Gosto das leituras espíritas de
autores consagrados pela doutrina. Chico Xavier (que psicografou) e o
espírito Emmanuel estão nesse panteão. O livro referido no
texto abaixo tem o título de "Vinha de Luz".
Leio-o com frequência e gosto de
abrir as páginas ao léu e nesta semana o texto "escolhido" foi o que
está abaixo. Comecei a ler e imediatamente identifiquei que poderia ser
referido a essa divergência - apaixonada - que predomina entre a ciência e a economia na
forma de administrar os efeitos da pandemia. Isolamento social total ou
controlado? Vertical ou horizontal? Economia ou Ciência? Medicina ou políticas?
Sem entrar nos méritos das posições divergentes -
ferreamente abraçadas por seus defensores - é minha opinião que não está correto se colocar nos termos de uma "Escolha de Sofia" a questão vital quanto o é a estratégia para enfrentar essa pandemia, tão
perigosa quanto letal, que assola o nosso planeta.
No
meu modo de ver, o texto, sempre sábio, do espírito Emmanuel (de 1996) parece ter sido
escrito sob medida para o tempo atual e chama à razão os envolvidos, seja no Brasil, seja nos
outros países do mundo, onde ocorre o mesmíssimo dilema.
Espero que no meio das paixões - que
tiram o foco do que é necessário para combater a pandemia - surja a luz da
temperança para iluminar as sombras das vaidades.
Ciência e Temperança
"E à ciência, a temperança; à temperança, a paciência; à paciência, a piedade." - (II PEDRO, 1:6.)
Quem sabe precisa ser sóbrio.
Não vale saber para destruir.
Muita gente, aos primeiros contactos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo idéias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.
É por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.
Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.
Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação. O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que a sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.
Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.
Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.
Autor - Espírito Emmanuel - Psicografado por Chico Xavier - Livro Vinha de Luz. - Editora FEB, 1996. Capítulo 112.
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