Rocha Maia é um amigo muito querido que tenho. Fomos colegas na Codevasf onde ele sempre exerceu suas funções com maestria e dignidade. Alma de artista, ele sempre incentivou a difusão da arte entre seus colegas. Criou e manteve durante muitos anos um salão de exposições no hall de entrada da empresa e ali promoveu (não sei ainda o faz) numerosos eventos artisticos e vernissages.
Foi também professor de teorias da administração em diversas faculdades de Brasília e consultor de empresas nas áreas corporativas. Em suma, um homem múltiplo e de uma cultura refinada. Antes de tudo, porém, Rocha Maia sempre foi um artista e um ser humano superior. Eu o respeito muito e devo a ele um dos maiores gestos de solidariedade que recebi na minha vida profissional (essa história, que nem ele sabe, depois eu conto).
Além disso, tudo, o blog Oficina de Gerencia tem uma dívida de gratidão eterna com Rocha Maia. Essa eu conto. Nos primeiros dias do blog, primeiros mesmo, eu ainda estava tateando nesse projeto. Ficava ali com a tela ligada e contando quantos internautas acessavam a URL por dia. Era um recorde quando o numero chegava a cinco. E eu ali, achando tudo muito complicado, mas insistindo. Afinal era puro diletantismo (como atualmente ainda é...).
Eis que surgiu Rocha Maia. Acessava o blog todos os dias e com seus comentários além de enriquecer os posts que eu, timidamente, escrevia ainda incentivava com telefonemas e e-mails a minha "nova atividade".
Não bastasse isto, ele - professor na Faculdade Michelangelo, de Brasilia - convidou-me para uma conversa com seus alunos do curso de Administração. Foi uma experiencia maravilhosa para mim. Principalmente porque, no fundo, representava um gesto de amizade entre dois colegas que se respeitavam. Eu não tenho a menor duvida que Rocha Maia, em breve, estará compondo a galeria dos grandes artistas brasileiros destes tempos. Sua carreira é crescente (basta verificar os premios recebidos em exposições por todo o país) e consistente.
Rocha Maia sendo cumprimentado após ter ganhado dia da entrega do prêmio de 1°- Lugar, do Salão Marinhas /Brasília, ocasião em que o quadro "Bem-vindo seu Cabral, dois meses depois do carnaval" pode ser visto pelos convidados presentes ao evento.
Depois disso Rocha Maia dedicou-se mais à sua arte e foi minha vez de inventiva-lo. Muito modestamente, mas sempre estava cá, torcendo por ele e da forma que podia, promovendo seu trabalho.
Ele é um artista - no estilo que escolheu (Arte Naif) - que tem o reconhecimento do mundo artistico de Brasília e começa (como todos os artistas) a espraiar sua arte além da sua província.
Guardem o nome, Rocha Maia, pois ainda ouvirão falar dele em níveis muito mais altos.
Agora mesmo, e é isto que promovo com este post, ele estará expondo seu trabalho em Portugal, Lisboa, a convite da embaixada do Brasil, em Portugal, como parte de um projeto cultural entre os dois paises irmãos. Os detalhes da exposição estão colocados abaixo, no post. Desejo todo o sucesso para o Rocha Maia e tenho certeza que isto ocorrerá.
"Existem artistas que utilizam a técnica de pintura naif por pura e natural ingenuidade, mas também existem os que optaram conscientemente por essa forma de expressão, os "naifs contaminados". O resultado final do trabalho de Rocha Maia agrada em duas dimensões. De um lado a técnica com a utilização de cores fortes e contrastantes, que transmitem justamente um certo estado de espírito. Do outro lado a sua arte que não aliena e que consegue inserir o receptor na realidade circundante. Trata-se de uma ponte para o mundo, uma espécie de portal que propicia visões de uma nação sempre pronta a oferecer surpresas. Tais particularidades se repetem em todos os trabalhos, com a preocupação de oferecer um visual significativo associado a algum tipo de pensamento que alerte para as várias facetas de um Brasil repleto de contradições, tanto sociais como económicas e culturais.
Nascido no Rio de Janeiro em 1947, Rocha Maia passou a infância em uma quinta, o que o influenciou na sua tendência naif. Actualmente vive e trabalha em Brasília. Em 2006, foi convidado para integrar a oitava edição da Bienal Naif do Brasil. Em 2008 seus trabalhos foram expostos no Château des Réaux, no Vale do Loire em França. Ainda em 2008, inaugurou a exposição individual "Descoberta de Portugal" na Galeria Pinacoteka no Rio de Janeiro. Em Abril de 2009, participa do II Salão Internacional de Artes Plásticas de São João da Madeira na qualidade de artista convidado da organização."
Inauguração Sábado, 23 de Maio, pelas 19:00
A exposição estará patente até 05 de Junho de 2009
Horário: 3ª a Sábado, 13:30 às 19:00
Colorida Galeria de Arte
Rua Costa do Castelo 63, Lisboa
Entrada pela Esc. do Marques de Ponte de Lima 1A
Tel. 211 512 142
Metro: Martin Moniz - Eléctrico: 12
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