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domingo, 9 de março de 2025

Morte e Vida Severina - em vídeo e texto.

 

João Cabral de Melo Neto


CHICO BUARQUE " MORTE E VIDA SEVERINA "

Morte e Vida Severina é um livro do escritor brasileiro João Cabral de Mello Neto, publicado em 1966. O livro apresenta um poema dramático, escrito entre 1954 e 1955 e relata a dura trajetória de um migrante nordestino em busca de uma vida mais fácil e favorável no litoral.
Em 1965, a pedido do escritor Roberto Freire, diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), o músico Chico Buarque musicou o poema para a montagem da peça. Desde então sua presença no teatro brasileiro tem sido constante.

"Morte e Vida Severina," de João Cabral de Melo Neto, é uma das obras mais emblemáticas da literatura brasileira, e há muito o que comentar sobre ela. Trata-se de um poema dramático que narra a jornada do retirante Severino em busca de uma vida digna no litoral, fugindo da seca e da miséria do sertão nordestino. A obra é profundamente crítica, ao mesmo tempo, poética e desoladora, revelando as injustiças sociais e as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores rurais.

Um dos aspectos mais marcantes é o uso da linguagem seca e econômica, que reflete tanto a aridez do sertão quanto a luta pela sobrevivência. Apesar do tom sombrio, o poema encontra um vislumbre de esperança na celebração da vida, mesmo em condições adversas, como visto no nascimento de uma criança no final do poema. É um texto que combina poesia e teatro, oferecendo uma narrativa visual e potente.

Os temas principais de "Morte e Vida Severina" giram em torno das questões sociais e existenciais, retratadas de forma poética e crítica; destacam-se:

  • A luta pela sobrevivência: A trajetória de Severino reflete a batalha diária contra a miséria e a aridez do sertão nordestino, além do desejo de encontrar melhores condições de vida.
  • A desigualdade social: O poema expõe de maneira contundente as injustiças enfrentadas pelos trabalhadores rurais e a disparidade entre ricos e pobres.
  • A morte e a vida como paradoxos: A obra trata da proximidade constante da morte no cotidiano dos retirantes, mas também celebra a resiliência da vida, como no nascimento de uma criança.
  • A identidade nordestina: João Cabral de Melo Neto explora a cultura, os costumes e as dificuldades do povo nordestino, dando voz a uma realidade muitas vezes marginalizada.
  • A religiosidade e a esperança: Apesar da dureza das circunstâncias, há momentos de espiritualidade e fé que apontam para a possibilidade de renovação e resistência.
Resolvi trazer este poema ao leitor do blog por três motivos:
  • Por retratar de forma direta e seca, em forma de poesia, uma realidade brasileira que persiste ano após ano, no nordeste do Brasil;
  • Sendo natural e vivido profissionalmente por muitos anos nos sertões do Vale do São Francisco, sinto-me na obrigação de buscar, sempre que oportuno for, chamar a atenção das diferenças sociais e humanitárias entre o Norte-Nordeste e o restante do Brasil.
  • Também me motiva a resiliência do povo nordestino que, mesmo após tantos anos de esquecimento social e preconceitos diversos, mantém sua esperança, sua cultura e sua poesia.

Após o vídeo, coloquei o link que levará o leitor ao texto completo do poema; para quem queira guardá-lo ou conhecê-lo de forma mais intimista.

Assistam e curtam o vídeo para conhecer esta obra-prima de João Cabral de Melo Neto





Este link - clique aqui - o levará a uma publicação da Universidade do Amazonas com o texto completo do poema "Morte e Vida Severina".


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