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3 de fevereiro de 1927 - A revolta dos militares do Porto
A revolta de militares da infantaria aquartelados no Porto levou o governo português a decretar o estado de sítio em todo o país. À frente da rebelião estavam o general Sousa Dias, o comandante Jaime de Morais, o capitão Sarmento Pimentel e o tenente João Pereira de Carvalho, além do capitão-médico Jaime Cortesão e José Domingos dos Santos.
Os rebeldes prenderam o ministro da Instrução Pública e seguiram para Lisboa. Um grupo de oficiais apresentou um ultimato ao governo, exigindo a renúncia do general Carmona e dos seus assessores, que seriam substituídos por um governo militar de caráter republicano e constitucional.
O general reagiu, enviando tropas para as cidades do Porto e de Gaia, que foram bombardeadas. Os revoltosos que partiram de Lisboa e de Lagos não conseguiram chegar a tempo de prestar socorro aos combatentes do Porto. Os revolucionários ficaram encurralados e se renderam. A batalha durou cinco dias e deixou 90 mortos e mais de 500 feridos, entre militares e civis. A repressão aos rebeldes foi violenta, com fuzilamentos sumários e deportações para a Açores e Angola.
A rebelião foi a primeira depois do golpe que instaurou a ditadura de inspiração fascista em 28 de maio de 1926, e deu início ao movimento de resistência que ficou conhecido como o "reviralho". Os protestos contra o regime estenderam-se até os anos 40.
A Constituição de 1933 criou o Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país até 1968. Foi substituído por Marcelo Caetano.
A democracia somente foi restabelecida em Portugal depois de 46 anos de ditadura, com a pacífica Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974. A nova constituição foi promulgada de 1976 e consolidou as conquistas democráticas.
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