26 de março de 1991 — A criação do Mercosul
Os presidentes Fernando Collor, do Brasil, Carlos Menen, da Argentina, Andrés Perez, do Paraguai, e Alberto Lacalle, do Uruguai, assinaram o Tratado de Assunção, criando o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Embora tenha sido criado em 1991, o acordo começou a ser esboçado em 1980, quando Brasil e Argentina assinaram vários tratados com o objetivo de aumentar a integração comercial. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia participam como países associados do Mercosul.
A partir de janeiro de 1995 foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros, com o fim das barreiras alfandegárias de cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países membros.
Os produtos que não entraram nesse acordo foram tributados com tarifas diferenciadas por serem considerados estratégicos, ou aguardam que seja elaborada uma legislação especial para cada caso.
Em julho de 1999 foi dado um passo importante no sentido de ampliar a integração econômica entre os países membros, ao se estabelecer um plano de uniformização de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação.
Cogita-se também na adoção de uma moeda única, a exemplo do que fez o Mercado Comum Europeu.
Ainda há muitos obstáculos a serem superados para a formação de um mercado sem fronteiras na América do Sul. Especialistas comentam que se essa integração econômica for bem sucedida aumentará o desenvolvimento econômico dos países membros, e facilitará as relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos.
Os conflitos nas relações comerciais
As relações comerciais entre o Brasil e a Argentina, as duas maiores economias do Mercosul, são conflituosas devido a medidas protecionistas adotadas pela Argentina.
As barreiras são impostas no setor automobilístico e da linha branca (geladeiras, micro-ondas, fogões) sob a alegação que a livre entrada dos produtos brasileiros é um obstáculo ao crescimento desses setores no país.
Os argentinos argumentam também que o açúcar brasileiro chega ao mercado com um preço muito baixo porque os produtores recebem subsídios do governo. Em 1999 o Brasil teve de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para acabar com as barreiras estabelecidas pela Argentina aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil.
A Argentina dificultou também a entrada de calçados brasileiros no país ao exigir um selo de qualidade nos sapatos vindos do Brasil.
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