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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ótimo ou Bom? Faça sua escolha...

E agora? O artigo que reproduzo aqui certamente vai fazer os "habitantes do mundo corporativo" se remexer nas suas cadeiras. O que fazer quando você estiver produzindo um trabalho no seu ambiente profissional e o chefe chega para você e diz: - Cara, você está caprichando demais. Termina logo esse relatório que o ótimo é inimigo do bom!
O que você faz? Sai do seu estilo caprichado e dá uma alinhavada para terminar a encomenda ou ignora o chefe e continua se esmerando para entregar a demanda nos trinques?
Pensa que esse dilema é raro? Engana-se redondamente! É muito comum. Eu mesmo, esta semana, devo ter feito observações semelhantes pelo menos umas duas vezes. E olha que eu sou daquela turma do esmero, do capricho e do detalhe.
Ocorre que o conceito do "Ótimo inimigo do bom" tem um enorme espaço de relativismo que lhe pode ser aplicado. Circunstancialmente ele está ligado à questão do prazo determinado para os projetos encomendados. Como na vida das corporações o tempo é sempre escasso e tudo está a mil por hora, o trabalho caprichado fica mais focado nas demandas que não exigem urgência.
Entre se conseguir atingir o objetivo solicitado dentro do tempo determinado e  repassar o resultado para as instâncias superiores de um lado e atrasar a entrega para dar uma caprichada no acabamento confesso-lhes que vou sempre optar pelo bom ao invés do ótimo. Todavia isso não é (e nem pode ser) uma regra. Como disse antes é fruto de circunstâncias.
Não é isso que o autor do artigo defende. E ele não está errado! Suas colocações, entretanto suscitam questionamentos e despertam muitos insigths. Por isso mesmo postei diversos comentários de leitores que se manifestaram no site da HSM onde o artigo foi publicado.
Não deixem de ler, principalmente se trabalham em grupos que desenvolvem projetos e produzem relatórios e estudos. Aposto que ao terminar o texto você terá muito em pensar.
Leia um pedacinho do artigo:
  • [...] "Infelizmente, é bem fácil constatar a previsível vitória do tal “bom”, com sua frouxidão, sua complacência e sua inesgotável flexibilidade. Basta olharmos à nossa volta, lermos um jornal ou uma revista, assistirmos à televisão, navegarmos pela internet: aceitamos o péssimo político, cínico e inatingível, com suas péssimas práticas; aceitamos o péssimo jornalista e a péssima relação de seus veículos com a verdade; aceitamos também, é claro, os péssimos publicitários e sua péssima, ineficaz e dispendiosa propaganda; aceitamos inclusive, e, em alguns casos até os cultivamos, os péssimos fregueses, com seu desrespeito cotidiano pelo nosso tempo, pelo nosso trabalho e, claro, pela integridade dos nossos negócios." [...].
  •  



Essa famosa expressão do mundo corporativo pode ser, na verdade, o cúmplice do péssimo. Leia mais detalhes.
 
Durante as últimas décadas – antes, portanto, da atual crise justificar todo tipo de abuso – tem prosperado entre nós um desses movimentos que nascem tímidos, crescem, avançam e, quando nos damos conta, assumem o comando e ditam as regras dos nossos negócios e até das nossas vidas.
Um movimento que nasce de um ditado “popular” de origem aparentemente desconhecida (ao menos pra mim), e que vai conquistando espaço na cabeça das pessoas mais conservadoras ou complacentes, vira mantra no discurso de executivos, marqueteiros e publicitários práticos ou cínicos e alcança, por fim, toda a estrutura das nossas vidas e organizações, incluindo sua direção.
Com o tempo, o que era tático passou a ser estratégico, uma iniciativa esporádica e pontual tornou-se, então, uma forma esperta (ou, como preferem alguns, “criativa”) e permanente de viabilização de ações e objetivos previstos nos planejamentos das empresas, passando, por fim, a constituir a própria estratégia e a condicionar, no nascedouro, toda a sua construção: “o ótimo é inimigo do bom”; “o ótimo é inimigo do bom”; “o ótimo…”.
Passou-se, em seguida, a esgarçar todas as fronteiras, a buscar formas sempre mais “criativas” de viabilizar estratégias e ações, a aceitar, sem constrangimento, benefícios discutíveis por custos indiscutíveis, a trocar, enfim, o tal ótimo, aparentemente inútil e “inacessível”, pelo bom, inofensivo, manso e certamente possível. O resultado, embora cantado em verso e prosa, passou a ser apenas um detalhe. Um detalhe.
A partir disso, estimulado pela competitividade crescente e pela busca insaciável de produtividade (“produtividade”!?), o mercado em geral, e o nosso de forma mais particular, condicionou-se a aceitar todo tipo de restrição e toda sorte de pressão no sentido de esquecer, abandonar, sepultar o ótimo. “Precisamos ser criativos!!!” – todos já devem ter ouvido esta frase um dia. Algumas vezes, com certeza, acompanhada do irresistível e prático “afinal, o ótimo é inimigo do bom!”.
