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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Frans Post (genial pintor holandes) morreu nesta data - 17 de fevereiro - em 1680

Para quem não sabe Frans Post (1612-1680) foi um pintor holandês nascido na cidade de Haarlem. Chegou ao Brasil em 1637, com Maurício de Nassau. Sua importância para nós, brasileiros, é que foi ele o primeiro grande artista a pintar paisagens do Brasil; mais especificamente do nordeste.

De seus quadros sobre motivos brasileiros destacam-se "Ilha de Itamaracá" (1637), "Paisagem das vizinhanças de Pernambuco" (1669), além de trinta e dois desenhos sobre locais brasileiros e africanos, reunidos no álbum "Delineações arquetípicas das regiões do Brasil".

As raras telas e aquarelas assinadas por Frans Post encontradas fora dos museus, nas galerias e leilões - ainda hoje são disputados a peso de ouro por grandes colecionadores.

Encontrei, na internet, um site com uma produção primorosa sobre Frans Post e não resisti em trazê-lo, por inteiro, para o conhecimento dos leitores e visitantes da Oficina de Gerência. Falo do site Saber Cultural, uma dessas jóias raras dedicadas à arte e à cultura que enfeitam a internet para nossa alegria.

A página sobre Frans Post foi produzida e formatada pela dupla Mario Capelluto e Ida Aranha cujos créditos estão ao final. Rolem a barra do post e desfrutem da obra desse genial artista do século 17 ainda tão presente em nossa história e nossa cultura.



FRANS POST
BIOGRAFIA
VIDA
Pintor holandês, Frans Post nasceu em Haarlem em 1612 e morreu na mesma cidade em 1680. Veio para o Brasil com Maurício de Nassau em 1637, aqui permanecendo até 1644, quando voltou para sua cidade natal.
PROJEÇÃO
Frans Post notabiliza-se pela série de paisagens brasileiras que pinta ou desenha durante sua permanência no Brasil e de volta a seu país.
Pouco depois de desembarcar em Pernambuco pinta a primeira de suas telas sobre motivos brasileiros: "A Ilha de Itamaracá" (1637; Mauritshuis, Haia). Ao tempo de sua formação, em Haarlem, predominavam os paisagistas, sendo natural, assim, a predileção do pintor por esse gênero. Frans Post reage à exuberância tropical com grande contenção: não joga na tela a explosão de cores com que é defrontado, preferindo registrar espaços abertos, salpicados de miniaturas, em tons fortes mas não variados. Procura fixar as cenas mais em razão de sua utilidade informativa, atento à composição e, como detalhe típico, quase sempre colocando uma árvore numa das extremidades do quadro.
O pitoresco ou inusitado não o atrai: as cenas possuem um ar de tranqüilidade que é um de seus encantos. Com o decorrer do tempo torna ainda mais sintéticas as suas telas, onde às vezes busca fixar cenas em poucas pinceladas num espaço diminuto.
O ponto alto de sua arte é o famoso quadro "Panorama brasileiro" (1652; Rijksmuseum, Amsterdam): de dimensões incomuns, apresenta a parte superior arrendondada, julgando-se que fosse um dos painéis que adornavam a Huis Ryksdorp, em Wassenaar. A paisagem, de 282,5 x 210,5cm, a óleo, tem predominância de tons verdes e mostra um rio ziguezagueando, em meio de farta vegetação, contra a linha baixa do horizonte onde se delineia o mar azul. O céu ocupa dois terços do espaço, que é completado por frutas tropicais, numa composição de grande harmonia.
OBRAS
Não é vasta a obra de Frans Post, calculando-se que tenha executado entre duzentos e trezentos trabalhos ao longo de quarenta anos. Além das paisagens brasileiras, que formam a quase totalidade dessa obra, também são de sua autoria algumas naturezas mortas - geralmente com frutos e flores do Brasil -, paisagens holandesas e 32 desenhos de locais brasileiros e africanos reunidos no álbum Archetypae Delineationes Brasiliae regionun ( Delineações arquetípicas das regiões brasileiras: British Museum, Londres.).
O Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, possui uma sala especial denominada "Frans Post e a Pintura Flamengo-Holandesa do Séc. XVII", com um retrato de Nassau, cinco paisagens de Pernambuco, uma paisagem de Olinda e outra da Paraíba, todos de Post.
A Fundação Castro Maia, no Rio de Janeiro, possui a tela "Engenho de Açucar", e o Museu de Arte de São Paulo "A Cachoeira de Paulo Afonso", "Paisagem pernambucana com rio", "Paisagem de Pernambuco com casa-grande" e "Paisagem com tamanduá".
No Museu do Louvre, em Paris, estão "O Rio São Francisco e o forte Maurício", "O Carro de bois", "Paisagem de Porto Calvo", "Forte dos reis Magos", "Moínho de açúcar", "Casa de um nobre português", "Capela dos portugueses" e "Habitações de plantadores perto o rio Paraíba".
Além da "Paisagem brasileira", o Rijkmuseum de Amsterdam possui o quadro "Vilas nas vizinhanças de Pernambuco"; no Museu do Estado, Copenhague: "A Fabricação do acúcar"; Instituto de Artes, Detroit, E.U.A.: "Igreja jesuíta em ruínas"; Universidade Católica da América, Washington, D.C.: "Paisagem com um cortejo de negros"; Palácio Kensington, Londres: "Vila de indígenas"; Associação dos Colecionadores de Arte, Londres: "Paisagem brasileira".
No Brasil ainda existem quadros de Frans Post em São Paulo: na Biblioteca Municipal a "Vila perto de Pernambuco"; em Pernambuco: no palácio do governo, "Paisagem brasileira" (dois quadros); e Rio de Janeiro: no Palácio Guanabara, "Índios Caçando" e "Paisagem de Pernambuco"; no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, "Ruínas de Olinda"; na embaixada do Reino Unido, "Moínho de açúcar" e "Paisagem brasileira".





1652 - Hacienda, Mittelrheinisches Landesmuseum, Mainz.

1665 - View of the Jesuit Church at Olinda, Brazil - Institute of Arts, Detroit.
1670-75 - A Brazilian Landscape, Private Colection.
1638 - The Ox Cart, Musée du Louvre, Paris.
Brazilian Landscape, Metropolitan Museum of Art, New York.



Produção e Formatação:
Mario Capelluto e Ida Aranha


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