Não gosto de me aproveitar dos fatos momentosos e sensacionalistas para servir de "chamativo" aos posts do blog. Normalmente deixo passar um tempo e se o tema puder ser desenvolvido na direção da orientação para o bom comportamento social e corporativo é que eu coloco na Oficina de Gerencia.
É precisamente este o caso que quero comentar aqui. Falo da demonstração absurda de indisciplina, falta de respeito, educação social e desportiva e de imaturidade de Neymar, jogador do Santos e da seleção brasileira. O que ele fez foi uma das mais estapafúrdias e espalhafatosas manifestações públicas de insubordinação, revelação de um caráter vítima de má formação e tudo que se queira rotular nesse sentido.
Naquela noite, se fosse eu o pai daquele garoto birrento e mimado teria morrido de vergonha diante das bizarrices que ele fez. O que Neymar exibiu diante do mundo inteiro foi antes de tudo um comportamento de desrespeito aos seus próprios pais e à sua família. Mostrou que além de ser um jovem despreparado para a fama que tanto buscou é alguém cuja educação doméstica não se completou.
Fosse ele um daqueles muitos companheiros de profissão criados em favelas e vivendo em condições miseráveis dir-se-ia que era culpa do meio social em que vivera. Não é o caso.
Como é publica e notória a dependência dele em relação à figura paterna é lógico supor que aquela “explosão de menino mimado” faz parte de uma má educação e por tabela atinge seus pais.
Como é publica e notória a dependência dele em relação à figura paterna é lógico supor que aquela “explosão de menino mimado” faz parte de uma má educação e por tabela atinge seus pais.
Palavras corretas e certeiras foram as do técnico Renê Simões, do Atlético Goianiense ,que é um dos profissionais mais respeitados na corporação do futebol (o segundo vídeo é o da declaração dele). Ali, naquele show de desrespeito, estava o trailer de um filme de terror que pode estar sendo produzido.
O pior é que o mundo do futebol (comentaristas, dirigentes, companheiros e principalmente seu empresário) está – como sempre tem feito em casos semelhantes de atletas famosos - colocando “panos quentes” sobre o episódio.
A desculpa (esfarrapada) é que Neymar tem apenas 18 anos e é muito jovem para suportar as responsabilidades de um ídolo que tem um dos maiores salários no futebol brasileiro e um talento fora do comum. Ora bolas! Isso é lá desculpa para as insubordinações e quebras de regras estabelecidas?
A desculpa (esfarrapada) é que Neymar tem apenas 18 anos e é muito jovem para suportar as responsabilidades de um ídolo que tem um dos maiores salários no futebol brasileiro e um talento fora do comum. Ora bolas! Isso é lá desculpa para as insubordinações e quebras de regras estabelecidas?
Cá no universo das empresas, dos negócios e das corporações esse tipo de comportamento não é aceitável por seja lá quem for. Nesse mundo, que é o meu e certamente o de muitos leitores do blog, o cara pode ser o maior craque na sua profissão, mas se desrespeitar o chefe, seus colegas ou o ambiente de trabalho vai pagar um preço altíssimo a curto, médio e longo prazos. E a idade não será desculpa jamais.
Desculpas ou farsa?
Coloquei cinco vídeos sobre o assunto. Para quem queira entender o case e tirar suas conclusões é o suficiente. Cada um dos vídeos aborda um tópico do assunto. E quero encerrar destacando quatro pontos nisso tudo:
- Falso arrependimento.
O Neymar pediu “desculpas” que até chegou a chamar de “perdão”. Segundo minha própria experiencia na leitura das expressões corporais o seu gesto de arrependimento não é sincero. Veio a público desculpar-se por pressão dos pais, dos diretores do Santos e principalmente em função da sua imagem milionária. Intimamente ele não pareceu estar nem um pouco arrependido. Espero estar errado.
- “O tempo é o senhor da razão”.
