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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Seja Otimista sem Deixar de ser Realista (Eugen Pfister)

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Não é necessário apresentar o professor Eugen Pfister aos leitores do blog. É um precioso amigo que colhi na blogosfera e cuja amizade me honra muito. Reproduzo mais um ótimo artigo dele que coletei no site "O Gerente".
O tema, como sempre, tem uma abordagem que provoca o leitor e sua imaginação. Neste artigo o professor trata do preconceito que existe nas corporações (e na sociedade em geral) contra as pessoas realistas.
Se você for uma delas, certamente já terá sido cerceado por não dizer o que a maioria pensa e muitas vezes já ter sido rotulado de algo como "reacionário", radical ou apodos similares.
Leia o artigo e tenha mais um viés para suas reflexões...



Seja Otimista sem Deixar de ser Realista

(por Eugen Pfister)

"Questionar se um copo com 50% de água está meio cheio ou meio vazio é uma metáfora cuja conclusão atende ao propósito de quem a emprega. Porém, sugerir que um indivíduo pessimista dirá que o copo está meio vazio, enquanto o otimista dirá que ele está meio cheio, é um despropósito

Vá lá, opinião, ao contrário do conhecimento, dispensa provas. Ela vale tanto quanto pesa. Erh... hummm..., quanto pesa uma opinião? Quer dizer, se eu “apagasse” metade das opiniões que armazeno no cérebro, quantos quilos ou gramas perderia? Nenhum, mas ganharia espaço para alojar conhecimentos fundamentados, ou seja, factíveis de comprovação.

Mas deixa para lá... Otimismo e pessimismo são dois sentimentos úteis que funcionam melhor quando estão juntos e não em campo opostos. Sem o otimismo, por exemplo, nossos ancestrais teriam renunciado a disputar, palmo a palmo, a batalha da evolução. Habitavam um mundo hostil e viviam em condições para lá de precárias. Portanto, presumo que naqueles tempos o copo estava quase sempre meio-vazio.

Contudo, sem um toque de pessimismo eles (antepassados) seriam menos cautelosos e mais temerários e cegos frente aos perigos reais. Em vez de caçadores teriam se transformado na própria caça. Aristóteles foi direto ao ponto quando afirmou que a coragem é o contraponto entre a temeridade e a covardia. O temerário é cego aos perigos reais que o cerca; o covarde vê ameaças onde elas não existem. O indivíduo corajoso une ambos os sentimentos e corre riscos calculados.

Em outras palavras, entre ser pessimista ou otimista, podemos eleger ser realistas. Para este o copo está, a depender da nossa sede ou daquilo que desejamos fazer com a água, meio cheio e meio vazio.

O problema é que muitos demonstram certo preconceito em relação à pessoa realista. Enxergam-na como alguém carente de imaginação, de poesia, de audácia. Enfim, um acomodado. Para Bernard Shaw as pessoas razoáveis se adaptam ao mundo, enquanto as pessoas não razoáveis querem que o mundo se adapte a elas. Uns seriam insossos, os outros criativos, empreendedores.

Pois é. Mas, será que o progresso tecnológico, científico, cultural e social se deve exclusivamente às pessoas pouco razoáveis? Retoricamente, o argumento é sedutor. Não obstante, ele não reflete toda a verdade, uma vez que indivíduos sensatos e criativos também ajudam a transformar o mundo, e às vezes, a salvá-lo dos revolucionários tresloucados

Quando Churchill se dirigiu aos ingleses para predizer que eles sobreviveriam ao bombardeio nazista e, no final, derrotariam o inimigo à custa de “sangue, suor e lágrimas” foi, ao mesmo tempo, pessimista e otimista, ou seja, realista.

Não subestimou o poder de fogo da Alemanha e nem superestimou a capacidade de resistência dos ingleses. Tampouco se acovardou. Preferiu ser razoável e preparar a Inglaterra para uma longa e penosa guerra.

Sim, estamos sendo bombardeados. Sim, os alemães avançam vitoriosamente sobre a Europa ocidental e do leste. Sim, eles possuem uma máquina de guerra disciplinada, mortífera e estão armados até os dentes. Mesmo assim, “venceremos!”

Os desafios são superados com emoção e razão, determinação e cálculo, e não com bravatas. Superar os problemas é uma possibilidade, não uma fatalidade. Ser realista e, ao mesmo tempo, otimista significa ser pessimista ao planejar, ou seja, imaginar tudo que pode dar errado e antecipar como enfrentar a adversidade. A partir daí, luzes, câmera e ação: usar o conhecimento, aplicar recursos apropriados, buscar apoio grupal, e. por que não?, contar uma mãozinha amiga das circunstâncias urdidas pelo misterioso destino.

Então, parafraseando Churchill: venceremos, sofreremos, comemoraremos, amaremos e seremos amados, apesar do copo estar meio cheio e meio vazio."


Consultor Especialista em Liderança e Desempenho Humano
Colunista Eugen Pfister
Consultor Especialista em Liderança e Desempenho Humano


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