O cartunista argentino Quino, criador da célebre personagem Mafalda,
morreu em 30 de setembro de 2020. O artista gráfico estava com 88 anos. Segundo
a imprensa, ele teria sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC).Clique no logotipo
Joaquín Salvador Lavado Tejón nasceu na província de Mendoza, em 1932.
Filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia, ele começou a desenhar ainda na
infância. Ele chegou a fazer Faculdade de Belas Artes, mas abandonou o curso em
1949 para se dedicar aos quadrinhos.
No início, ele encontrou dificuldades para encontrar trabalho no ramo
das artes gráficas. Depois de prestar o serviço militar obrigatório,
estabeleceu-se em Buenos Aires em 1954. No mesmo ano, ele começou a colaborar
com diversas revistas de humor. "Mundo Quino", a primeira coletânea
com suas tiras, foi publicada em 1963.
Mafalda, sua personagem mais famosa, surgiu inicialmente para ser utilizada em uma campanha publicitária que foi cancelada antes mesmo de ser veiculada. Em 1964, Quino reformulou a ideia e a tira estrelada pela menina começou a ser publicada regularmente na imprensa argentina a partir daquele ano. Mafalda é uma criança contestadora e rebelde que se preocupa com a paz mundial e as grandes questões da humanidade.
Nos quadrinhos, Mafalda frequentemente incomoda os adultos com suas
perguntas sobre as injustiças do mundo. Outra marca registrada da menina é seu
ódio por sopas. A tira aborda a convivência da menina com seus pais e amigos,
como Felipe e Manolito. A obra principal de Quino extrapolou as fronteiras da
Argentina, fazendo muito sucesso na América Latina e em alguns países da
Europa.
Na década de 1970, Mafalda foi adaptada para os desenhos animados. Em
1973, Quino pôs fim à tira, alegando que suas ideias haviam se esgotado. Nos
anos 80, Mafalda estrelou campanhas da Unicef e dos Direitos Humanos. Ao todo,
a personagem apareceu em 1.928 tiras, que continuam a ser republicadas em forma
de coletânea.
A partir de 1976, o cartunista se exilou por um tempo em Milão, na
Itália onde continuou a trabalhar com humor gráfico. Nos anos seguintes,
manteve a tradição de criar histórias com tom político para jornais de vários
países. Recentemente, havia voltado a morar em Mendoza, após a morte da esposa,
em 2017.
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