É o futuro quem dirá se este jovem mal-educado e péssimo exemplo para as crianças que o fazem ídolo realmente está arrependido. Direi que infelizmente ele tem um talento gigantesco, pois se não o tivesse já estaria com sua carreira enterrada. Ficarei surpreso se Neymar não protagonizar, em breve, outro piti.
- Bons exemplos:
Não posso encerrar este artigo sem lembrar exemplos de outros jovens tão ou mais brilhantes na arte de jogar futebol (sem falar em outros esportes) que não trilharam o caminho que o Neymar está seguindo. Cito o "Rei do Futebol", claro, Pelé que é o maior exemplo de tudo que se possa dizer em contraposição ao mau exemplo exibido pelo atual jogador do Santos. Posso ainda falar de Kaká e de Messi para não ficar só nos brasileiros.
- Maus exemplos
Do lado dos maus exemplos o do goleiro Bruno ex-Flamengo e de outro excepcional jogador brasileiro chamado Djalminha (clique aqui também para vê-lo em ação que vale a pena) cujas carreiras foram tremendamente prejudicadas por seus temperamentos mal educados e rebeldes sem controle.
Neymar terá que ser punido exemplarmente pela diretoria do Santos se ela quiser preservar o seu bom técnico Dorival Junior e o que sobrou de harmonia na corporação de jogadores. Se não o fizer, se tentar atenuar o comportamento de Neymar em nome do seu estrelismo vai causar uma implosão psicológica no ambiente do grupo de jogadores e quebrar de vez a relação entre comandante e comandados. Aliás, eu acho que isso já aconteceu. Se eu conheço bem essas coisas digo que o mal já foi feito. A porcelana já foi quebrada.
De tudo isso há alguém que deve estar feliz pelo que Neymar revelou com sua falta de profissionalismo. É a diretoria do Chelsea, o clube inglês que pagaria alguns milhões de euros para ter o jogador em seu elenco. Quando o Neymar recusou a proposta milionária do clube inglês os seus dirigentes chamaram-no de “louco”. Parece que eles estavam certos...
O "show" do garoto mimado
Comentário certeiro de Renê Simões
Quem fala é Mano Menezes o tecnico da seleção brasileira
As "desculpas" de Neymar
Depoimentos de jogadores veteranos
Você nota como um país é moralmente deficitário pelas pessoas que ele escolhe idolatrar. Não falo de celebridades de minutos, mas de pessoas que vão entrar na sua casa e servir de exemplo para seus filhos durante anos. Agora se discute o caso deste indivíduo, mas alguém lembra das "proezas" de Edmundo quando jogava? Alguém lembra do Viola? Só para citar dois exemplos de comportamentos grotescos, para dizer o mínimo. Esses jogadores e suas mentes deturpadas por rios de dinheiro que nenhum trabalhador brasileiro jamais sonhou em ganhar são uma caricatura triste de um país que é berço de atletas como João do pulo, Adhemar Ferreira da Silva, Ayrton Senna e Pelé. Atletas que jamais envergonharam o desporto nacional com chiliques e falta de ética. Atletas que ganharam nomes na história pelas suas qualidades e não pela sua falta de compostura e educação. Não consigo mais torcer pelo futebol brasileiro, que hoje é só um esboço do que já foi. Qualidade técnica? É isso que define uma grande equipe? Não, não é. Uma grande equipe é sedimentada em valores como a união, abnegação, amor ao país que representa. Que o indivíduo seja uma mescla perfeita do todo e não o contrário. Que o jogador represente a seleção ou o seu clube e não o contrário. Que nós brasileiros não permitamos que um indivíduo com dinheiro no banco e um penteado de mau gosto encha nossas crianças de ainda mais maus exemplos ou vai chegar o dia que nem força para achar isso errado conseguiremos ter.
ResponderExcluirCaro anônimo,
ResponderExcluirGrato pela visita e pelo comentário.
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Grande abraço