12 de março de 1947 — O impacto da Doutrina Truman
A pretexto de socorrer a Turquia e a Grécia, envolvidas em uma guerra civil entre comunistas e monarquistas, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, assumiu de vez sua política externa contrária a ex-União Soviética. O presidente dos Estados Unidos fez um discurso no Congresso para pedir verbas e o envio de tropas para a Grécia e a Turquia, "para assegurar o desenvolvimento pacífico dos países livres de coerção". O pronunciamento foi considerado uma bomba diplomática em Moscou, e teve relação direta com o início da Guerra Fria.
A mensagem lançou formalmente a Doutrina Truman, que justificou as intervenções militares em vários países como meio de conter o avanço soviético. Truman sabia que tinha a seu favor um arsenal de armas nucleares, e o fato de governar um país que não teve o seu território devastado por operações militares.
No campo econômico a Doutrina Truman gerou o Plano Marshall, que liberou entre 1947 e 1951, 13 bilhões de dólares para recuperar a Europa do pós-guerra. Ingleses, franceses, belgas, holandeses, italianos e alemães aderiram ao projeto. Já os países do bloco soviético, composto por Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Romênia e Bulgária rejeitaram a oferta.
Intervenções militares
Harry Truman assumiu o poder e abandonou o discurso do seu antecessor Franklin Roosevelt, de "coexistência pacífica" com a União Soviética. A Doutrina Truman resultou na intervenção dos Estados Unidos na Guerra da Coréia (1950 a 1953) e na Guerra do Vietnã (1962-1975), e contribuiu para derrubar os regimes de Mossadegh no Irã em 1953, e o do general Jacobo Arbenz na Guatemala em 1954. Em 1961 os Estados Unidos apoiaram a invasão de Cuba para derrubar Fidel Castro e criaram a Escola das Américas, no Panamá, para treinar militares.
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