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segunda-feira, 20 de julho de 2020

O Paradoxo do Nosso Tempo

"O Paradoxo do Nosso Tempo" é um texto famoso popularizado por repetidas transmissões da Radio Jovem Pan de São Paulo. Quem interpreta o texto é Franco Neto (falecido em junho de 2017), uma das vozes mais bonitas do rádio brasileiro. 

O texto tem a força da perenidade, colocando frente a frente as incoerências e contradições que vivemos, lembrando como a vida pode ser paradoxal em seu cotidiano. Extraí uma frase do texto para ilustrar esta introdução:
  • "Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida."

É uma composição, inspiradíssima, em tradução livre de um texto do pastor norte-americano Bob Moorehead e que roda na internet há muitos anos. A radio Jovem Pan o transmitia todos os dias (e ainda o faz eventualmente), várias vezes por dia e sempre que ouço dou uma parada no que estou fazendo para ouvi-lo. 



Consegui achar o texto lido por Franco Neto (não há como ouvir a interpretação por outra voz) e transformado em vídeo. Ficou muito bom e por isso o trouxe para a Oficina de Gerencia. 



Vejam, mas principalmente escutem e depois - para aqueles que ainda não o conhecem - façam suas reflexões. Aposto que ninguém ficará "impune" ao impacto do texto. 



Após o vídeo coloquei a integra do texto (no vídeo é um texto editado) para quem quiser copiar. Aproveitem. Ah! Já ia esquecendo. O texto foi lido pela primeira vez, na mesma rádio Jovem Pan, há mais de vinte anos e nunca perdeu o senso da realidade com o passar dos tempos.




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"Hoje temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.

Dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência.

Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.

Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluimos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos.

Planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento.

Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. 

Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.

São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, "ficadas" de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla DEL."




Se estiver interessado clique aqui e conheça outra tradução de "O Paradoxo de Nosso Tempo", também muito bonita e completa.


2 comentários:

  1. Herbert, meu querido amigo.

    Muito bom esse alerta do paradoxo.

    Um bom carnaval pra vocês o nosso aqui é tranqüilo demais.

    Abrcaos e obrigada pelo carinho de sempre.

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  2. Olá Geórgia,

    Alegria ver você "atravessar o Atlântico" por aqui e poder nos visitar desde a distante Alemanha. Imagino como deva ser o "carnaval" por ai. Posso dizer-lhe que, às vezes, você pode se considerar uma felizarda.
    Um grande abraço e meu melhor agradecimento por haver incluido a Oficina de Gerencia entre os blogs da sua lista de "acompanhados".
    Até breve.

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