Caboclo conversa com Clodoaldo observado por Tite e Cafu |
A crise está instalada.
Em toda mídia esportiva é o tema principal. Na mídia política também tem destacado
o caso, mas não com o mesmo peso.
O que aconteceu? De
repente, estoura uma conflagração com cheiro de revolução entre jogadores e
comissão técnica em confronto com a direção; leia-se, presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF)?
Vou focar meu
comentário neste post, sob o ponto de vista da Oficina de Gerência.
O primeiro cenário que
se apresenta resulta em um enorme despreparo do dirigente Rogério Caboclo para
comandar uma complexa organização que envolve, principalmente, as emoções e as
paixões do esporte mais popular do Brasil. Falta de liderança na veia!
Ao tomar a decisão de
acolher a Copa América, no Brasil, depois de Colômbia e Argentina a terem
descartado por conta da pandemia grassando em seus países, por si só já foi uma
temeridade. E ao fazê-lo por conta própria, na pressa e sem medir as consequências,
agravou as reações que, por natural, existiriam. A pergunta que não quer calar: pra quê a CBF aceitou a Copa América no Brasil, completamente amaldiçoada pelos países disputantes, fora de um calendário completamente lotado e com duas semanas para começar?
Em si, realizar uma
Copa América agora, desde que planejadamente, entendo que não contribuiria para fazer oscilar as “médias móveis”
da pandemia que vemos todos os dias na mídia. Afinal, estamos vivenciando diversos
torneios de futebol e outros esportes no Brasil. A rigor, tudo estaria nos limites
do aceitável para a sociedade brasileira. Logo, não seria uma Copa América planejada que
alteraria o curso das coisas.
Por que então criou-se esta
celeuma? Considero como motivo principal a desastrosa forma como o presidente
da CBF tomou a decisão de patrocinar a causa da “dona” do torneio. Ele foi
absolutamente incompetente. Não se toma uma deliberação desse porte – com tantos,
diversos e poderosos interesses envolvidos – assim, na canetada. Ele atendeu ao
interesse da COMEMBOL e pronto. Vai pagar um preço alto por isso.
União do grupo da seleção com Tite |
Além de tudo o dito presidente foi arrogante e pior, sem moral para sê-lo, pois está envolvido até
o pescoço em um processo de assédio sexual dentro da organização que dirige e
que ameaça sua permanência no cargo, haja vista que os grandes patrocinadores
da seleção (Mastercard, Itaú, AMBEV e Nike) já avisaram que estão preocupados
com o desenrolar da causa que corre judicialmente.
O resultado é essa
embrulhada, esse banzé, essa desordem em foi também envolvido até o Senhor
Presidente da República. Nada de bom para o esporte brasileiro vai resultar
daí.
Cenários possíveis dessa presepada toda:
· Protesto dos jogadores, mas irão disputar a Copa América. Ou seja, a “montanha vai parir um rato”.
· Jogadores se negam a disputar a Copa e o técnico Tite e sua comissão aprovam.
· Neste caso, crise de verdade. Tite demitido e CBF convocará nova seleção com nova comissão técnica. Efeitos imprevisíveis
· Presidente da CBF terá de se afastar ou renunciar pois ficará sem respaldo para exercer a função.
Tite e Rogério Caboclo |
Não consultou suas federações e o principal de tudo, não avisou a Comissão Técnica da Seleção Brasileira, estrela da Copa América que está disputando as eliminatórias da Copa do Mundo. Tudo feito de forma amadora e precipitada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.