A corrida de Fórmula 1 hoje, em Abu Dhabi, última da temporada, foi uma das mais sensacionais dos tempos recentes. Os dois pilotos – Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull) – disputaram toda a temporada ponto a ponto e chegaram empatados, algo raríssimo na história dos GPs.
Todas as expectativas
giraram, a semana inteira, em torno das apostas entre quem venceria. A juventude e a
habilidade do holandês Verstappen ou a experiência do, sete vezes, super
campeão Hamilton?
O aficionado da Fórmula 1 não
tem muita informação sobre o mundo dessa modalidade nos seus bastidores. Os
milhões de dólares que são disponibilizados para as equipes disputarem as corridas
não aparecem muito nas manchetes e noticiários esportivos.
O que está no backstage
desse universo são milionárias disputas comerciais de escuderias, marcas, pneus
e motores como Mercedes Benz, Ferrari, Honda, Pirelli (tem contrato de
exclusividade até 2023), McLaren, Haas, Renault, Michelin, Honda,
Bridgestone... A
Fórmula 1 é um grande laboratório de pesquisas e desenvolvimento de tudo que
diga respeito aos universos que usem pneus, motores, combustíveis, óleos,
mecânica e mais.
"Se pensarmos na paixão e no
sucesso que este esporte causa, a Fórmula 1 é uma grande vitrine de marcas que
competem por mostrar as suas características que fazem delas as melhores do
mundo. As marcas de carros / escuderias que participam agora – 2021 - na
Fórmula 1 são: Mercedes Benz, McLaren, Red Bull, Ferrari, Williams, Haas, Alfa
Romeo, Renault, Alpha Tauri e Racing Point".
Para buscar o equilíbrio competitivo entre as marcas e equipes, os orçamentos da F1, adotados nesta temporada (2021), limitaram os gastos a US$ 145 milhões por equipe em 2021. Lembrar que, nos últimos anos, nas principais equipes, Mercedes, Ferrari e Red Bull Racing, os montantes dos seus orçamentos ultrapassaram US$ 300 milhões e até US$ 400 milhões
Em 2021, cada equipe da Fórmula 1 pôde gastar até 147.5 milhões de dólares
(pouco menos de 800 milhões de reais), excetuando-se itens como os salários dos
pilotos e dos três funcionários mais bem pagos, marketing e custos ligados à
manutenção das fábricas.
Tudo isso que coloquei acima
é um pingo d’agua no está em jogo nas disputas de pistas e rivalidades entre
esses monstros sagrados dos esportes da alta velocidade.
Coloquei essas informações
no início do post para que o leitor da Oficina de Gerência interessado,
majoritariamente, em administração gerência e liderança possa ter uma ideia do
quanto é necessária a qualidade gerencial da escuderias em disputa e de suas
lideranças.
Pois bem, foi essa qualidade
que levou o piloto Max Verstappen a ganhar seu primeiro título de campeão
mundial de Fórmula 1 e à sua equipe, a Red Bull Racing ao seu quarto título de
pilotos.
Vamos falar da “mágica” que
a Red Bull e seu chefe de equipe, Christian Horner, fizeram para Verstappen vencer a corrida na última volta. Hamilton
estava a 11 segundos de vantagem para a Red Bull faltando 5 voltas, ou seja, vitória garantida se nada de
anormal acontecesse. Mas aconteceu... um acidente. A pista suja impôs a entrada do
carro de segurança (Safety Car) em Abu Dhabi e toda a vantagem de Hamilton se
evaporou.
Red Bull viu a oportunidade e imediatamente chamou Verstappen ao box e trocou seus pneus duros e desgastados por outros, leves e novos, para tentar nas últimas voltas - após saída do carro de segurança - ultrapassar Hamilton. Decisão ousada e... desesperada, faltando tão poucas voltas. A equipe Mercedes e o próprio Hamilton não reagiram; confiaram na experiência e perícia de seu piloto. Em outras palavras, "comeram mosca". E pagaram caro, muito caro.
Inesperadamente, o Safety Car voltou faltando uma volta, a última(!) com Hamilton e Verstappen colados um no outro para nova largada com a Red Bull em segundo. Tensão total quando a largada foi autorizada onde tudo seria decidido.
Hamilton ainda tentou dar um "drible" no Verstappen, mas o holandês não caiu na dele. A Red Bull foi pro tudo ou nada para atacar a Mercedes. Verstappen, depois de poucas tentativas, ultrapassou Hamilton quase na reta final, até com certa facilidade, graças aos pneus novos que levaram o jovem Max a ver a bandeira quadriculada de
campeão pela primeira vez em sua meteórica carreira.
Por isso e fazendo jus aos
elementos gerência, decisão e liderança, destaco o trabalho da
equipe Red Bull e do seu líder Christian Horner, como responsáveis, junto com a extraordinária
habilidade do piloto holandês, pela memorável conquista.
Veja abaixo, no vídeo da TV Band, como foi essa magnifica estratégia executada na pista:
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