Quem nunca ouviu dizer que a qualidade se paga? E bem? Neste caso, paga-se com muitos milhões. Ter uma obra de um dos grandes pintores da história pendurada na nossa sala é um privilégio de que poucos podem gozar.
O Guiness refere a "Mona Lisa" de Leonardo Da Vinci como o quadro com o maior seguro de sempre. Em 1963, foi avaliado em 100 milhões de dólares americanos, valor não pago. Sendo assim, depois de percorrer os Estados Unidos por diversas exposições, o Louvre decidiu aplicar o dinheiro na sua segurança. Apelidada como a obra mais conhecida e reproduzida de sempre, já foi entretanto ultrapassada por outras vendas históricas.
E quanto mais anos passam, mais valorizadas ficam as obras. Investir em arte pode seguramente trazer retornos financeiros a longo-prazo. É o que sucede no caso das seguintes pinturas:"
Número 10: O Massacre dos Inocentes, de Peter Paul Rubens
Pintada em 1611, esta obra de Rubens representa uma passagem Bíblica tal como é descrita no Evangelho segundo Mateus. Nela encontram-se influências e aprendizagens do tempo que passou em Itália nos anos de 1600 e 1608. É presente a inspiração na arte barroca de Caravaggio através da emotividade da pintura, assim como das cores e do contraste claro-escuro. Foi vendida num leilão na Sotheby's de Londres em 2002 por 76,7 milhões de dólares (91,9 milhões ao valor actual do dólar) a uma família austríaca.
Número 9: Retrato do artista sem barba, de Vincent Van Gogh
Os auto-retratos sempre foram uma constante de Van Gogh. Existem inúmeros quadros imortalizados pelo artista com a sua imagem. Este data de finais de Setembro de 1889 e foi pintado logo após ter feito a barba. Nesse mesmo ano, cortou parte da orelha numa das suas manifestações de grave depressão, que o levaria a suicidar-se mais tarde. Em vida apenas vendeu um quadro, mas atualmente as suas obras estão entre as mais procuradas e valiosas de sempre. O “retrato do artista sem barba” foi vendido na Christie's, em Nova York por 71,5 milhões de dólares (94,6 milhões ao valor actual do dólar) em 1998.
Número 8: Dora Maar com gato, de Pablo Picasso
Dora Marr, amante de Picasso, numa cadeira com um pequeno gato sobre os ombros, foi pintado em 1941, durante a invasão nazi em França. Este foi um dos muitos retratos que o artista lhe dedicou. Com 29 anos de idade (menos 26 que Picasso), Dora esteve com ele por mais de uma década. Os detalhes e as cores vibrantes dominam a tela. Ao contrário de Van Gogh, a sua arte foi reconhecida e prestigiada ainda em vida. Juntamente com ele, faz parte do grupo de pintores mais caros dos últimos anos.
Este quadro foi vendido em 2006 na Sotheby's de Nova Iorque por 95, 2 milhões de dólares (101,8 milhões ao valor actual do dólar) à família Gidwitz.
Número 7: Número Sete: Iris, de Vincent Van Gogh (iris)
Iris foi pintado apenas um ano antes da morte de Van Gogh em 1890. Nesta altura, já estava internado num asilo em Saint-Rémy-de-Provence, França. Chamou-lhe o “pára-raios da minha doença”, pois acreditava que continuando a pintar evitaria ficar doente. As influências japonesas estão muito presentes na obra. Uma pincelada de luz e cor que contrastava com a sua saúde. Foi vendida em 1987 na Sotheby's de Nova Iorque por 53, 9 milhões de dólares (102, 3 milhões ao valor actual do dólar).
Número 6: Menino com cachimbo, de Pablo Picasso
Picasso tinha 24 anos quando pintou esta obra, em 1905. Em óleo sobre tela, retrata um menino que segura um cachimbo na mão esquerda e usa uma grinalda de flores no cabelo. Picasso vivia em Montmartre, Paris, e retratou muitos habitantes locais que trabalhavam no espetáculo como acrobatas ou palhaços. É o quadro mais caro do pintor. Foi vendido na Sotheby's de Nova Iorque, em 2004, por 104,2 milhões de dólares (118,9 milhões ao valor actual do dólar).
Número 5: Bal au moulin de la Galette, Montmartre, por Pierre-Auguste Renoir
Pintado em 1876, retrata uma típica tarde de domingo passada em Moulin de la Galette, no bairro de Montmartre, em Paris. Em pleno século XIX, era comum os trabalhadores vestirem-se a rigor e passar por lá para beber, comer e conviver durante o dia. Uma das obras mais representativas do impressionismo, mostrando o momento da vida real, numa enorme riqueza de formas, fluidez e luzes. Comprado na Sotheby's de Nova Iorque por Ryoei Saito (presidente de uma importante empresa de papel japonês e colecionador de arte) em 1990 por 71,8 milhões de dólares (128,8 milhões ao valor actual do dólar).
Número 4: Retrato do Dr. Gachet, de Vincent Van Gogh
O Dr. Gachet foi quem cuidou de Van Gogh nos seus últimos meses de vida. O pintor dedicou-lhe dois retratos. Ambos o mostram na mesma posição: sentado numa mesa e inclinando a cabeça sobre o braço direito. Variam nas cores, sendo que este foi realizado com tons mais claros. Foi vendido no mesmo ano que o de Renoir e comprado pela mesma pessoa. É o quadro do artista mais caro até hoje: 82,5 milhões de dólares (136,1 milhões ao valor actual do dólar)
Número 3: Retrato de Adele Bloch-Bauer, de Gustav Klimt
Data de 1907 e demorou três anos a estar finalizado, já que é feito de petróleo, prata e ouro sobre tela. Foi pintado em Viena e encomendado por Ferdinand Bloch-Bauer, grande apreciador de arte e fã do trabalho de Klimt. Adele, sua mulher, foi o único modelo pintado por duas vezes. Uma obra de grande dimensão vendido na Christie's de Nova Iorque por 135 milhões de dólares (144,4 milhões ao valor actual do dólar) em 2006.
Número 2: Mulher III, de Willem de Kooning
Mulher 3 faz parte de uma coleção de seis obras pintadas por Kooning entre 1951 e 1953. Esta pintura do expressionismo abstrato foi concluída já em 1953. Durante vários anos fez parte do Museu de Arte Contemporânea de Teerão, tendo depois sido retirada por ordem do governo: não cumpria todas as normas e desrespeitava a moralidade. Foi vendida em 2006 por David Geffen, por 137,5 milhões de dólares (147 milhões ao valor actual do dólar), o que a faz a segunda compra de obras de arte mais cara.
Número 1: No. 5, 1948, de Jackson Pollock
Esta pintura de Jackson Pollock é o quadro mais caro da história. O pintor americano terminou-o em 1948. Pollock ficou conhecido pelas suas influências no movimento do expressionismo abstracto. Esteve exposto no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque antes da sua venda por David Geffen em 2006. O novo proprietário adquiriu-o na Sotheby’s de Nova Iorque por 140 milhões de dólares (149,70 milhões ao valor actual do dólar).
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