Este artigo foi publicado recentemente no site da revista Você SA. Eu o considerei, simplesmente, imperdível. Por isto mesmo não poderia deixar de trazê-lo aos meus amigos da Oficina de Gerência.
O tema é mais do que conhecido, mas a forma com a qual a autora, jornalista Renata Avediani, o coloca no texto é (quase) perfeita. Não me surpreende. Já publiquei outros artigos dela aqui mesmo no blog e ela, realmente, conhece as manhas da comunicação escrita. (leia A dose certa de assertividade (Renata Avediani - Você S/A).
O que está no artigo corresponde a uma realidade pouco percebida pelas próprias "vítimas" do processo de deficiência operacional que está sendo focalizado pelo artigo.
Referimo-nos àqueles colegas que, por exemplo, embora capazes e competentes, começam a cometer erros "nunca dantes navegados" tais como perder documentos, chegar atrasados ao trabalho e às reuniões; ou então se "enrolam" com uma dose excessiva de repetição de trabalhos entregues como prontos e estão sempre impacientes e reclamando da vida.
Quantas carreiras profissionais vocês conhecem que sofreram marcha-a-ré ou mesmo se diluíram por conta desse tipo de comportamento? Já vi algumas. É de dar pena o desperdício de talento para quem entra nessa espiral.
Eu mesmo não sabia, antes do artigo da Renata Avediani, mas o nome disso é "autossabotagem" (só pode ser novidade de consultor...).
Enfim, não deixe de conhecer este texto e como sempre recomendo: façam cópias e distribuam entre seus amigos da lista de e-mails, republiquem nos seus blogs ou sites e espalhem o texto onde puderem porque é da maior qualidade.
Nestes momentos tormentosos onde os empregos, de uma forma geral encontram-se ameaçados, saber como fazer para não os colocar em risco e principalmente conhecer certos, digamos, "truques" que evitem prejudicar as suas (nossas) carreiras é como se cultivássemos uma orquídea muito preciosa em nosso jardim.
Como evitar um gol contra na carreira
Seu pior rival pode ser você. Conheça as formas mais comuns de autossabotagem e livre-se delas
Por Renata Avediani.(clique na imagem)
"Por mais que um profissional se dedique e seja competente, pequenos deslizes comportamentais podem levá- lo a prejudicar a si mesmo, comprometendo o crescimento profissional. O gol contra na carreira é o tema do livro Pare de Se Sabotar no Trabalho e Ajude os Outros a Fazer o Mesmo (Editora BestSeller), do consultor americano Mark Goulston. “A autossabotagem é o motivo mais comum pelo qual as pessoas colocam em risco a carreira”, diz o autor. Por que as pessoas fazem isso? Trata-se de um problema de fundo psicológico, ligado a sentimentos como medo, insegurança e frustração, acumulados ao longo dos anos.
A pessoa acaba levando questões mal resolvidas na família e na escola para o local de trabalho, onde reproduz as situações que viveu quando era mais nova. “Os profissionais que se autossabotam não olham a realidade nua e crua. Eles reagem negativamente, com base nas referências que adquiriram na vida” diz Silvio Celestino, diretor da consultoria Enlevo, de São Paulo. Há, basicamente, dois tipos de reação que levam ao comportamento prejudicial, segundo Mark Goulston, e os dois estão ligados ao medo.
No primeiro, a pessoa reage agressivamente quando se sente ameaçada. No segundo, ela foge. Evitar gol contra na carreira não é tarefa fácil. Além de prestar atenção às suas atitudes, o ideal é pedir ajuda a alguém mais experiente. Se chegar à conclusão de que anda se autossabotando, a recomendação é buscar a ajuda de um coach ou terapeuta. “Quem consegue se afastar disso tem mais sucesso na carreira”, diz Sílvio Celestino. Para ajudar você a identificar se este é o seu caso, listamos 26 comportamentos presentes no livro de Mark Goulston. Confira e veja quais são as dicas para se livrar deles. A bola está com você."
