Para os leitores
mais antigos do blog não é necessário apresentar o professor Eugen Pfister. Acrescento que até me considero suspeito
para falar sobre ele por ser um admirador do seu saber e experiência.
O professor é um consultor nacionalmente
conhecido, palestrante, autor de livros e muitos artigos publicados em
diversos sites especializados na internet inclusive na Oficina de Gerência onde
mantenho uma tag com seu nome. Atualmente trabalha como consultor ligado à sua
própria empresa, a Corporate Consultoria Empresarial.
Eugen Pfister é uma daquelas amizades
prazerosas que fazemos na blogosfera. Não nos conhecemos pessoalmente embora
façamos contato desde março de 2008. Andávamos sumidos um do outro, mas graças
ao LinkedIn retomamos contato. Considero-o um amigo virtual e
agora com mais razão, pois resolveu aderir à blogosfera e criou o blog "O
Velho Lobo" (clique no logotipo abaixo). E foi de lá que capturei o artigo que trago para a Oficina de Gerência cujo título é "O Gerente não é dono de todos os problemas".
Gosto demais dos textos de Pfister. Seus artigos tem uma
característica própria. Primeiro porque estão sempre em dia com as
"feitiçarias" mais modernas do universo corporativo e segundo por
conta da provocação inteligente e bem humorada que sempre insere na sua
escrita.O texto abaixo está bem dentro desse estilo.
Pfister é um consultor especializado em liderança e
comportamento hoje "dedicado à educação para a competência e métodos de
aperfeiçoamento do desempenho gerencial e humano". Seus textos ensinam
pelas mensagens e insigths além de ser provocativos.
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O gerente não é dono de todos os problemas.
(Por Eugen Pfister)
Como se os
nossos próprios problemas não bastassem, temos o hábito de colocar a colher nos
problemas alheios. O grau de intromissão varia de um simples conselho -“aceite
o emprego”; “tome tal ou qual remédio” - até chegar a um estado em que, de
alguma forma, nos sentimos responsáveis ou culpados pelo destino (ou desatino)
alheio.
O que não
falta neste mundão é especialista na vida alheia. Os palpites fazem parte de uma
indústria prospera e pretensiosa desde tempos imemoriais. O hábito de meter o
bedelho onde não se é chamado resulta da crença que temos a chave e o chaveiro
para os males da humanidade.
Agora, além
daqueles que buscam cumplicidade mais do que conselhos, existe espertalhões que
se divertem passando a batata quente para as nossas mãos disfarçando-a de um
simples pedido de ajuda. É o caso do subordinado que delega ao chefe problemas
e responsabilidades que ele mesmo deveria resolver.
- “Chefinho
querido, tou com um problema...”.
Se o chefe
for do tipo centralizador, é tiro e queda, ele vai carregar mais um macaquinho
nos ombros.
O corre-corre cotidiano facilita a prática da delegação reversa (de baixo
para cima). Gerentes que vivem com a mangueira de incêndio em mãos,
prontos a agir ao menor sinal de fumaça, são as vítimas prediletas de
funcionários delegadores.
O gerente
bombeiro não deveria ser incensado e, sim, criticado, pois quem quer fazer mais
do que está ao seu alcance, acaba fazendo menos. Em compensação, devíamos
lisonjear o gerente cirurgião, ou seja, aquele que remove as causas que
alimentam os problemas.
Por isso,
dentre as responsabilidades gerenciais, está a de definir de quem é o problema,
antes de tentar resolvê-lo. O gerente eficaz não é o salvador da pátria, menos
ainda o salvador da humanidade, nem o pronto socorro de funcionários
incompetentes. Portanto senhores gerentes, mais assertividade e menos
sentimento de culpa na hora de chamar cada um a assumir a responsabilidade pelos
próprios afazeres.
Antes de assumir responsabilidades de terceiros faça três perguntas: “quem é o dono do problema?”; "ele sabe que é o responsável e sabe como resolver?" Caso não é hora de ensinar um método de análise e resolução de problemas.
Antes de assumir responsabilidades de terceiros faça três perguntas: “quem é o dono do problema?”; "ele sabe que é o responsável e sabe como resolver?" Caso não é hora de ensinar um método de análise e resolução de problemas.
Quanto
à situação como um todo, considere cinco regras simples:
- Problemas que o gerente deve resolver sozinho sem comunicar ao subordinado.
- Problemas que o gerente resolve sozinho e comunica ao subordinado.
- Problemas para os quais o gerente pede a colaboração do subordinado ou vice-versa.
- Problemas que o subordinado deve resolver sozinho e comunicar ao gerente.
- Problemas que o subordinado deve resolver sozinho e só prestar contas ao seu superior caso seja requisitado a fazê-lo.
Sendo assim, tome cuidado para não perambular pelos corredores da empresa com
vários macaquinhos serelepes em seus ombros, desculpando-se pela falta de
tempo, pelos relatórios atrasados, por ter esquecido a reunião com o cliente e
assim por diante.
Após oito anos atuando em empresas, optou pela carreira consultiva na
qual acumula experiência de mais de trinta anos. Nesse período trabalhou
em mais de 800 empresas nos segmentos alimentação, agroindústria,
automotivo, bancos, consultoria, construção civil, contabilidade e
fiscal, farmacêutica, metalurgia, eletro-eletrônico, químico, no Brasil e
no exterior. Formado em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade de São Paulo e
consultor na área gerencial e desenvolvimento organizacional desde 1980.
Hoje tenho me dedicado a educação para a competência e métodos de
aperfeiçoamento do desempenho gerencial e humano.
Oi Herbert, tudo bem? Pois estas amizades independem de nos conhecermos pessoalmente. Claro quando temos a oportunidade de o fazermos é muito bom o contato pessoal, olho no olho e uma cervejinha, rs...
ResponderExcluirOlha fiz uma comunidade para o meu pai que foi lutador de Boxe.
Gostaria que você participasse.
A comunidade se chama Campeao Bras de Boxe.
Fiz também uma Wikipédia.
Basta
procurar no Google por Manoel Severino wiki e já aparece.
No final da
página tem as avaliacoes.
Clica nas avaliacoes para que a página possa
ter valor.
Você nao gostaria de fazer um post sobre ele aqui na Oficina? rs.
Abracos e obrigada