Escrevo
imediatamente após os dois a zero que o Corinthians aplicou no Boca Juniors
conquistando a sua primeira e sonhada Copa Libertadores da América. Mais do que
merecida a conquista do Corinthians foi legítima, justa e perfeita. Mais tarde
falarei sobre o jogo e principalmente sobre a atuação de Emerson Sheik que foi
o grande personagem da final tanto em Buenos Aires quanto hoje no Pacaembu. Um
gigante guerreiro que açoitou os costados argentinos impiedosamente com jogadas
inteligentes, velocidade imbatível e duas vergastadas de artilheiro oportunista
que levaram os milhões de "manos" à loucura. Agora quero escrever sobre o jogo em um nível
acima e mais amplo.
O time sob o firme
comando de Tite impôs-se ao grande Boca Juniors e mostrou que uma nova política
de gerência e administração do futebol brasileiro está nascendo com o trabalho
que a diretoria do agora campeão da Copa Libertadores da América iniciou com
Andrés Sanchez.
O primeiro grande
acerto foi a manutenção do técnico Tite depois do desastre da Libertadores no
ano passado contra o Tolima. Em qualquer outro clube Tite seria defenestrado na
hora. Ficou e ai está, fez um trabalho notável e foi o grande artífice dessa
conquista. Recebeu um abraço e os cumprimentos de Riquelme ao fim do jogo que
valeram como um reconhecimento técnico e moral da superioridade que o time de
Parque São Jorge mostrou do primeiro ao último minuto do jogo.
O
Boca Juniors,
mesmo lutando com a tradicional garra não brilhou e simplesmente
dobrou-se ao melhor futebol
dos corintianos não conseguindo conter o ímpeto alvinegro. O Boca lutou
com
todas as forças, mas foi pouco. Não jogou mal, foi vencido, batido e
percebeu que era inferior. O Corinthians foi melhor e venceu com a
autoridade dos campeões.
Agora é celebrar e
preparar o time para o jogo com o Chelsea de Drogba em Tóquio no fim do ano. E
vou dizer desde agora. Se conseguir manter o time e jogar no mesmo padrão é
candidatíssimo a mais uma conquista histórica.
Parabéns ao
Coringão e à sua apaixonada torcida. Ambos mereceram.
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