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domingo, 26 de julho de 2020

Ação e Reação. Você sabe como conversar com esses perfis?



Ação e Reação.
Você sabe como conversar com esses perfis?
(Autor - Herbert Drummond - Blog Oficina de Gerência)

A partir do crescimento da maturidade em minha carreira (lá se vão muitos anos), passei a observar, com especial atenção, os diversos tipos de perfis das pessoas com as quais convivi e que ainda teria de conhecer. Na época e desde então, me preocupei em como poderia conhecer melhor as pessoas dos círculos profissionais e sociais com os quais me relacionasse.

Devo dizer que não foram poucas as oportunidades nas quais exerci funções de confiança. Ao aludir a isso quero apenas mostrar que esse tipo de análise – perfis de personalidades – só terá efetividade por quem, ao observá-las, possuir a experiência e o traquejo de tratar direta e/ou indiretamente com essas pessoas; relacionar-se, interagir com elas costumeiramente.

Essas vivências, necessariamente, devem envolver, entre outras oportunidades, os cotidianos, as emoções e os processos decisórios. Parece complicado não? E é sim! Complicado mesmo!

Trabalhar com pessoas é sempre muito complexo, mas é a matéria prima para quem deseja ocupar funções de chefia e liderança. Todavia, ao cabo e ao fim, significa que, seja para dirigir ou conviver com o ser humano – no ambiente de trabalho ou fora dele – é necessária uma boa experiência, gostar de gente ou como se diz popularmente, “muitos quilômetros de praia”.

Dito isso tudo como fundamento – e acho até que demorei muito a chegar até aqui – quero passar aos leitores uma das minhas melhores experiências, qual seja a aptidão e a prática para a análise dos perfis das pessoas com as quais você se relaciona ou terá de conviver ao longo de sua vida. E quando falo “vida” quero me referir a todas as circunstâncias que envolvam o seu dia-a-dia; no trabalho, na família, com os amigos e nas esferas sociais.

Certamente já existem estudos dissecando esses vieses de comportamentos e com diversas nuances. Fui dar uma “passada d’olhos” no Google e encontrei 1.180.000 resultados para a consulta “ativos e reativos” (clique aqui se quiser ver); e você, caro leitor, terá todo direito de fazer uma pausa e perguntar-se:

“O que estou fazendo aqui, lendo este texto?”

Paciência... Fique tranquilo, não vou aqui enunciar “receitas de bolos” de como ser ativo ou reativo. Quero, sim, destacar a importância de você usar, a seu favor, o conhecimento dos perfis de seus subordinados, chefes, opositores, sócios, colegas, seja quem for; e resolver problemas e desafios com base nessas características de cada um deles de ser ativo ou reativo nas decisões que você venha a tomar e tenham as suas participações.

Parto do princípio de que você terá a permanente curiosidade de descobrir quais os perfis das pessoas com as quais convive nos seus relacionamentos cotidianos. Sua secretária, por exemplo, ou seu colega ao lado? São reativos ou ativos? Observe que eu não disse proativo. Esse é um outro tipo de perfil.

Pensou?

Isso mesmo! Como será que funciona? Para ilustrar, vamos usar a imaginação. Visualize que você, diretor, está em uma reunião com seu gerente e precisa motivá-lo a tomar uma decisão estratégica importante. Você o conhece bem e sabe que tem um perfil reativo

Qual será a sua abordagem. Como irá fazê-lo dar o seu melhor? Como lhe apresentará o problema a ser resolvido?

Digo eu. Você deverá fazê-lo sentir-se “provocado”, “atacado” ou “ameaçado” para que responda ao desafio e procure qual a melhor forma de reagir no interesse da empresa e no âmbito do seu cargo. Não tenha dúvidas, se for feliz na sua narrativa, ele vai partir rapidamente para a ação que você deseja.

Se por outro lado, o perfil do seu diretor for de uma pessoa ativa, você deverá apresentar a dificuldade de outra forma. Fique certo de que ele não responderá bem a uma situação onde haja uma “ameaça” à sua competência ou posição. O problema deverá ser-lhe apresentado de forma que se sinta útil para a solução. Ele deverá sentir que sua ação está sendo demandada e que depende dele o melhor desfecho para a ocasião.

Parece simples? Ou parece ser algo meio... manipulador? 

Diga-se de passagem: quem poderá negar que entre as ferramentas à disposição na oficina de um líder e/ou gestor não está (no bom sentido) a da ‘manipulação’ dos interesses e motivações de sua equipe? 

Entretanto, no caso em tela, essa “magia” só poderá ocorrer se a colocação, por você, da dificuldade (como diretor), estiver de acordo com a sua leitura do perfil do seu gerente. Se apresentar o problema com os sinais trocados ou as ênfases minimizadas, não obterá os resultados que espera.

Devo avisar que ter perfil "ativo" ou "reativo" não tem nada a ver com as competências dos profissionais. Não se pode classificar no currículo se alguém tem esse ou aquele perfil. Um psicólogo poderá explicar melhor. Digo eu que são características como, por exemplo, ser canhoto ou destro. É assim que entendo.

Um detalhe, alguém poderá lembrar que esqueci de citar o perfil de um proativo. Responderei que não esqueci, acho apenas que o proativo já um perfil além do que estamos tratando neste texto. Se tiver interesse na diferença clique aqui e leia o encontrei na Internet.

Essa experiência você pode levar a efeito em inúmeras situações no dia-a-dia dos ambientes corporativos. Use a sua imaginação.

Se já não o faz, recomendo que passe a montar um banco de dados para caracterizar os perfis das pessoas que estão nos seus círculos de influência e amizades. Na medida das necessidades passe a utilizar essa habilidade para atingir os bons resultados que almeja na sua carreira e até na vida social. 

E não precisa fazer segredo disso, pelo contrário, mostre com transparência que você conhece as “suas pessoas”. Elas vão gostar de conhecer seus perfis visto pelo chefe, amigo, companheiro...

A propósito, qual é o seu perfil?


Não quero me aprofundar onde não conheço, mas pelo que pude "pesquisar" a visão da psicologia não caracteriza a bidualidade ativo/reativo e sim o confronto proativo x reativo. Na "minha teoria" não tratei o proativo e o reativo comportamentais por classificá-los como perfis que dizem respeito às maneiras, modos e procedimentos das pessoas que devem ser examinados sob a lente da psicologia. No nosso caso o proativo estaria além do nível que chamo de ativo. 
Para um esclarecimento melhor, se os leitores tiverem interesse, postei abaixo o vídeo de uma profissional que traça as diferenças entre esses dois perfis comportamentais. Pode ilustrar mais o que procurei esclarecer. Assistam.




Um comentário:

  1. Caro Drummond,
    a excelência de suas análises são preciosas para todos que se interessam pela evolução na carreira.
    Fico feliz pelo retorno das postagens e pelo compartilhamento da sua experiência e sabedoria.
    Forte abraço

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