consequência deve-se ter em mente que as pessoas sem a firmeza de caráter e sem o cultivo da moral e dos bons costumes não terão sucesso completo ao exercer esses cargos importantes.
Acho que o caminho do entendimento passa por esse viés. É aqui que vamos usar o desvario de DSK para montar uma especulação, pelo menos. É o que farei aqui. Em primeiro lugar devo dizer que as tentações nas quais são envolvidos alguém com um cargo de comando, dominação e poder são enormes.
Quanto mais o mando, quanto maior a posição corporativa do personagem, mais e maior é a sedução do perigo. Essas pessoas são como animais predadores e seus instintos bloqueiam o raciocinio, a inteligencia e o bom senso. As tentações se materializam e aparecem sob a forma de "estímulos", "provocações" , "desafios" e "instigação à ação".
O deslumbramento, os encantos, a fascinação e a provocação que estas funções falsamente proporcionam são imensas, incontáveis e permanentes. Por consequência deve-se ter em mente que as pessoas sem a firmeza de caráter e sem o cultivo da moral e dos bons costumes não terão sucesso completo ao exercer esses cargos importantes.
Todavia são comuns as historias de personalidades dadas aos desregramentos sociais e sexuais que ocupam postos de relevância nas suas corporações e mesmo assim obtêm "sucesso". De proposito coloquei sucesso entre aspas. Isso porque a mesma "historia" mostra que essas criaturas não chegam ao final de suas carreiras da mesma forma que as iniciaram. Normalmente desmascaradas são demitidas, execradas ou deletadas das páginas corporativas por onde passaram. Não citarei nomes, mas é só pesquisar.
No mundo menor e menos "fashion" das empresas à nossa volta não é diferente. Carreiras e mais carreiras são jogadas fora porque seus "donos" não conseguiram resistir ao apelo dos desvarios e ao fascínio das oportunidades negativas. Só para ilustrar lembremo-nos do caso dos cartões corporativos.
Nessa linha, dedico o post aos jovens executivos que estão iniciando suas vidas corporativas em funções importantes. Cargos que detenham algum tipo de poder. Conselho primordial: por menor que seja a sedução rejeite-a. Ela é comumente insinuante e aparece por meio de uma "inocente" diária de hotel oferecida por um fornecedor ou um ingresso de teatro em local privilegiado, quem sabe uma viagem de fim de semana com a familia... Tudo isso é apenas um começo, uma porta de entrada para o resto da historia.
No caso do diretor-presidente do FMI deve ter sido algo assim. Homem com um dos cargos mais poderosos do mundo não deve ter resistido aos seus próprios impulsos primitivos e abusado de uma pessoa socialmente bem abaixo de sua escala social. Quase algo como um daqueles filmes de época em que vemos os nobres da corte abusar das criadas para satisfazer seus desejos.
Sem receio de estar preconceituando acredito, por experiencia de vida, que não deve ter sido a primeira vez que este senhor praticou essa agressão e isso vai aparecer nas investigações. Mesmo que a camareira tivesse se insinuado para ele - algo quase impossível de ocorrer nos grandes hotéis internacionais - ele jamais poderia ter aceitado a situação.
Sem receio de estar preconceituando acredito, por experiencia de vida, que não deve ter sido a primeira vez que este senhor praticou essa agressão e isso vai aparecer nas investigações. Mesmo que a camareira tivesse se insinuado para ele - algo quase impossível de ocorrer nos grandes hotéis internacionais - ele jamais poderia ter aceitado a situação.
O azar dele e a sorte da justiça e dos bons costumes é que o fato aconteceu nos EUA onde a policia e a justiça jogam duríssimo nesses casos e sem querer saber se o agressor é um anônimo ou um figurão. Lembram-se de Roman Polanski?
De qualquer sorte é sempre triste que as figuras ilustres dos diversos universos corporativos se deixem envolver por escândalos semelhantes. Afinal de contas eles são - enquanto não desmascarados - os modelos que muitos almejam seguir em suas carreiras e a cada episódio desses a frustração aparece e de certa forma frustram os "seguidores".
