ão muito poucos os brasileiros
que alcançaram a unanimidade na sociedade onde vivem e trabalham. Poucos, muito poucos mesmo!
Joelmir Beting está nesse panteão.
Sua morte entristece todos
aqueles que se acostumaram a vê-lo nas muitas mídias onde irradiou o seu
talento único de criar empatia imediata com aqueles que o viam e ouviam.
Não
conheço ninguém que não admirasse Joelmir Beting como figura humana, mesmo
vendo-o só pela televisão e conhecendo-o pelas notícias a seu respeito. Uma figura
rara nesse meio onde as vaidades e as arrogâncias formam um denominador comum
entre suas maiores estrelas.
Joelmir Beting estava entre
esses astros de brilho intenso no universo dos grandes jornalistas e
comentaristas brasileiros; e operando na faixa áspera do jornalismo
macroeconômico. Inventou bordões e frases em profusão onde "o
gol de placa" é a sua obra prima.
Para homenageá-lo acho que o
melhor é reproduzir algumas de suas frases mais famosas. O maior respeito que
podemos expressar por alguém que nos deixou é dizer que fará muita falta em
nosso meio. Assim é com Joelmir Beting.
- “Quem não deve não tem”.
- “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente
desnecessário. E a quem não é palmeirense... É simplesmente
impossível”.
- “As Bolsas de Valores, como os aviões, são cem por cento seguras: todo avião que sobe, desce”.
- “Temos seis calendários no mundo de hoje: o calendário gregoriano ou
cristão, o calendário judaico, o calendário islâmico, o calendário
japonês, o calendário chinês e o calendário brasileiro”.
- “Se não podemos melhorar o que causa a febre, pelo menos temos de melhorar a qualidade do termômetro”.
- “A natureza não se defende; ela se vinga”.
- “Metade da humanidade passa fome. A outra metade faz regime”.
- “Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente”.
- “Não há soluções políticas para problemas econômicos”.
- “Você só consegue explicar aquilo que entendeu”.
- “Modernizar não é sofisticar. Modernizar é simplificar”.
- “Quando os preços sobem é inflação; quando descem é promoção”.
- “A gestão da economia tem apenas dois problemas: quando as políticas fracassam e quando as medidas funcionam”.
- “A verdade é que o Brasil teima em não fazer 70% do que deveria
fazer, nem 50% do que já poderia ter feito. O tal de neoliberalismo nada
tem a ver com isso”.
- “No Brasil, fomos dopados pela cultura da abundância, irmã siamesa da
cultura da ineficiência, da acomodação e da tolerância; responsável
pelo nosso atávico desperdício de terra, de água, de mata, de energia,
de sossego e de gente”.
- “É melhor uma Ford na Bahia do que na Argentina. As isenções fiscais
referem-se a impostos futuros que não existiriam sem a fábrica
funcionando”.
- “PT é, de fato, um partido interessante. Começou com presos políticos e vai terminar com políticos presos”.
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