8 de fevereiro de 1999 - Jordânia tem novo rei
Horas depois da morte do rei Hussein da Jordânia, o filho mais velho do monarca Abdula, 37 anos, prestou juramento no parlamento como seu sucesso. Em seguida, indicou seu meio irmão Hamzeh, 18 anos, filho mais velho da rainha Noor, viúva de Hussein, como príncipe-herdeiro. Noor é o nome árabe Liza Halaby, que era rejeitada pela origem americana, mas que continuou a ter influência no reino por intermédio do filho.
Com a decisão de ungir o filho mais velho, Hussein alterou a linha de sucessória do trono e afastou Hassan, seu irmão mais novo e herdeiro oficial do trono durante 34 anos. Abdula recebeu do pai um país com sérios problemas econômicos, com conflitos nas fronteiras e com um contingente enorme de palestinos entre a população.
A morte do grande estadista, que enfrentou muitos obstáculos para manter seu país coeso, comoveu a população. Hussein tinha 63 anos e governava há 47 anos. O território onde fica a Jordânia é um pedaço do deserto sem petróleo, que foi dado pelos ingleses como prêmio a seus aliados hachemitas, do qual Hussein é descendente. Seu avô, o primeiro rei, foi assassinado. O pai enlouqueceu. Hussein foi coroado aos 16 anos e cinco anos depois frustrou uma tentativa de golpe de estado. Em 1967, Israel invadiu o país e ocupou a Cisjordânia na Guerra dos Seis dias e a parte oriental de Jerusalém.
Equilíbrio difícil
Em 1970, Hussein sofreu dois atentados e tropas do rei sufocam uma rebelião de palestinos em um episódio ficou conhecido como Setembro Negro. Em seguida, a cúpula árabe decidiu que Hussein não seria mais o porta-voz dos palestinos e cria a Organização para Libertação da Palestina (OLP). Os palestinos fugiram para o Líbano e a partir de 1979, o rei inicia a reconciliação com a liderança da OLP. Em 1994, assina um acordo de paz com Israel.
Hussein autorizou eleições em 1989 e 1993. Na primeira saíram vitoriosos os fundamentalistas islâmicos. Os vencedores do segundo pleito foram as forças moderadas
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