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É preciso ter um olhar para o negócio como um todo e conhecimento das habilidades comunicacionais e comportamentais, diz Maria Eduarda Silveira, headhunter de executivos e fundadora da Bold HRO, consultoria de recrutamento especializado e desenvolvimento organizacional.
O ‘Estadão’ conversou com a especialista e reuniu os deslizes mais comuns cometidos por lideranças. Confira: 1. Falta de feedback claro e sinceroAntes de tudo, é necessário quebrar o paradigma em torno do feedback. “Temos que ter dois ouvidos: um profissional e outro pessoal”, adverte a headhunter. Na prática, alguns hábitos devem ser descartados.
“Tenho percebido que você está chegando atrasado nas últimas três reuniões. De alguma forma, isso gera um impacto no time porque quando você chega temos que repassar todos os projetos novamente. Mas queria saber se está acontecendo alguma coisa que não estou sabendo. Vamos combinar se nas próximas semanas você consegue chegar no horário para que possamos fazer uma reunião mais fluida e organizada.” Após o desenrolar da conversa, termine o feedback com algo planejado. Se, por algum motivo, o colaborador não consegue chegar no horário estipulado, peça para que envie um status das demandas um dia antes da reunião. Uma das funções da liderança é aprender a delegar, explica a headhunter. Em contrapartida, muitos profissionais sentem dificuldade em distribuir demandas. Isso porque, o líder “atinge resultados no começo da carreira como contribuidor individual”, mas quando assume uma equipe, os resultados são alcançados por meio de outras pessoas. Mudar essa mentalidade pode ser difícil. Lideranças que decidem resolver tudo por si só atingem resultados a curto prazo. No entanto, deixam um rastro de inabilidade. “A centralização excessiva revela aquele líder que quer se sentir útil, importante o tempo todo e não confia nas pessoas. A longo prazo, acaba não desenvolvendo times porque uma das funções da liderança é desenvolver sucessores”, ressalta Silveira. Por mais que exista uma certa relutância em delegar funções, é possível começar aos poucos.
3. Resistência à mudançaAs novas formatações de trabalho e de gestão também são fatores que desafiam a liderança. Em primeiro lugar, aqueles gestores que se recusam a administrar times à distância, por exemplo, estão sujeitos a perder oportunidades no mercado. Em segundo lugar: para quem vem de uma cultura ‘top-down’ (decisões tomadas de cima para baixo) pode apresentar mais dificuldade em lidar com empresas com nível hierárquico mais descentralizado e modernizado. “Quanto mais sênior for, mais tem que tomar cuidado para não se fechar no próprio mundo e achar que sabe fazer todas as coisas”, alerta a especialista, ao mencionar a capacidade de continuar ativo, aprender a desaprender e ser mais flexível. Isso inclui experimentar estratégias diferentes. Um profissional que vende o mesmo produto há anos do mesmo jeito pode arriscar uma nova rota. “O mundo dos negócios está cada vez mais volátil, e atingir resultados sustentáveis tem sido cada vez mais desafiador. Então, as empresas precisam contar com líderes que se preocupem com esse resultado sustentável. Se no meio do caminho precisa haver mudanças, essa flexibilidade faz toda a diferença.” 4. Falta de habilidades comportamentaisOutro deslize das lideranças é ignorar a importância da inteligência emocional no ambiente de trabalho, afirma a headhunter. “Liderar pessoas significa gerenciar expectativas de muitas pessoas. Expectativas de carreira, de crescimento e de negócios.” Por isso, o não gerenciamento das próprias expectativas e o não entendimento das próprias emoções impacta diretamente no bem-estar e no clima da equipe. Por exemplo: “a liderança apresenta um projeto na reunião. Alguém discorda ou traz uma crítica. Qual é a primeira reação desse líder? Se falta inteligência emocional, a gestão vai explodir, brigar na reunião e vai virar um caos”, explica Silveira. Em vez de agir dessa maneira, o recomendado é controlar a emoção, tentar ouvir o lado do colaborador, entender os argumentos e ver se dentro daquele contexto cabe fazer alguma mudança no projeto. Segundo a especialista, lideranças com baixa performance costumam viver com o sentimento de medo. Seja por não atingir um resultado, ou por ter medo de ser substituído por uma tecnologia e até pelo grau de responsabilidade que o cargo exige. Diante disso, entender as emoções evita promover um espaço de medo. “Não dá para engajar o time se não está bem ou explodir com todo mundo. Você vai gerar um ambiente de baixa produtividade”, explica. Isso não quer dizer que o profissional deva ser passivo nas situações. “Um líder humano não é um líder bonzinho que passa a mão na cabeça e é permissivo para tudo. Uma liderança exige responsabilidade com os resultados.” Não existe receita ou fórmula mágica para resolver isso. Investir no autoconhecimento é o primeiro passo, diz a especialista.