Bom… Assim fomos avançando, mercado e sociedade, primeiro aceitando o louvado “bom” em lugar do irritante “ótimo”. Depois, com um empurrão aqui e uma “flexibilizadinha” ali, passamos a aceitar o “regular” no lugar do “bom”, afinal ele também é inimigo do “ótimo” e, ao que parece, tem algum parentesco com o “bom”.
Por fim, afrouxados, “criativos” e algumas vezes ameaçados, acabamos por engolir o “péssimo”, que, cúmplice do “bom” e do “regular”, odeia e despreza o “ótimo” e topa qualquer parada.
Infelizmente, é bem fácil constatar a previsível vitória do tal “bom”, com sua frouxidão, sua complacência e sua inesgotável flexibilidade. Basta olharmos à nossa volta, lermos um jornal ou uma revista, assistirmos à televisão, navegarmos pela internet: aceitamos o péssimo político, cínico e inatingível, com suas péssimas práticas; aceitamos o péssimo jornalista e a péssima relação de seus veículos com a verdade; aceitamos também, é claro, os péssimos publicitários e sua péssima, ineficaz e dispendiosa propaganda; aceitamos inclusive, e, em alguns casos até os cultivamos, os péssimos fregueses, com seu desrespeito cotidiano pelo nosso tempo, pelo nosso trabalho e, claro, pela integridade dos nossos negócios.
Esta lista, aparentemente, não tem fim e pode incluir ainda os péssimos e incensados jogadores de futebol; os péssimos músicos e seus péssimos discos. Você, certamente, também tem sua lista de péssimos. Faça um pequeno esforço. Que tal as dez campanhas “mais” péssimas da história? Não vale propaganda de cerveja. Ou os dez políticos “mais” péssimos do país? As dez músicas, companhias aéreas, agências, restaurantes, filmes, etc.
Mas, lembremos, nós é que construímos tudo isso. Nós é que contribuímos para esta degradação. Todos somos cúmplices. E o que nasceu de um ditado estúpido, repetido estupidamente pelas ruas, estádios, congressos e, claro, empresas, com seus corredores povoados de gente complacente e arrivista, tornou-se uma verdade esmagadora, um sinal dos nossos tempos mesquinhos e desinteressantes, em que desvalorizamos e atacamos uma ótima idéia ou um trabalho ótimo apenas porque eles são os maiores inimigos da nossa enorme preguiça ou, pior, do nosso ilimitado medo.
Assim, creio, está mais do que na hora de começarmos a reverter este péssimo quadro. Que tal invertermos o tal ditado? Que tal repetirmos milhões de vezes, até acreditarmos: “o bom é inimigo do ótimo!”? Será um ótimo começo. Aí, quando você vir alguma coisa “apenas” boa, pense em como seria se ela fosse ótima. Exija um pouco mais. Aceite que ela possa, eventualmente, até custar também um pouco mais, mas exija, insista, que seu resultado também seja um “pouco melhor”, ou que, no mínimo, ele seja realmente bom.
  •  
Por Augusto Diegues (presidente da Futura Propaganda)
HSM Online
17/06/2009





Espaço do leitor
Comentários:
Alexandre Nascimento disse:
Janeiro 14 de 2010 às 12:27 hs.
Ótimo Texto! Suscitou uma discussão que mostra o quanto o assunto está enraizado dentro das instituições e na cabeça dos profissionais.Já passei por muitas situações de aperto, por conta desse dito, sempre tive verdadeira repulsa a ele, pois apresendi desde cedo a buscar a excelência, o melhor, mesmo que isso fosse mais dificil, mais penoso. Hoje ainda sou muito criticado em meu trabalho. Dizem que poderia fazer mais, se baixasse meu padrão, minhas exigências, mas será que isso ainda faria de mim o profissional que sou realmente? Acho que não. Entendo as criticas sobre o que a busca pelo ótimo ocasiona, mas não podemos deixar isso de lado, ele TEM que ser nosso norte, nosso alvo.Ao pautarmos nossa agenda com principios de alta exclência, as coisas começam a fluir melhor. Não serão mais feitas de qualquer modo. Não haverá mais os famosos "tapa buracos", ou "o que deu para fazer", mas o que se alcançou na busca de um trabalho excelente, que é muito diferente.
Eduardo V disse:
Janeiro 14 de 2010 às 06:20 hs.
