Começo o post com o e-mail que recebi do meu dileto amigo do blog Eugen Pfister. Leiam-no para saber o que me motivou a publicar seu artigo. Aliás, devo dizer que os artigos do Professor Pfister tem uma "tag" na Oficina de Gerencia. Clique no link Artigos de Eugen Pfister para ser direcionado a uma seleção de mais de dez textos deste eximio palestrante e emerito consultor.
"Caro Herbert
Estou de volta. Desta vez para apresentar o recente artigo – O Que Diria Platão sobre Amar o Subordinado? Não sei se você às vezes topa com teorias que causam um “rebolation mental” Coisas como Geração Y que retrata um suposto ente cuja principal característica é que é mais difícil de ver, tocar, cheirar etc que o ET de Varginha.
Eu topo. Melhor, tropeço em estrovengas desse naipe. Começo ler (ou ouvir) e antes que possa terminar sou vencido pelo sono. O artigo que indico neste mail é uma resposta a uma das bobagens que o líder deve amar o subordinado como ama a si mesmo.
Eu topo. Melhor, tropeço em estrovengas desse naipe. Começo ler (ou ouvir) e antes que possa terminar sou vencido pelo sono. O artigo que indico neste mail é uma resposta a uma das bobagens que o líder deve amar o subordinado como ama a si mesmo.
Estando interessado, o link é: http://ogerente.com.br/rede/gestao-empresarial/amar-o-subordinado/
Gostaria muito de conhecer a sua opinião.
Abraços,
Eugen Pfister"
Gostaria muito de conhecer a sua opinião.
Abraços,
Eugen Pfister"
Para os leitores do blog não é necessário apresentar o Professor Eugen Pfister. Para os que ainda não o conhecem, Pfister é um consultor nacionalmente conhecido, autor de livros e sócio-diretor da Estação Performance. É, com muita honra para mim, um ilustre leitor do blog (imaginem a minha responsabilidade!) que prestigia inclusive tendo contribuído (e muito) com o projeto da Oficina de Gerência. É um leitor regular e um comentarista bissexto.
Eugen Pfister é uma daquelas amizades prazerosas que fazemos na blogosfera. Não nos conhecemos pessoalmente embora façamos contato desde março de 2008, mas "conversamos" muito por e-mail.
Seus artigos tem uma caracteristica que devo destacar. Primeiro, eles estão sempre em dia com as "feitiçarias" mais modernas dos universos corporativos. Pfister é um consultor especializado em liderança e comportamento. Segundo, entre outras caracteristicas que destaco são a provocação inteligente e o bom humor. Seus textos ensinam pelas mensagens e insigths além de serem divertidos e provocativos. Este que trago ao blog não foge à regra.
Leiam este pedacinho do texto abaixo:
- [...] O envolvimento afetivo abre espaço para conflitos de interesses, dilemas morais, apreciações subjetivas e ações que favorecem subordinados amados ou amigos em detrimento dos subordinados com quem os vínculos são estritamente profissionais. [...]
O texto, reproduzido no post, foi publicado no ótimo portal do site "O Gerente" (para conhece-lo clique no logotipo abaixo). Por conta disso faço um pequeno merchandising para o portal, que repito, vale sua visita.
NOTA - O Professor se manifesta, no seu e-mail, que gostaria de conhecer minha opinião sobre o tema do artigo. Leiam-no primeiro que ao final do post opinarei.
“Os gerentes devem amar os subordinados como amam a si próprio”. Não foi a primeira vez que ouvi afirmações semelhantes feitas por palestrantes e articulistas que se apresentam perante o grande público na condição de especialistas em liderança gerencial.
Curioso. Sempre imaginei que os gerentes estavam a serviço dos clientes que pagam as contas da organização, do seu próprio salário e do salário dos subordinados. Por pensar assim pergunto caro leitor, com todo amor e carinho, sé ele (gerente) deve amar mesmo?
Sendo assim, vamos, doravante, incluir o amor entre os deveres gerenciais O fator amor deve constar da avaliação 360º? Será que o subordinado quer ser amado? Como obrigar alguém a amar outra pessoa? Como fica o gerente que não possui suficiente amor próprio?
Isso sem falar o complicado que é definir o amor. Estamos nos referindo ao amor romântico? Não deve ser, pois faltam dragões, princesas, cavaleiros, trovadores e bruxas. Excluo também o amor cristão que pede que amemos a Deus acima de tudo.
São tantos os amores – amor passional, amor por conveniência, o amor paterno, filial, etc. – que de conceito em conceito podemos até incluir a reação neurobioquímica que desencadeia o sentimento amoroso.
Eu heim? Para que colocar a mão nessa cumbuca quando sabemos que poetas se saem melhor nessa seara que nós insípidos consultores e gerentes. Sem sombra de dúvida há melhores opções para a eficácia gerencial, tal como respeitar a competência e a contribuição dos subordinados na construção dos resultados organizacionais.
O gerente pode também ocupar-se em dar feedback construtivo, manter a equipe informada, negociar recursos junto aos superiores para que o trabalho flua, fazer bom uso dos conhecimentos, habilidades e experiência do subordinado ao delegar tarefas, recompensar e promover os membros da equipe de acordo com o mérito e não o afeto. Formas essas que dispensam sentimentos mais íntimos como amor ou amizade.
Como percebem incluí a amizade no rol dos conselhos gerenciais questionáveis. A verdade é que não vejo com bons olhos o esforço de intercalar a troca de confidências, fofocas, cervejadas, noitadas e outras intimidades quando sabemos que o gerente deve manejar informações confidenciais, priorizar necessidades organizacionais e tomar decisões que podem ferir os interesses particulares dos funcionários.
O envolvimento afetivo abre espaço para conflitos de interesses, dilemas morais, apreciações subjetivas e ações que favorecem subordinados amados ou amigos em detrimento dos subordinados com quem os vínculos são estritamente profissionais.
Líder e liderados estarão mais bem servidos cuidando dos afazeres pertinentes ao trabalho, clientes, desempenho e carreira. Importante: o profissionalismo não exclui a descontração, o bom humor, a conversa franca, a espontaneaidade, a admiração e prepcupação com o desenvolvimento da equipe.
Sim, caro leitor, devolvamos o amor com suas benesses, dores de cabeça, mistérios e prazeres à esfera da vida afetiva, sexual, familiar e privada. No mundo dos negócios a razão é melhor conselheira que o coração. E depois, há complicações de sobra nas organizações; só falta agora ficar brincando de “bem me quer, mal me quer”.
Mas… se é para insistir, então que o amor seja apenas platônico.
No mundo corporativo não há espaço para este tipo de relação. E nem os acionistas das organizações (sejam privadas ou publicas) pagam salários ou esperam que seus executivos exerçam atividades de "assistente social". O que se espera de chefes, gerentes e lideres são unicamente resultados atingimento de metas e alcance dos objetivos. Com certeza não é com "amor aos subordinados e colaboradores que eles vão conseguir manter seu empregos. Logo, concordo em genero, numero e grau com seu pensamento.
Este tipo de demanda é mais uma da turma que faz parte da "consultoria colorida" que vive inventando modismos no mundo corporativo para vender palestras e livros. Grande abraço.
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