24 DE NOVEMBRO DE 2024 | DOMINGO



Bem vindo

Bem vindo

FRASE DO DIA

FRASE DO DIA

FRASE COM AUTOR

FRASE COM AUTOR

 




domingo, 8 de março de 2009

Genocidio no Camboja: o último dos carrascos foi preso em 1999. 2.000.000 de pessoas morreram. Triste lembrança.

8 de março de 1999 — O genocídio no Camboja

Jornal do Brasil: Camboja
O último chefe militar do Khmer Vermelho, Ta Mok, foi capturado próximo à fronteira com a Tailândia e será julgado no Camboja. Conhecido como O Carniceiro, Ta Mok, 72 anos, é acusado de participação no genocídio ocorrido entre 1975 e 1979, durante o regime de terror instaurado pelo sanguinário Pol Pot. 
Os guerrilheiros do Khmer Vermelho ocuparam a capital Phnom Penh em 1975 sem resistência da população, e começaram a esvaziar a cidade sob o pretexto de eliminar os vícios burgueses e criar um homem cambojano novo, em uma sociedade rural igualitária. Milhares foram enviados para o campo para plantar arroz e construir grandes obras civis. Aqueles que não se submetiam às ordens do poder central eram torturados, executados, deportados ou postos sob rígida vigilância. A insanidade do regime de Pol Pot eliminou em quatro anos mais de 2 milhões de cambojanos, em um país de 7 milhões de habitantes. As mortes foram decorrentes de maus tratos, fome, doenças infecciosas, e esgotamento por trabalhos forçados. O irmão número um, como Pol Pot gostava de ser chamado, foi condenado à prisão perpétua, mas obteve o privilégio de cumprir a pena em sua casa.
Dois outros ex-chefes do Khmer Vermelho, Khieu Samphan e Nuon Chea, foram detidos após terem se rendido. Nuon Chea era o irmão número 2, braço direito de Pol Pot e vivia tranquilamente no interio do país cercado pela família. 
A prisão de Ta Mok ocorreu um dia depois de Thomas Hammaber, enviado especial das Nações Unidas, ter debatido com funcionários cambojanos a criação de um tribunal internacional para julgar os ex-dirigentes do Khmer Vermelho. O primeiro ministro, Hu Sen, que também fora dirigente do Khmer Vermelho, preferiu a criação de uma "comissão da verdade", nos moldes da sul-africana.

Réus devem explicar mortes 
Os cambojanos também manifestaram o desejo de ver O Carniceiro e outros torturadores julgados em seu próprio país. Muitos esperam que o julgamento revele como milhões de pessoas foram mortas nos "campos do silêncio", criados por Pol Pot. "Não tenho dinheiro para comprar uma passagem de avião para assistir a um julgamento no exterior", disse Tep Yee, 70 anos, um sobrevivente dos campos. 
O primeiro acusado começou a ser julgado no mês passado, na capital do Camboja, Phnom Penh . Kaing Guek Eav, conhecido por Duch, dirigia a prisão S-21, o centro de tortura do regime.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.