Eu penso de forma diferente. Acho que casos assim devem motivar os que vêm depois a não se deixar envolver pelo frenesi, pelo delírio e pelas fantasias que levam os poderosos aos desatinos arruinando tudo que possam ter construído em suas vidas. É assim que vai acontecer com Dominique Strauss-Kahn se ele não conseguir provar sua inocencia (o que parece ser dificil em vista do que está aparecendo no noticiario). Ele cairá do degrau mais alto após haver atingido o topo da sua carreira. Se assim for, que sirva de exemplo!
Leiam, pois, a matéria da BBC com esse espírito. Espero que cada um tire da noticia as melhores lições e reflexões.
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Chefe do FMI é tirado de avião e detido sob acusação de abusar de camareira de hotel
" O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, foi detido na noite deste sábado pela polícia de Nova York sob a acusação de atacar sexualmente a camareira de um hotel.
Strauss-Kahn, 62 anos, foi retirado pela polícia de um avião da Air France no aeroporto JFK poucos minutos antes de ele partir para Paris.
A polícia diz que ele enfrenta três acusações, incluindo tentativa de estupro. Seu advogado negou as acusações contra ele.
O ex-ministro das Finanças francês, que é casado, vinha sendo considerado como um possível candidato à Presidência da França pelo Partido Socialista.
O correspondente da BBC Hugh Schofield, em Paris, diz que Strauss-Kahn vinha atingindo bons índices de intenção de voto nas pesquisas e era visto como um concorrente capaz de derrotar o presidente Nicolas Sarkozy nas urnas no ano que vem.
No entanto, este incidente deve provavelmente matar qualquer chance de sucesso eleitoral de Strauss-Kahn.
Encontros cancelados
O chefe do FMI deverá comparecer perante um tribunal estadual de Nova York ainda neste domingo para depor.
Ele tinha programado se encontrar com a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, neste domingo, mas a reunião foi cancelada após a prisão.
Na segunda-feira, ele participaria de uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, em Bruxelas, para discutir os pacotes de resgate a Portugal e à Grécia.
Analistas dizem que sua detenção poderá complicar os esforços em andamento para estabilizar as finanças de Estados membros da zona euro que enfrentam problemas financeiros.
Em um breve comunicado colocado na internet neste domingo, uma porta-voz do FMI confirmou a prisão de Strauss-Kahn e disse que a organização não comentaria o caso.
“O FMI permanece funcionando normalmente e totalmente operacional”, disse a porta-voz.
Prisão dramática
A prisão de Dominique Strauss-Kahn ocorreu de forma dramática quando ele estava prestes a voar para a Europa.
Um porta-voz da polícia de Nova York, Paul Browne, disse à BBC que Strauss-Kahn havia sido acusado de cometer um ato sexual criminoso, tentativa de estupro e prisão ilegal.
Browne disse que as acusações foram feitas por uma mulher de 32 anos de idade que trabalha como camareira no hotel Sofitel, perto de Times Square, onde o chefe do FMI se hospedava.
"Recebemos uma denúncia de que uma camareira em um hotel no centro de Manhattan tinha sido abusada sexualmente pelo ocupante de uma suíte de luxo naquele hotel, e que este indivíduo tinha fugido", Browne disse à BBC.
"A camareira disse ter sido atacada violentamente, trancada no quarto e abusada sexualmente", disse ele.
Quando a polícia descobriu que o ocupante do quarto – descrito pelo jornal The New York Times como uma suíte de luxo que custa US$ 3 mil por noite – era Strauss-Kahn, o chefe do FMI já estava a bordo de um avião prestes a decolar para Paris.
“Nossos investigadores pediram às autoridades aeroportuárias que impedissem o avião de partir, foram até o aeroporto e o levaram sob custódia”, afirmou Browne.
“Se tivéssemos demorado mais dez minutos, ele já estaria voando a caminho da França”, disse.
Segundo Browne, a camareira foi atendida em um hospital para o tratamento de pequenos ferimentos.
Ele disse que parece que Strauss-Kahn deixou o hotel “às pressas”, deixando para trás seu telefone celular e outros pertences pessoais. [...] (Se houver interesse leia o resto da noticia clicando na imagem abaixo)
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