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ais um artigo de Robert Wong na Oficina de Gerencia. Ele é um craque do mundo corporativo e eu não economizo quando tenho oportunidade de postar um texto de sua autoria.
Desta feita trago-lhes um artigo que é mais dirigido para os profissionais da minha geração. Para os que não sabem estou no "clube dos enta" há muito tempo e com muita vaidade por estar de pé e à ordem para enfrentar novas demandas e desafios.
O que nos transmite o Robert Wong em seu texto é um conjunto de conceitos - verdadeiros - sobre a presença dos profissionais mais experientes no mercado e dicas de como enfrentar os preconceitos existentes contra eles no mundo corporativo. Sim senhores existem muito preconceito contra os profissionais da categoria "Classic" como o Robert Wong nos denomina (gostei do "apelido").
Pessoalmente nunca sofri discriminação por conta da idade. Talvez tenha sido poupado porque tenha exercido funções de gerencia e de direção desde o inicio da minha carreira. Tive oportunidade, entretanto, de tomar conhecimento e de assistir cenas explícitas de preconceito contra a competência técnica de muitos colegas e conhecidos apenas por serem "mais velhos". Pura discriminação!
São principalmente os profissionais mais jovens que não aceitam de bom grado a presença ativa dos "classics" em seu ambientes corporativos exceto se se comportarem como "moveis e utensílios". Essa é uma realidade pouco reconhecida entre os estudiosos e pesquisadores dos temas corporativos. Mas não é o tema central do nosso post. Por enquanto vamos conhecer o texto do Robert Wong e que os leitores - sejam jovens ou mais experientes - possam refletir sobre a questão; principalmente se trabalharem em ambientes onde as presenças de colegas mais experientes sejam parte do cotidiano de suas atividades.
Meu conselho é ao invés de vê-los como "idosos" ou "velhos" considerem que são profissionais experientes
Recentemente fui convidado para dar uma palestra para executivos em vias de aposentarem-se ou os “mais experientes”. Na realidade, gosto mais do termo “jovens há mais tempo que os outros”, pois este grupo de pessoas tem muita energia e ainda mais sabedoria para compartilhar. Isto posto, aqui vão algumas considerações que o profissional mais sênior deve ponderar, ou melhor, para um cara que na realidade é um “Classic”.
No Ocidente, o foco é centrado nos jovens, enquanto que no Oriente, o centro das atenções é voltado aos idosos. Meu saudoso pai brincava que ele saiu perdendo nas duas pontas, pois quando era jovem, vivia na China e na sua fase madura, morava no Brasil. Na realidade, criaram-se muitos mitos e imagens sobre os mais velhos, alguns dos quais não apenas discordo, como rebato.
“Não possuem a agilidade nem a eficiência dos jovens”
Pode ser em alguns aspectos físicos, mas não necessariamente no raciocínio mental. Quando este parece mais lento é porque a vasta bagagem prática e a rica experiência vivida têm que ser devidamente processadas para que possam ser aproveitadas na avaliação dos negócios e para contribuição aos resultados, em especial nas questões estratégicas, comerciais e de gestão.
“São mais rígidos e avessos a riscos e mudanças”
Às vezes. Mas estas características podem até servir de saudável contraponto à pressa, impetuosidade e arrogância de alguns jovens. O importante, porém, é manter-se flexível em todos os sentidos.
“São mais caros de se contratar do que seu par mais jovem”
Tudo tem seu preço! O que vale é o ROI – Retorno sobre o Investimento e não o custo em si, isoladamente. O executivo mais maduro pode, por exemplo, dividir seu “alto preço” entre várias empresas atuando como consultor, mas tomando o cuidado de não atender clientes que sejam concorrentes diretos, evitando assim possíveis conflitos de interesse.
1 - Valha-se sua autoconfiança, fruto do seu autoconhecimento que acumulaste nesta vida produtiva.
2 - Aprenda línguas, isto é, alguma língua estrangeira, mas especialmente a linguagem do computador, da tecnologia. Em outras palavras, aprenda sempre para não ficar parado no tempo.
3 - Alie seu conhecimento (Teoria) com a sua experiência (Prática). Isto é SABEDORIA, sua maior riqueza e seu grande diferencial a ser apresentado ao mercado.
4 - Ofereça-se para atuar como mentor, conselheiro ou coach, pois você não é visto como possível “competidor” do seu mentorado (a). Pelo contrário, você tem muito valor a lhe agregar.
5 - Você não tem nada mais a provar; portanto, relaxe e divirta-se!
Em resumo, tenha orgulho do seu status. Idade não é doença, mas sim uma dádiva e parte inerente da vida, e, como tal, ela tem que ser vivenciada com elegância, orgulho e dignidade. Use-a a seu favor e não contra si próprio. A escolha é sua!
Esteve presidente da Korn / Ferry para o Brasil e a América Latina, uma das maiores empresas do mundo em recrutamento e seleção. Foi considerado pela revista The Economist um dos 200 mais destacados headhunters do mundo por seu genuíno interesse nas pessoas e no seu talento de descobrir qualificações, às vezes até desconhecidas pelo próprio candidato. É membro efetivo de vários ONG's e escolas, entre elas: FIA-USP, SIFE, Colégio Sidarta, ONG CEO do Futuro.
Atualmente, Robert Wong está sócio da Robert Wong Consultoria Executiva - empresa voltada para Headhunting, Palestras, Coaching, Personal Branding, Cursos - R.S.V.P (Realizando Seu Verdadeiro Potencial) e Consultoria - que introduz métodos únicos aliando teoria, prática e auto-conhecimento, buscando motivar e inspirar as pessoas a fazer a diferença. Robert Wong é um ser humano tricultural: cidadão brasileiro de origem chinesa, fluente em inglês, português e chinês.
Autor dos livros “O Sucesso Está no Equilíbrio” e “Super Dicas para Conquistar um Ótimo Emprego” e um dos palestrantes mais inspiradores e requisitados do mercado.
Fale com Robert Wong: www.robertwong.com.br
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