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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Que tal sentir, em vez de reagir?

Não estranhem que eu esteja colocando aqui o artigo escrito por uma taróloga (Vanessa Mazza). Primeiro porque não preconceito nenhum sobre isto. Segundo porque o texto, além de bem escrito, aborda um tema que diz muito de perto aos "habitantes" do mundo corporativo.
A lição que a Vanessa Mazza nos passa vale a pena ser lida como ponto inicial de reflexão sobre o vai-e-vem das ondas que influência que recebemos e emitimos em nossos relacionamentos. É uma realidade nos cotidianos de todos nós (incluo-me, claro) que vivemos este mundo louco dos ambientes de trabalho.
Recomendo que o leiam sem preconceitos e registrem a reflexão. Tenho certeza que vão aproveitar muito os insights que eles vão provocar em vocês.


Que tal sentir, em vez de reagir?

Evite que reações de outras pessoas influenciem seus próximos passos

por Vanessa Mazza

Nas relações entre as pessoas existe muita dinâmica, seja de pensamentos, palavras ou ações. Geralmente acreditamos que praticamente tudo aquilo que é expresso por nós, é de fato nosso. Porém, várias vezes nos vemos falando, fazendo e até mesmo pensando coisas que normalmente não fariam parte de nosso repertório. Nesses momentos, com certa confusão mental, passamos a justificar esses instantes, associando-os com eventos que acabaram de ocorrer ("ele me deixou tão nervoso, que fiz isso").

Isso significa que, a partir daí, construímos uma série de comportamentos e julgamentos baseados neste instante atípico e passamos a expressar características diversas das nossas, nos tornando pessoas diferentes, caso situações como esta se tornem constantes.

Um exemplo disso seria quando estamos dentro de nossa "normalidade" e começamos a conversar ou trabalhar com alguém que está sentindo muita raiva. Esta pessoa está impaciente e, por isso, dá vários sinais de inquietação. É bem possível que acabe lhe ofendendo. Sem perceber, você, que se deixa atingir pela ofensa, mesmo que esta não tenha sido intencional, passa então a vibrar na mesma freqüência de raiva da outra pessoa. Rapidamente você vai perdendo a paciência, ficando agressivo e irônico. Você assume com tal naturalidade aquela postura, que o resto do seu dia fica prejudicado em função disso.

Quando então você se dá conta de seu estado, você passa a associá-lo a outros eventos da sua vida, como as dificuldades financeiras ou o chefe exigente e vai carregando estes fatores com culpa (fatos que antes de você assimilar a raiva alheia, não lhe passavam na mente). Em poucos dias, alimentando cada vez mais estes sentimentos e justificando-os em sua mente, você recria sua realidade. Torna suas contas ainda mais difíceis de pagar ou recebe mais "puxões de orelha" de seu chefe. Tudo então faz pleno sentido, pois se cria uma roda óbvia de ação e reação.

Você não se tocou em nenhum momento de que foi a convivência com uma pessoa que gerou o efeito disparador de toda uma reação em cadeia.

Como evitar reagir inconscientemente às situações e pessoas?
  • Consciência de quem se é - quando sabemos muito bem quem somos, fica mais fácil identificar sentimentos, pensamentos e ações atípicos;
  • Foco no presente - se estamos alertas, focados no momento presente, fica nítido quando nossa energia começa a se transformar. Neste instante, podemos identificar a fonte e combatê-la;
  • Prestar atenção ao próprio interior - estar atento aos fluxos de pensamentos e sentimentos, assim como à direção a qual estão nos levando, nos ajuda a simplesmente mudar a rota. Se os sentimentos são expressões de tristeza, egoísmo, inveja, raiva ou vingança, sabemos que irão influenciar negativamente nossos próximos movimentos.
Pare. Reflita. Resolva. Relaxe

Quando se perceber agindo de modo estranho, antes de começar a criar as justificativas pare, reflita, resolva e relaxe:

  • Pare - Não continue a discutir ou a fazer qualquer coisa no momento em que entender que está reagindo a alguma coisa, pois a tendência é ir complicando mais e mais a situação. Vide brigas entre casais;
  • Reflita - Retire-se para algum lugar tranquüilo, mesmo que seja o banheiro, e tente se lembrar como tudo começou. Quem disparou o gatilho? Será que alguém disse alguma coisa brincando que lhe incomodou profundamente e fez você ficar reagindo sem perceber?;
  • Resolva - Identificado o problema, resolva-o internamente. Ninguém tem culpa da sua reação. Mesmo que seja uma pessoa cheia de rancor ou raiva que fez algo para você, é o seu livre-arbítrio que decidiu se deixar influenciar ou não;
  • Relaxe - Resolvido, se acalme, volte ao seu estado anterior de paz e alegria, lembrando-se de todas as boas coisas das quais é agradecido. E vá em frente!
SOBRE O AUTOR

Vanessa Mazza

Taróloga, acredita que não existe nada mais rico do que a alma humana. Conhecê-la e desmembrá-la em inúmeros significados através do Tarot tem sido seu trabalho há mais de 10 anos. Saiba mais »

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