Visto pelo planeta inteiro (ou quase), o gesto do jogador de
futebol mais famoso e valioso do mundo do futebol - Cristiano Ronaldo - em uma
entrevista coletiva da UEFA, retirando duas garrafas de Coca Cola da sua frente
e trocando-as por água transformou-se na personificação de um fenômeno de nossos
tem
O
simples (simples ???) gesto do CR7, como Ronaldo é conhecido, desaguou numa
perda de valor das ações da empresa em 4 bilhões de dólares. Isso mesmo US$
4.000.000.000,00. (1,6 % do valor da empresa).
Muito
se escreveu, gerou memes e comentários sobre a reação de Ronaldo à Coca Cola (e
não foi a primeira vez). Para os consumidores da bebida não houve alteração
nenhuma. Quem gosta de Coca vai continuar consumindo-a tal quanto antes. "Se o movimento com as ações de fato teve relação com o
jogador, ele foi temporário. Os papéis recuperaram boa parte das perdas e
fecharam o pregão em queda de apenas 0,25%. Agora no “after hours”, inclusive,
as ações estão em leve alta. (texto do site "seu
dinheiro").
Trago a notícia ao blog da Oficina de Gerência para ressaltar
o quanto vale - nos tempos atuais - um gesto, uma palavra, expressão e até
mesmo um olhar diferente, para as pessoas que são públicas; sejam elas as
celebridades, como o Ronaldo, ou até mesmo aqueles executivos, gerentes e
diretores (até mesmo os simples funcionários de uma organização).
Todos nós temos ou teremos plateias - grandes ou pequenas -
que em determinados momentos de nossas vidas estarão nos observando e medindo
cada um dos nossos movimentos, nossa gesticulação, aparência, atitudes e até
nossos trejeitos.
Na maioria das vezes não irão significar nada, mas em
determinadas oportunidades poderão significar muito e alavancar uma carreira ou
uma relação pessoal/ familiar ou criar problemas profissionais ou sociais para
quem não se conteve.
Nos tempos de "redes sociais" o patrulhamento é
permanente - seja para bem ou para o mal - e por isso mesmo é essencial que
cada qual cuide da sua imagem, tome conta dos seus gestos e previna-se das
atitudes que lhe tragam custos.
Trago ao blog um artigo sobre o gesto do Cristiano Ronaldo
com uma abordagem ampla sobre o que ele representou e sobre o poder dos influencers nos
nossos tempos atuais. É bem interessante
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O gesto de Cristiano Ronaldo numa coletiva de imprensa (a empresa não é patrocinadora do atleta, além de ele ser contrário ao consumo de refrigerantes, já tendo repreendido o próprio filho publicamente por isso) de retirar duas garrafas de Coca Cola (com uma clara expressão de desagrado) da bancada fizeram o valor da empresa cair de US$ 242 bi para US$ 238 bi, um tombo assustador. Veja o gesto feito pelo jogador a seguir:
Se juntarmos o poder das celebridades com o esporte, além de exponencial ascendência do digital há alguns anos, em escala cada vez maior, e ainda estudos como o da Sports Value, do amigo Amir Somoggi, dando conta do valor dos ativos digitais dos clubes LATAM, veremos que a influência é enorme.
Mesmo que os clubes LATAM ainda tenham um continente para crescer e se profissionalizar, a tendência é clara, traduzida em alguns exemplos: os maiores clubes da LATAM têm ativos digitais de, somados, US$ 115 milhões em maio 2021. Além disso, o Instagram é responsável por US$ 60 milhões, ou 52% do total. E também os clubes brasileiros dominam o YouTube, valendo US$ 21 milhões do total, ou seja, 84%.
O potencial de crescimento e destruição de imagem e financeiro do esporte, tanto em sua versão off quanto on line, somado ainda aos influencers, celebridades ou jogadores(ou ex) é impressionante. Repare que o twitter de CR tem 20 segundos, o suficiente para abalar parcialmente tanto a marca, a reputação quanto as finanças da Coca Cola. Concordemos ou não com a lógica e mesmo com os valores(não me refiro aqui aos financeiros, mas morais de uma certa forma) envolvidos, as cartas estão postas. O que está, está. Não acredito em mudança no curto espaço de tempo. Acredito, isto sim, que haja uma potencialização dessa tendência.
Portanto, as marcas, empresas e mesmo os jogadores/influenciadores precisam estar atentos e agindo com cuidado tanto quanto celebram um contrato quanto quando tomam atitudes envolvendo marcas. Porque depois das atitudes, erradas ou certas(se é que existe esse juízo), a coisa está feita.
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