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A famosa pintura que representa o descobrimento do Brasil com o desembarque dos portugueses é chamado "Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500", e foi pintado pelo artista brasileiro Oscar Pereira da Silva. Essa obra, concluída em 1900, retrata o momento histórico em que Pedro Álvares Cabral e sua tripulação chegaram ao território que hoje conhecemos como Porto Seguro, na Bahia. A pintura é considerada uma das representações mais icônicas desse evento histórico e faz parte do acervo do Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga.


Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Foi um nome importante na transição da primeira para a segunda geração do modernismo pelos poemas do livro Alguma poesia, e é geralmente identificado com a segunda geração modernista, apesar dele nunca ter se filiado a um projeto literário específico. Ao longo da vida, escreveu poesia intimista, filosófica, política e social, tendo composto também alguns contos e crônicas. Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época (Wikipédia)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Jesus era... Peripatético (Max Gehringer)

(Imagem das artistas Liz Couldwell & Susan Doyle do Getty Images)
Numa das empresas em que trabalhei, eu fazia parte de um grupo de treinadores voluntários.
Éramos coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima, e tínhamos até um lema:
'Para poder ensinar, antes é preciso aprender' (copiado, se bem me recordo, de uma literatura do Senai).
Um dia, nos reunimos para discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200 funcionários.
Estava claro que o método convencional -- botar todo mundo numa sala -- não iria funcionar, já que o professor insistia na necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho.
Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento.
E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de primeira.
Aliás, pensou alto:
- Jesus era peripatético...
Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor.
E lá se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar.
- Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau gosto - disse a Laura.
- Eu nem diria de mau gosto, Laura. Eu diria ofensivo mesmo - emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado, no que foi amparado por um silêncio geral.
- Talvez o professor não queira misturar religião com treinamento -- ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos.
- Mas eu até vejo uma razão para isso...
- Que é isso, Sales? Que razão?
- Bom, para mim, é óbvio que ele é ateu.
- Não diga!
- Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a religiosidade alheia...
Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e, quando já o estávamos sentenciando à fogueira eterna, ele retornou.
Mas nem percebeu a hostilidade. Já entrou falando:
- Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas... Por que vocês estão me olhando desse jeito?
- Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de peripatético, veja bem...
- Certo! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos.
Mas Jesus foi o Mestre dos Mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz. Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico...
Mas que cara é essa?... Peripatético quer dizer 'o que ensina caminhando'.
E nós ali, encolhidos de vergonha. Bastaria um de nós ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário.
Isto é, para poder ensinar, antes era preciso aprender.
Finalmente, aprendemos. Duas coisas.
A primeira é o fato de todos estarem de acordo não transforma o falso em verdadeiro.
E a segunda é que a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime.
(Artigo escrito por Max Gehringer publicado na Revista VOCÊ SA.)
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.......... Recebi este artigo do meu amigo e Venerável Mestre da Loja Maçônica Aleijadinho, Reginaldo Gusmão. Ele é um frequentador assíduo do galpão da Oficina de Gerência e tem me ajudado muito com sugestões para o aprimoramente do blog. O artigo em si traz a marca do Max Gehringer, todavia eu o coloquei aqui pelo tema central. Trata das eternas discussões de grupos. É uma das maiores forças negativas do mundo corporativo.
.......... As reuniões, formais ou informais, para resolver problemas, são erros fundamentais que os gerentes menos experientes cometem. Bem dizia a Margareth Tatcher, quando cunhou a frase: "O consenso é a negação da liderança". Meio exagerado e muito autoritária, a frase da ex-Primeira-Ministra da Inglaterra, entretanto guarda alguma verdade.
.......... O meu conselho é: "não queiram resolver problemas com reuniões. Além de não solucionar nada ainda vai, de quebra, conseguir mais "sarna para se coçar". Os "espinhos corporativos" não são arrancados por uma junta médica; é o cirurgião-chefe, sozinho ou no máximo com um ou dois auxiliares quem o extrai. Portanto, senhores candidatos a chefes, executivos, controllers etc, fujam da tentação de "partilhar" os problemas. Esses são só do líder ou gerente. Dividir mesmo? Só os bônus, mas isso já uma outra conversa.
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