Não
é de hoje que espero a oportunidade de escrever um pouco sobre a importância da
Inteligência Emocional nas nossas vidas. Se pesquisar no Google vai achar
(aproximadamente) 97.000.000 links sobre o tema e é nessas horas que eu
pergunto: O que é que estou fazendo aqui?
Falar
mais o quê meu Deus?!
Ocorre que uma das qualidades (há quem diga que é defeito) do blogueiro
é a pretensão de ser lido. A teimosia também é! Por isso é que a gente está
sempre na esperança de poder transmitir algo que ninguém ainda disse, uma
coisinha nova, um pensamento diferente ou uma experiência inédita ou
esclarecedora. Vou escolher a "experiência esclarecedora" para o background
desse post. Obviamente falo da minha própria experiência, claro!
Apesar das incontáveis
tentativas de definir o que seja Inteligência Emocional ou IE para os íntimos - e devo ter lido/consultado pelo menos uns dez tópicos - a
melhor delas ainda é a do Daniel Goleman que foi o "despertador" que
tocou o alarme para o mundo sobre a importância de se estudar o assunto. Para
Goleman,
- "a inteligência emocional é o fator mais importante para o sucesso ou insucesso dos indivíduos. Para explicar, recorda que as situações de trabalho são abrangidas pelos relacionamentos interpessoais, logo as pessoas com qualidades de relacionamento humano, como a afabilidade, compreensão e gentileza têm mais hipóteses de ter sucesso".
- Assista o vídeo abaixo para ter uma ideia do conceito de IE exposto por D.Goleman em seu livro.
*
Dois
outros renomados autores sobre IE - Salovey e Mayer - se manifestaram assim para
definir o conceito:
- "...é a capacidade de perceber e
exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com
ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros." (Salovey
& Mayer, 2000).
- Dividiram-na em quatro domínios:
1. Percepção
das emoções - inclui habilidades envolvidas
na identificação de sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão
facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação
e mudança no estado emocional de outra.
2. Uso
das emoções – implica na capacidade de
empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.
3. Entender
emoções - é a habilidade de captar
variações emocionais nem sempre evidentes;
4. Controle
(e transformação) da emoção -
constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional – é a
aptidão para lidar com os próprios sentimentos.
A "Harvard
Business Review" chegou a qualificar a Inteligência Emocional como:
- "Um conceito revolucionário, uma noção esmagadora, uma das
idéias mais influentes da década" no mundo dos negócios. Revelando de
forma esclarecedora o valor subestimado da IE, a diretora de pesquisa de
uma empresa "head hunter" destacou que "os CEOs são
contratados por sua capacidade intelectual e sua experiência
comercial e são demitidos por sua falta de inteligência emocional".
Não
vou ficar atrás e humildemente apresento a minha definição da IE que pratico:
- Inteligência Emocional é o conjunto de
atitudes, pensamentos, linguagem corporal e expressão verbal, que permite
administrar as emoções com a apropriada inteligência.
O que
quero destacar no post, nessa apresentação do excelente artigo da psicóloga
espanhola Nuria Fernandez Lopez é a necessidade dos
profissionais, principalmente os jovens da chamada Geração Y que
atualmente predominam no mercado, de buscarem conhecer e principalmente
compreender o que seja o comportamento gerado pela Inteligência Emocional no
decurso de suas trajetórias.
Observem
que no parágrafo acima falei em "comportamento". É isso mesmo!
A inteligência emocional
traduzida na prática dos ambientes de trabalho, na sociedade e na família é um
conjunto de atitudes e comportamentos - de cada um de nós, diga-se de passagem
- que predominam nas relações com as pessoas - sejam quem forem - à
nossa volta, em nossas vidas e de forma ocasional ou duradoura. São os valores
morais e cívicos, a educação pessoal, o gostar das pessoas, respeitá-las em
quaisquer níveis e situações. É isso ai!
Parece
simples? Não é não! Não existe "curso de inteligência emocional". Não
se ensina nas escolas e universidades e nem nas empresas. Também não é um dom
divino ou algo que esteja gravado no DNA; não é um mistério, mas tem um
fortíssimo componente subjetivo que permeia os atos e condutas de quem a
possui.
Conheço
muitos casos em que a falta da inteligência emocional provocou desastrosas
decisões e interrupção em carreiras que estavam em pleno desenvolvimento.
Anos atrás,
para ilustrar, conheci de perto um processo em que a falta da IE causou uma
brusca freada na carreira de um executivo brilhante no seu QI, mas de baixo
nível na sua inteligência emocional. Não conseguiu ajustar a convivência com
seus comandantes e perdeu a condição de continuar no grupo. Pura falta de
inteligência emocional. E Fico por aqui porque já escrevi mais do que desejava.