Achei exagerada a interpretação do artigo. Dizer que o "ótimo é o inimigo do bom" para mim sempre significou que temos que ter cuidado ao buscar a "perfeição" ou o "máximo" em alguma "busca" porque podemos por em risco um resultado que já seria o satisfatório e ideal do ponto de vista custo/benefício. Maximizar o retorno de uma empresa, por exemplo, não significa que a empresa tem que ter para isso o desempenho "ótimo" em todos os aspectos, pelo contrário, até por uma questão de otimização de recursos deve existir um nível que seja o "ideal" de performance em cada uma das áreas. Ou seja, pode ser que o "ótimo" do ponto de vista "benefício/custo" seja o "bom" do ponto de vista "benefício" isoladamente. E isso aplicado a todos os aspectos de nossa vida / sociedade.
Geonílio Vieira Rocha disse:
Janeiro 13 de 2010 às 16:53 hs.
Existem várias formas de se interpretar essa locução "o ótimo é inimigo do bom!".Em uma de suas vertentes a mensagem que se passa é de que se ter um produto ótimo não é por si só garantia de sucesso, é preciso oferecer aquilo que o mercado quer e está disposto a pagar.Em outra vertente, o ótimo deve ser sempre buscado porque ser simplesmente bom não é o bastante e dai o antagonismo entre ambos.Se escolho o bom ou o ótimo, tudo dependerá do que me cerca quando tenho que opinar. Neste ponto singular reside a importância do administrador. Sucesso e fracasso costumam frequentar a mesma caixa.Essa discussão poderia se alongar se nos perguntássemos o que é bom ou o que é ótimo?E, só para exemplificar, se perguntássemos ao mendigo faminto se um caldo quente é bom, ele certamente diria que sim e classificaria o ótimo, a partir do plus de um pedaço de carne.Se perguntamos ao assalariado se feijoada no sábado é bom, ele provavelmente dirá que sim e que ótimo seria o acréscimo de umas cervejas ou caipirinhas.Se a mesma pergunta fosse feita ao vegetariano a resposta seria de que feijoada acompanhada ou não, é péssima.Finalizando, o dito em questão pretende trazer para o mundo empresarial uma máxima bíblica que diz "ninguém pode servir a dois senhores"; desta maneira escolha o ótimo ou o bom, não há meio termo, mas saiba escolhe, analisando com foco no que se quer atingir e tendo em mente o universo de escolhas e restrições, generalizar, com todo respeito, não é a melhor saída.Geonílio Vieira Rocha
Wiliam Rangel disse:
Janeiro 13 de 2010 às 11:25 hs.
De maneira geral, creio que todos concordamos, a priori, em que o ótimo é "melhor" que o bom, mas em muitas áreas de interesse humano esta questão do bom versus o ótimo acaba passando como discussão interminável de mesa de bar. Só isso!O que vale ser notado é que um dos 4 princípios econômicos universais para a tomada de decisão das pessoas diz que "as pessoas racionais pensam na margem". (Ver Microeconomia, Mankiw - Págs. 6 e 7). E aqui surge uma nova perspectiva!O ótimo pode ser realmente o pior inimigo do bom. A Danielle que nos desculpe, mas para a tal empresa em que ele trabalhou, operar com nível de serviço "bom" é o suficiente para aquela empresa fazer o que precisa: maximizar o lucro. Neste contexto, a busca pelo Km extra (chegar ao ótimo) pode acabar sendo mais custoso que o benefício que poderia ser gerado para os acionistas. E neste caso, convenhamos, não vale a pena mesmo fazer um esforço adicional. Este adicional só vale ser buscado se o benefício marginal para obtê-lo for maior que o custo incorrido. Isto já é clássico em economia e assim deve ser, se a problema em questão envolve decisão econômica, envolve trade-off. Só que nem sempre as pessoas consideram assim, e tomam decisões irracionais: acabam sofrendo porque já estavam com o bom nas mãos, mas lutaram pelo ótimo sem ter consciência de que na verdade estavam perdendo para alcançá-lo, dispenderam muito mais recursos com o custo para chegar ao ótimo do que com o benefício de teriam com ele.Então, olho vivo: só corra atrás do ótimo se valer à pena, na margem. Caso contrário, contente-se com o bom, e viva feliz!
Jaime Gonçalves disse:
Janeiro 13 de 2010 às 10:18 hs.
A verdade é que em busca desse tal "ótimo", acabamos esmagando as coisas simples da nossa vida, com uma falsa idéia de que o ótimo é inimigo do bom.De fato acabamos enterrando algumas regras básicas de convivência humana e de bem estar profissional, buscando falsas vantagens prometidas por processos mais complexos.O que é realmente bom ?Há de fato quem queira navegar o oceano com barcos de motores potentes. Mas há também "verdadeiros lobos-do-mar" que preferem velejar.Fica aí a promessa de mais um ano de crescimento. Mas depende dos capitães não deixar o barco afundar !
Steven disse:
Janeiro 13 de 2010 às 07:45 hs.