Procrastinar. Quem adia tarefas e decisões compromete o desempenho da equipe. A atitude está relacionada ao sentimento de sobrecarga de trabalho.
Ficar na defensiva. Este é um mal comum, ligado à insegurança ou à arrogância. Causa problemas de relacionamento e prejudica o andamento dos projetos.
Perder tempo. Se você tem a sensação de que trabalha muito, mas no fim do dia é pouco produtivo, vale rever sua rotina. Responder e-mails prontamente, por exemplo, pode ser bom para sua imagem, mas é péssimo para a sua produtividade.
Achar-se indispensável. Erro fatal. Líderes assim afastam as pessoas e sofrem para se alinhar ao time.
Ser mau ouvinte. Quem não sabe ouvir as pessoas ao redor perde informações importantes para o trabalho ou negócio e acaba tendo um desempenho ruim.
Inventar desculpas. Seu chefe não quer saber por que você errou, mas o que fará para sanar o problema e consertar o estrago. Inventar desculpas faz você parecer imaturo e despreparado.
Insistir em um emprego. Desperdiçar tempo em um trabalho que você detesta pode enterrar sua carreira. Isso costuma acontecer por falta de um plano B ou por medo de correr riscos.
Não delegar. Além da desconfiança na capacidade dos outros, nessa atitude está em jogo o medo de que alguém faça o trabalho melhor que você.
Ter medo de aprender coisas novas. Não sofra por antecipação. Quanto mais você se preocupar com uma mudança, mais difícil ela será.
Ser sincero demais. Antes de dizer o que pensa, avalie se o objetivo do comentário é contribuir com a discussão.
Burlar as regras. Se há alguma regra com a qual você não concorda, tente negociá-la com as pessoas envolvidas.
Estar despreparado. No dia-a-dia, reserve ao menos 30 minutos antes de uma apresentação ou reunião para estruturar seus pensamentos.
Não saber perdoar. A mágoa leva as pessoas a se fechar ao diálogo, o que gera caos no ambiente de trabalho.
Entrar em pânico. Perder o controle da situação apenas faz com que o profissional se angustie mais. Pior, ele pode acreditar nas próprias teorias, por exemplo, de demissão, colocando tudo a perder.
Não ter autodisciplina. Forma silenciosa de autossabotagem, que vai causando pequenos transtornos no dia-a-dia até criar grandes problemas.
Desistir facilmente. É um tipo de autossabotagem ligado a assumir responsabilidades. Ele pode levar você a perder boas oportunidades de carreira.
Agradar a todos. Forçar a barra para que as pessoas gostem de você é fatal. Se suas opiniões forem discordantes, ceder para não parecer do contra vai soar artificial e afetar sua credibilidade.
Reagir mal a um “não”. Ninguém gosta de receber uma negativa, mas reagir agressivamente é gol contra na certa.
Ter medo de demitir os outros. Um dos papéis do líder é motivar a equipe a trazer resultados. Nada de culpa, portanto, para demitir quem não se encaixa.
Confundir um desabafo com críticas duras. Não acumule sentimentos para soltá-los todos de uma só vez.
Ser impulsivo. Falha muito conhecida e comum de autocontrole.
Concentrar-se nos pontos fracos. É importante reconhecer as limitações para tentar melhorar.
Frustrar-se. Tome cuidado para não assumir o papel de vítima.
Sentir-se culpado. Para liderar, às vezes é preciso tomar decisões que desagradam as pessoas. O cuidado de não se deixar corroer pela culpa diferencia os bons dos maus líderes.
Ter a sensibilidade à flor da pele. Sabotagem relacionada à carência.
Não aprender com os erros. Ao admitir para você mesmo que todo mundo erra, fica mais fácil aceitar seus deslizes e tirar proveito deles.
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