Recomendo a
leitura do artigo e o clique nos links indicados. Para quem esteja interessado
em crescer nas suas relações sejam dentro do ambiente corporativo ou fora dele
(família, sociedade, grupos...) procurem conhecer sobre a IE. Nunca irão se
arrepender.
Boa leitura.
Inteligência Emocional Aplicada
Autora: Nuria Fernández López
Directora del Área de Salud y
Servicios Sociales de EFIPSA Madrid
Se por um momento paramos para refletir sobre o que poderiam ser os preditores de sucesso de um trabalhador seja no nível pessoal ou profissionalmente, certamente, entre aqueles que nos vêm à mente encontraremos algum que esteja diretamente relacionado a um conceito que tem sido amplamente difundido nos últimos anos. Este conceito não é outro senão que o da Inteligência Emocional.
Já em seu livro "Your Erroneous Zones" - publicado no Brasil com o título: "Seus pontos Fracos" (1976) - o Dr. Wayne Dyer questiona o termo "QI" (Quociente de Inteligência). Em 1989 Ayman Sawaf iniciou estudos sobre o conhecimento emocional aplicado à sociedade.
Embora a expressão "Inteligência Emocional" tenha sido usada pela primeira vez em 1990 pelos psicólogos Peter Salovey da Harvard University e John Mayer da Universidade de New Hampshire é através do livro "Inteligência Emocional" (1995) de Daniel Goleman que o conceito de IE alcança sua máxima difusão.
De acordo com D. Goleman a IE é a capacidade de reconhecer os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e gerenciar bem as emoções, em nós mesmos e em nossas relações.
Directora del Área de Salud y
Servicios Sociales de EFIPSA Madrid
Se por um momento paramos para refletir sobre o que poderiam ser os preditores de sucesso de um trabalhador seja no nível pessoal ou profissionalmente, certamente, entre aqueles que nos vêm à mente encontraremos algum que esteja diretamente relacionado a um conceito que tem sido amplamente difundido nos últimos anos. Este conceito não é outro senão que o da Inteligência Emocional.
Já em seu livro "Your Erroneous Zones" - publicado no Brasil com o título: "Seus pontos Fracos" (1976) - o Dr. Wayne Dyer questiona o termo "QI" (Quociente de Inteligência). Em 1989 Ayman Sawaf iniciou estudos sobre o conhecimento emocional aplicado à sociedade.
Embora a expressão "Inteligência Emocional" tenha sido usada pela primeira vez em 1990 pelos psicólogos Peter Salovey da Harvard University e John Mayer da Universidade de New Hampshire é através do livro "Inteligência Emocional" (1995) de Daniel Goleman que o conceito de IE alcança sua máxima difusão.
De acordo com D. Goleman a IE é a capacidade de reconhecer os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e gerenciar bem as emoções, em nós mesmos e em nossas relações.
O conceito de IE trata de questionar o do QI como
um previsor de sucesso pessoal e por conseguinte do exito profissional no
desenvolvimento da vida de uma pessoa. Até alguns anos atrás, parecia que um
maior QI era uma boa maneira de se prever o alcance dessas conquistas, hoje,
parece que esta relação não é tão clara. Certamente que todos nós podemos
pensar em pessoas realmente inteligentes que não obtiveram sucesso no seu nível
pessoal e/ou profissional, apesar de suas habilidades. Por outro lado,
certamente também podemos pensar em outras que apesar de não estarem
particularmente qualificadas intelectualmente pelo seu QI, realizaram algo
muito importante em suas vidas.
Será que, à luz desses fatos, não devamos examinar com profundidade o que faz a diferença entre uns e outros? Esta diferença parece estar relacionada com as distintas habilidades pessoais dos indivíduos. Entre essas competências podemos destacar a capacidade de automotivação, o talento para a resolução de conflitos, as habilidades individuais vinculadas aos relacionamentos com as demais pessoas, a facilidade de analisar e gerenciar as emoções, a aptidão de saber trabalhar em equipe,o dom de ter em conta as emoções dos outros, a confiança em si mesmo, o autocontrole,a capacidade de adaptação, etc. Todas essas competências fazem parte do conceito de IE.
Se, por exemplo, tomamos como referência a trajetória profissional de um determinado indivíduo e analisamos o que determinou o seu sucesso nas distintas etapas que teriam contribuído com o seu desenvolvimento, veremos que grande parte do êxito alcançado está diretamente relacionado com a sua Inteligência Emocional.