Eu acho o artigo interessante e cria um ponto de reflexão sobre o quanto estamos aceitando, de nós mesmos e da sociedade, fazer um pouco menos do que realmente temos a capacidade de fazer. Sempre é possível andar o Km extra.Entretanto, é simplista demais atrelar o ditado a maus politicos etc, até porque esta é uma questão (dos politicos e outras questões que forjam nosa sociedade) mais complexa e demandaria muito mais elaboração. Quando penso em Qualidade, os termos 'regular', 'bom', 'otimo', etc. me parecem ser subjetivos. O que é ótimo o que é bom num produto ou serviço ? Quando falamos em Qualidade, será que não devemos pensar em Qualidade como sendo o 'cumprimento de requisitos'. Se cumpro com os requisitos negociados, então estou atendendo com qualidade, ou seja, ótimo ! Portanto, não há bom ou ótimo em qualidade. Ou atendo ou não os requisitos. Se minha geladeira quebra e contrato um prestador de serviço, ele me apresenta um orçamento, o que precisa trocar e combinamos os detalhes (prazo, preço, etc). Ou ele cumpre ou não. Não existe o bom...existe apenas o cumprir ou não cumprir com os requisitos.
Danielle disse:
Janeiro 13 de 2010 às 07:37 hs.
Trabalhei exatos 365 dias em uma grande empresa no RJ e fui demitida por pensar assim e buscar o ótimo. A justificativa foi essa, que eu deveria ter mais jogo de cintura porque lá a cultura é assim, tem que aceitar... Enquanto o RH finge que prega a melhoria contínua, na verdade a cultura que está no sangue dos funcionários, que não são mais públicos, é essa, "o bom é inimigo do ótimo" e lá o corpo mole já está ótimo. Trabalhando bem ou mal, o Brasil depende da empresa para se comunicar com o mundo e ela continua lucrando com isso. Pra que se desgastar buscando o razoável, que dirá o ótimo... Foi a experiência mais frustrante da minha vida. Brigar sozinha pelo ótimo.
Iran Portela disse:
Agosto 2 de 2009 às 12:59 hs.
Existe uma certa dificuldade em rotular algum trabalho como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Por que considerar algo como ótimo se meus concorrentes estão fazendo MELHOR?... Passei a adotar a seguinte premissa: SE ALGO SERÁ VALORIZADO PELO MERCADO, FAÇA MELHOR QUE OS SEUS CONCORRENTES. Este é o ponto de partida para conceituar a qualidade do que se fez.:- Se ficou igual aos concorrentes, fez-se o RUIM. Os recursos gastos não geraram diferenciais...- Se os concorrentes ficaram para trás, mas podem alcançá-lo antes de 6 meses, fez-se o REGULAR.- Se eles não puderem alcançar sua qualidade em menos de 1 ano, fez-se o BOM.- Se eles vão levar mais que 2 anos, parabéns! O ÓTIMO foi alcançado.Esses tempos logicamente dependerão do segmento em que a empresa atua. Quanto mais dinâmico for o negócio, menores serão os prazos utilizados na classificação.
Alex Colaneri disse:
Julho 3 de 2009 às 03:13 hs.
Vejo que muita gente confunde o "ótimo" com "complexo", inclusive aqui nos comentários. Muitas coisas ótimas estão na simplicidade. O que acontece é que, conforme o texto disse muito bem, muitas pessoas tem preguiça de perseguir o ótimo. São desorganizadas, preguiçosas, não têm competência, não têm educação de base familiar (que ensina desde pequeno o que é certo e errado fazer na vida), não têm um pingo de desenvolvimento espiritual, tem auto-estima baixíssima ou têm medo de perder o emprego. Tudo para fugir do ato de PENSAR. E pensamento só vem de repertório, que só é conquistado com conhecimento (tanto acadêmico quanto aprendizados do dia-a-dia), que é algo que leva tempo e dedicação através de estudos principalmente. Esse desconforto com o ótimo e com a dedicação para que se chegue a ele vem de uma cultura ocidental, americanizada, que exalta o "fazer" desde os primórdios da sua independência, quando lutavam contra a dominação inglesa também na linha de pensamento, negando as artes e o estudo que faziam parte do cotidiano da Europa. No Brasil isso se agrava, pois o fato de o brasileiro deixar tudo pra última hora é sinal forte da falta de planejamento, de dedicação e na total confiança na "esperteza" que irá salvar a todos (ou pelo menos a ele). E os que não compartilham disso são tidos como caretas e problemáticos, que podem atrapalhar todos o sistema montado para que possam sugar o máximo que puderem de uma empresa antes que ela afunde. O ambiente de trabalho acaba virando um poço de maus pensamentos e más intenções. É um esforço enorme para se podar idéias e atrofiar o crescimento de todos em nome do ego e da preguiça. Por isso, eu levo a citação além; "o ótimo é amigo íntimo do ético".

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