A retomada da normalidade pós-pandemia está sendo
aguardada com expectativas as mais diversas por parte de todos os segmentos do
mercado de trabalho.
Aos poucos, na medida em que governos e
sociedade vão recobrando suas posições as novas realidades vão se apresentando.
Algumas com poucas alterações, caso, por exemplo, do comércio direto (vendas em
balcões) e outras com mais alterações e que vão de complexidades mais
simples às mais intrincadas.
Fato é que só os "profetas"
mais atrevidos ousam especular sobre esse "novo normal". Aliás, devo
dizer que abomino essa expressão. Até entendo, mas quem a inventou e quem a
assumiu - efeito manada - contribuiu pobremente para classificar essa
vida após a pandemia.
O que posso perceber e me atrevo a
expressar é que não vislumbro nenhum segmento, que faça parte dos diferentes
mundos sociais, no planeta Terra, que será o mesmo de antes do aparecimento do
COVID-19.
Sendo um natural conservador - até por
conta dos muitos anos vividos - me incluo entre aqueles que esperam por poucas
mudanças, mas não tenho esperanças positivas quanto a isso.
Acho que as transformações serão constantes e crescentes. Profundas.
Transfigurações, metamorfoses e mutações. E, ao longo do tempo, permanentes. Quem viver verá.
Todavia, na linha de frente estará a
volta ao mercado de trabalho pela multidão que perdeu seu espaço de forma tão
virulenta quanto a propagação do vírus. Empregos foram pulverizados
de um dia para o outro. Negócios, principalmente os pequenos, desapareceram
exibindo uma profunda fragilidade de autossustentação.
O que sobrou foram milhões de
desempregados que já estão mobilizados e se articulando, procurando recobrar suas
ocupações, seus ofícios, cargos, funções, postos e colocações.
Toda essa energia, potencializada pela
onda de angústias, novas competências, frustrações e esperanças, vai
gerar um tsunami planetário de proporções não mensuráveis no mercado de trabalho e na vida dessas pessoas.
Não haverá empregos para todos que o perderam. Novas ocupações exigirão treinamentos e adaptações. Uma disputa feroz atrás de empregos vai exigir, também, das corporações um grau de transformações há muito tempo não experimentado.
Segmentos de minorias continuarão sendo os mais prejudicados, por razões obvias de adaptabilidade como, por exemplo, os de pouca instrução e especialização e os idosos e de meia idade. É o que estou enxergando
na "minha bola de cristal".
Quem serão os vencedores nesta
"olimpíada" inusitada e, por que não dizer, bizarra? É nesta linha
de raciocínio que trouxe para os leitores da Oficina de Gerência um
novo artigo do site "Administradores.com" denominado "7 dicas
para quem busca retornar ao mercado de trabalho".
Acho que vale a pena conhecer o texto,
pelo menos para dar um certo ordenamento nas ideias de quem esteja na situação
de ser um disputante nessa corrida de muitos obstáculos. É uma contribuição que
ofereço aos leitores do blog.
Clique no logotipo e visite o site. |
7 dicas para quem busca retornar ao mercado de trabalho
A
flexibilização de alguns setores traz a esperança para mais de 12 milhões de
desempregados retornarem ao mercado de trabalho. Um dado que mostra isso é o
número de novas candidaturas em sites de emprego: na plataforma da Connekt, por
exemplo, foram registradas mais de 180 mil novas candidaturas, em julho.
Para auxiliar os
futuros candidatos que querem retornar ao mercado durante a pandemia ou ainda,
os que estão em busca de uma primeira oportunidade, os especialistas Celson
Hupfer, CEO da Connekt e doutor em psicologia social e Guilherme Junqueira,
fundador e CEO da Gama Academy, escola que capacita estudantes e profissionais
para o mercado digital, separaram 7 dicas. Confira:
1. Redes sociais
Um bom caminho para
a busca de emprego são as redes sociais. Hoje em dia elas ultrapassaram a
barreira do entretenimento e são vistas como facilitadoras no processo de
recrutamento e, durante pandemia também podem surgir cargos
"relâmpagos" ou urgentes. "O LinkedIn é um excelente local para
fazer networking e estar por dentro das novidades das suas empresas favoritas.
O Facebook também pode ser positivo. Além da categoria para quem busca emprego,
ele possui vários grupos direcionados a isso. Portanto, o ideal é manter as
redes sociais profissionais atualizadas", comenta Hupfer. Outra opção é
acessar frequentemente sites de busca de empregos. Eles são atualizados
diariamente com as novas oportunidades e ainda é possível filtrar as vagas de
acordo com seu desejo profissional.
2. Vídeo
Os processos de
recrutamento e seleção estão basicamente direcionados ao ambiente virtual por
meio de reuniões por vídeo. Para isso é importante que o candidato anote os
principais pontos que quer abordar, avalie conexão com internet, se a câmera
está de fato funcionando, tomar cuidado com alto falantes ligados, escolher a
roupa adequada e até ter em mente que tudo o que a gente fala pode ficar
gravado na internet e portanto, tomar cuidado com o discurso que se utiliza.
3. Skills do futuro
Esteja ciente das
skills do futuro, ou seja, as competências que mais serão procuradas por
grandes empresas. Entre elas estão: capacidade de liderança, inteligência
emocional, flexibilidade cognitiva, disponibilidade em ajudar o outro, gestão,
criatividade, pensamento crítico e comunicação.
4. Seja objetivo
Tenha um interesse
genuíno na conversa, procure ouvir bastante e com atenção o que o recrutador
perguntar. Não dê voltas, não conte a sua história desde quando era criança. O
que o recrutador perguntar, diga! Não significa ser extremamente sucinto, mas sim,
ir direto ao ponto.
5. Fale seus pontos fracos e fortes
Tenha de fato na
ponta da língua as questões de autoconhecimento, que são coisas que você
precisa desenvolver, tanto do aspecto técnico quanto comportamental. Traga
exemplos de experiências anteriores, boas e ruins, e apresente ao recrutador
quando ele perguntar sobre esses pontos.
6. Esteja disposto a aprender
Mostre-se uma
pessoa totalmente disposta a aprender. Demonstre entusiasmo com a oportunidade
e que irá se dedicar ao máximo, independente das skills que já tem
conhecimento.
7. Faça cursos, mesmo os gratuitos
"Com o aumento
de cursos online e gratuitos, algumas pessoas mudaram o comportamento e
passaram a estudar, ler e se dedicar mais a atividades intelectuais, atitude
que deve permanecer mesmo depois da pandemia", explica Junqueira.
Portanto, a dica é que o candidato busque cursos que possam agregar para o
setor de interesse dele. Mesmo que um candidato não tenha experiências
anteriores, é uma forma de mostrar o engajamento e dedicação para se incluir no
mercado.
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