Vi estes vídeos (um deles hoje) em um dos telejornais da Rede Globo e fiquei triste e impressionado. Acho que são retratos fidedignos da crise que o mundo está atravessando com o desemprego se espalhando como virus, cruel e indomável.
As reportagens da Rede Globo abordam os problemas das familias brasileiras no Japão. O pais do sol nascente vive a pior crise de sua história – lá, um tsunami econômico de verdade - e os trabalhadores estrangeiros e temporários são demitidos em massa, sem dó nem piedade. E os milhares de brasileiros estão neste infausto contingente.
É a cultura japonesa. Lá os trabalhadores locais nem precisam fazer movimentos contra os imigrantes, como na Europa, pois a xenofobia já faz parte dos hábitos deles principalmente no que diz respeito aos empregos. A qualquer tremor nos índices economicos são os estrangeiros os primeiros a perder suas posições.
São tristes as cenas dos dois videos, pois inevitavelmente somos redirecionados aos tempos - nem tão distantes assim - em que o Japão era o eldorado para os brasileiros, principalmente os descendentes da colonia japonesa no Brasil. A migração de famílias inteiras para a terra dos shoguns acontecia, também, em massa. E foram muitos anos de prosperidade. Agora, inicia-se a acabrunhada volta para casa.
Vale assistir aos vídeos até para se refletir sobre o valor, intrínseco, do emprego. Seja lá, no Japão, na Europa ou no Brasil. Temos o mau hábito (cultural?) de não respeitarmos nossos serviços em corporações; de só os defendermos quando nos vemos ameaçados de perde-los.
Dou exemplos de desveneração por nossos ofícios: chegar atrasados aos compromissos, descumprir tarefas e/ou prazos, “matar tempo” nos horários de trabalho, fingir doenças ou inventar compromissos “inadiáveis”... É preciso continuar? Todavia quando sentimos certa ameaça no ar todos corremos, ávidos e "responsáveis" (medrosos seria melhor dizer...) para fazer exatamente o inverso de toda a lista que está citada acima. Verdade ou mentira?
Aqui no Brasil estamos começando a viver o flagelo do desemprego em ampla escala. As autoridades – em todos os níveis - fazem de tudo para minimizar efeitos e encontrar soluções que evitem as perdas de postos de trabalho, mas está ficando cada vez mais dificil. Não depende dos governos isoladamente e empresa nenhuma vai manter seus empregados se não vender seus produtos; se o vermelho começar a colorir seus balanços e projeções. Demitir mão de obra faz parte da bula empresarial tanto quanto reduzir despesas de custeios e investimentos.
A hora é muito dificil e exige administradores públicos de altíssimo gabarito. Gente com visão de estadista e responsabilidade de saber apertar os botões de controle no painel (cada vez mais complexo) da crise mundial.
Convido-os a assistir os vídeos e fazerem suas reflexões.
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