Isto não quer dizer que o conceito de QI não seja importante, pois claramente ele o é, salvo nos casos daquelas pessoas que estão abaixo ou acima das suas médias, pois é fato que o fator que marca a diferença do sucesso entre os indivíduos que estão nas faixas das distribuições medianas do QI está mais determinado pela sua Inteligencia Emocional do que por seu Quociente de Inteligência. Diversos trabalhos de pesquisa encontraram entre os dois conceitos uma relação de 20/80 concluindo que o sucesso profissional está composto em 20% para o conteúdo técnico e 80% para questões diretamente relacionadas com a Inteligência Emocional.
Será que, à luz desses fatos, não devamos examinar com profundidade o que faz a diferença entre uns e outros? Esta diferença parece estar relacionada com as distintas habilidades pessoais dos indivíduos. Entre essas competências podemos destacar a capacidade de automotivação, o talento para a resolução de conflitos, as habilidades individuais vinculadas aos relacionamentos com as demais pessoas, a facilidade de analisar e gerenciar as emoções, a aptidão de saber trabalhar em equipe,o dom de ter em conta as emoções dos outros, a confiança em si mesmo, o autocontrole,a capacidade de adaptação, etc. Todas essas competências fazem parte do conceito de IE.
Se, por exemplo, tomamos como referência a trajetória profissional de um determinado indivíduo e analisamos o que determinou o seu sucesso nas distintas etapas que teriam contribuído com o seu desenvolvimento, veremos que grande parte do êxito alcançado está diretamente relacionado com a sua Inteligência Emocional.
Isto não quer dizer que o conceito de QI não seja importante, pois claramente ele o é, salvo nos casos daquelas pessoas que estão abaixo ou acima das suas médias, pois é fato que o fator que marca a diferença do sucesso entre os indivíduos que estão nas faixas das distribuições medianas do QI está mais determinado pela sua Inteligencia Emocional do que por seu Quociente de Inteligência. Diversos trabalhos de pesquisa encontraram entre os dois conceitos uma relação de 20/80 concluindo que o sucesso profissional está composto em 20% para o conteúdo técnico e 80% para questões diretamente relacionadas com a Inteligência Emocional.
Façamos, portanto, uma análise e tomemos diferentes
momentos de uma trajetória profissional: universidade/faculdade, procura de
emprego e desenvolvimento da carreira e tratemos de relacionar esses momentos
com as variáveis que garantam o sucesso. Vejamos se a lei 20/80 antes
mencionada se cumpre na prática.
Essas variáveis que se correlacionam com o sucesso
profissional de um indivíduo em diferentes momentos da sua trajetória
são:
- Estudos Universitários (Universidade)
· Inteligência
· Constância
· Perseverança
· Capacidade de adaptação
· Habilidade na solução de problemas
· Automotivação
· Autoconfiança e segurança
· Autocontrole
· Constância
· Perseverança
· Capacidade de adaptação
· Habilidade na solução de problemas
· Automotivação
· Autoconfiança e segurança
· Autocontrole
- Procura de emprego:
· Qualificação técnica
· Constância
· Perseverança
· Capacidade de adaptação
· Habilidade na solução de problemas
· Automotivação
· Autoconfiança e segurança
· Habilidades nos relacionamentos
· Autocontrole emocional
· Constância
· Perseverança
· Capacidade de adaptação
· Habilidade na solução de problemas
· Automotivação
· Autoconfiança e segurança
· Habilidades nos relacionamentos
· Autocontrole emocional
- Desenvolvimento de carreira:
· Qualificação técnica
· Constância
· Perseverança
· Capacidade de adaptação
· Habilidade na solução de problemas
· Automotivação
· Autoconfiança e segurança
· Habilidades nos relacionamentos
· Aptidão para o trabalho em equipe
· Autocontrole emocional
· Constância
· Perseverança
· Capacidade de adaptação
· Habilidade na solução de problemas
· Automotivação
· Autoconfiança e segurança
· Habilidades nos relacionamentos
· Aptidão para o trabalho em equipe
· Autocontrole emocional
É possível concluir que em cada uma das etapas acima, a grande maioria das variáveis mais relevantes para o sucesso na carreira profissionais de uma pessoa não estão relacionadas exclusivamente com as suas competências técnicas. A partir disso, pode-se depreender que essa qualificação não é importante? Negativo! É claro que o conhecimento técnico é fundamental e necessário, mas existem outras variáveis, tais como as mencionadas acima, que se correlacionam de forma muito significativa na determinação do sucesso.
Se considerarmos tudo isso na bagagem da nossa experiência pessoal e
tratarmos de analisar tanto na área profissional como na pessoal que fatores
estão envolvidos na nossa satisfação e percepção de sucesso em diferentes
níveis vamos descobrir que, em sua maioria, estão diretamente conectados não
com o nosso QI, mas sim com variáveis que estão vinculadas diretamente
ao conceito de IE.
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