Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão continua craque mesmo depois de ter largado o futebol e a medicina. Foi craque incontestável nos gramados; na medicina, dizem que foi um bom médico, não sei se foi craque. Todavia, como cronista esportivo consegue manter o rótulo. É dono de um texto excelente. Já publiquei pelo menos duas cronicas dele aqui na Oficina de Gerencia.
Principalmente em uma corporação que não se destaca pelos seus dotes de inteligência subjetiva e rebuscamento intelectual, como jornalista esportivo (imprensa escrita) Tostão é aquele que tem "um olho na terra de cegos".
Gosto do estilo de Tostão porque ele não se cinge apenas aos argumentos que circundam as famosas "quatro linhas do gramado". Ele busca o lado subjetivo no foco de seus comentários e nos dá - inteligente e experiente na vida, como é - aulas de reflexão sobre os elementos que se ocultam nas invisiveis dobraduras do mundo do futebol, seus elementos, seus componentes e os seres humanos - os atletas - que formam uma corporação. É nesse cadinho onde os fatos, pelas intensidades, podem se transformar em fascinantes estudos de casos (cases) que os analistas profissionais não cansam de estudar.
É o caso deste comentário que a Folha de São Paulo publicou no dia hoje. Ele analisa a surpreendente derrota do Cruzeiro para o Estudiantes de La Plata e a perda da cobiçada copa Libertadores da América. O tema central é a luta contra a ansiedade que cerca todos os seres humanos às vésperas de uma decisão.
Leiam um trecho da coluna e procurem converter o texto para os elementos do "nosso" mundo corporativo, o das empresas, gerentes, líderes de equipes e outros itens que cercam nossa realidade cotidiana:
- [...] "Cada atleta é de um jeito e reage de uma maneira diferente às emoções de uma partida importante. É preciso separá-los para se ter uma abordagem emocional feita por um psicólogo em um trabalho a médio prazo. Mas a maioria dos clubes só gosta de palestras ocasionais, motivadoras, de autoajuda." [...]
Se ao invés de lermos atletas pensarmos em profissionais de uma empresa qualquer e trocarmos o termo "clubes" por empresas, partida por projeto, o que teremos? Leiam novamente. Entenderam? É isto que proponho ao convidá-los para ler este texto do grande Tostão.
São Paulo, domingo, 19 de julho de 2009 |
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Oiêee!
ResponderExcluirVim deixar vários 'oiêees' prá você, assim como, um forte abraço e um monte de beijos doces pelo dia do Amigo.
Beijocas