.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
.

A destruição de pesquisas em uma unidade da Embrapa é algo que excede ao nível mais primata da razão humana. Compara-se às queimas de livros na inquisição e no nazismo. Sem diferença e com agravantes. Um líder do grupo responsável(?)pela ação (e que a opinião pública nem sabe mais qual seja, tantas são as siglas que se misturam para identificá-los) disse que "destruiu as pesquisas porque "não concordava com elas". Meu Deus! Que demonstração de arrogância e ignorância! E nós, cidadãos, sendo obrigados a assistir isso tudo indignados e assustados com a selvageria e a impunidade daquele contingente de pessoas, massa de manobra, conduzidas por falsos líderes.
E o Governo Federal? E a Polícia Federal? Afinal de contas são bens públicos que foram destruídos e pisoteados. São crimes contra o patrimônio que estão sendo cometidos à luz do dia. Fica parecendo que existe alguma "licença secreta" concedida pelas autoridades, que dá ao MST e seus derivados o direito de promover essa onda recorrente de vandalismos? Só pode ser! Porque a liberdade dessa gente, para praticar crimes e justificá-los com slogans e clichês dos anos de Mao Tsé Tung é uma realidade. A inação das autoridades federais e estaduais (alguns casos) também é uma realidade.
Tive oportunidade de conhecer, de perto, a estrutura do MST e posso afirmar com segurança que é muito profissional e competente. Não há amadorismo no que eles promovem. Suas lideranças de cúpula são - na maioria - pessoas de nível superior e com muitas horas de treinamento nas atividades às quais cada um se encarrega. É uma organização digna de admiração. Disciplina militar e motivação de guerrilheiros.
Por enquanto eles estão invadindo fazendas e prédios abandonados e depois? Quem garante que daqui a pouco não estarão também ocupando propriedades urbanas "em nome do movimento social e da desconcentração de renda?".
Até quando esse "faroeste caboclo" vai continuar. Pior, até onde? Está passando da hora dos cidadãos começarem a se mobilizar. Lembremos daquela famosa frase de Martin Niemöller:
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."
..
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°
* Leia, abaixo, a íntegra da matéria publicada na Folha de São Paulo, no dia 11 de junho,Caderno Brasil
Policiais atiram balas de borracha contra manifestantes da Via Campesina, em Passo Fundo
.
(Da Agência Folha)
(Da Agência Folha)
Ação em 13 Estados envolve 6.900 contra multinacionais, monocultura da cana, aumento nos alimentos e modelo
energético.
Manifestações foram organizadas pela Via Campesina, que reúne, entre outros grupos, o MST, e pela Assembléia Popular.
.
"Cerca de 6.900 manifestantes, a maioria deles sem-terra do MST, participaram ontem de uma onda de invasões, protestos e depredações em 13 Estados contra a atuação de empresas estrangeiras no país, a monocultura da cana, o aumento nos preços dos alimentos e o modelo energético.
A manifestação foi organizada pela Via Campesina -que reúne MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), entre outros- e pela Assembléia Popular, articulação de movimentos sociais urbanos.Os manifestantes tentaram invadir usinas hidrelétricas de Itá (RS) e fizeram um protesto em frente à usina de Salto Santiago (PR), ambas pertencentes à empresa franco-belga Suez, que lidera o consórcio vencedor da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO).
Para protestar contra a transposição do rio São Francisco, agricultores com foices, enxadas e pedaços de madeira invadiram as instalações da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), na usina de Sobradinho (BA). Eles forçaram o portão principal e quebraram alguns vidros. Deixaram o local no início da tarde.Sem-terra invadiram a Estação Experimental de Cana-de-Açúcar da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Carpina (60 km de Recife), e destruíram mudas de cana-de-açúcar usadas para pesquisa.
Em Passo Fundo (RS), houve confronto. A Brigada Militar disparou balas de borracha contra sem-terra que invadiram fábrica da Bunge, multinacional de alimentos. Cinco sem-terra ficaram feridos.Segundo o MST, o confronto teve início quando soldados apreenderam um caminhão com alimentos que seriam distribuídos à população carente que mora próximo à fábrica.O subcomandante-geral da Brigada Militar, Paulo Roberto Mendes, disse que todos os manifestantes seriam detidos.Em Belo Horizonte, manifestantes bloquearam por seis horas com pneus e fogueiras um trecho urbano da FCA (Ferrovia Centro Atlântica), do Grupo Vale, para protestar contra a falta de obras e por mais segurança ao trânsito local e aos moradores da região dos bairros afetados pela linha férrea.
No Pontal do Paranapanema, região oeste de SP, segundo a Polícia Militar, cerca de 400 integrantes do MST dominaram dois seguranças e invadiram o canteiro de obra de usina de álcool do grupo Odebrecht. No escritório da empresa, eles improvisaram uma cozinha.Cerca de mil pessoas ligadas à Via Campesina armadas com pedaços de paus invadiram o Porto do Pecém (a 60 km de Fortaleza), impedindo a carga e a descarga de navios. Protestavam contra a construção, no local, de uma termelétrica e de uma siderúrgica.
Em Santa Catarina, 350 pessoas, de acordo com a PM, protestaram contra o funcionamento de uma indústria de celulose em Otacílio Costa. Houve bloqueio por uma hora da BR-282, na cidade de Maravilha (658 km de Florianópolis).Em São Paulo, cerca de 600 trabalhadores rurais da Via Campesina e integrantes da Assembléia Popular invadiram ontem um prédio da Votorantim no centro da cidade.
Segundo o MST, a polícia tomou o prédio e reprimiu os manifestantes com "violência". A PM nega. A invasão tinha por objetivo denunciar os impactos ambientais da construção da barragem de Tijuco Alto, no rio Ribeira de Iguape, que corta os Estados de São Paulo e Paraná. ".

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.