5. Incoerência entre discurso e açãoOutro erro comum no alto escalão é não cumprir com o combinado. Por exemplo, cobrar pontualidade da equipe, mas estar sempre atrasado. “A liderança é a guardiã dos valores da empresa. Se não pratica os valores da empresa, o time também não vai porque o líder é quem indica o ritmo daquele negócio”, indica Silveira. Aqui vão algumas dicas para ajustar a bússola:
Os principais conflitos corporativos acontecem por causa da falta de uma comunicação eficiente. “Às vezes, a inovação acontece em um novo jeito de fazer uma reunião. Se você não tiver conversa com as pessoas não vai conseguir mudar aquilo”, afirma Eduarda Silveira.
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Caro Drummond, quem nunca cometeu um deslize no exercício da liderança? Certamente todos nós! Mas como corrigir e, ainda, perseverar e ser resiliente para colocar nossa liderança na direção certa? Creio que a etapa inicial é a humildade, como você mesmo exemplifica logo no início das publicações do Blog:
ResponderExcluir“A humildade é a única base sólida de todas as virtudes. Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros.” Confúcio
Dito isso, todos os líderes devem buscar, incansavelmente, o contínuo aprendizado, mas com a humildade como base, para assim, se autoconhecer e ter a percepção do seu ambiente. Não creio em lideranças que sequer não conseguem liderar a si mesmas. Tudo começa com o nosso próprio eu, isto é, cumprindo as metas pessoais, cumprindo a palavra empenhada, corrigindo os erros, conhecendo as vulnerabilidades e buscando ajuda de outras pessoas que estão no mesmo propósito.
Noutro passo, gosto muito do pensamento do Paulo Viera, ao observar que o orgulho se manifesta em 26 formas diferentes, tais como: vitimismo, não ouvir, não promover uma autorreflexão, não estudar, justificação, intolerância, etc.. Como vimos, o orgulho é uma âncora de arrasto para qualquer liderança. Devemos ser o CEO da própria vida, para assim, eliminarmos um pouco de nosso “orgulho natural” e liderarmos o trinômio projetos/pessoas/organizações.
Saudações!
Leandro Vargas
Caro Leandro. Primeiramente quero agradecer sua presença (ao vivo) aqui no blog. E "segundamente", elogiar seu comentário; nas partes e no todo. Já escrevi um artigo sobre liderança aqui no blog onde disse que "para ser gerente são necessários dois vetores:
ResponderExcluir(primeiro) Gostar de pessoas, de gente, de ouvir com interesse genuíno e conversar tete a tete.
(segundo) Gostar (mesmo) de ter problemas para resolver, não fugir deles e sim buscar sempre resolver os imbróglios. Resumidamente este "aforismo" vem ao encontro do seu pensamento no comentário acima. Sem humildade e consequentemente, despido do orgulho e da sua "irmã", a arrogância, nenhuma liderança será exercida verdadeiramente. Será sempre uma falsa liderança que - infelizmente - infestam o mundo corporativo.