s
leitores mais recentes que pesquisarem sobre textos que abordem os temas da
liderança já devem ter observado a profusão de avaliações, conceitos,
concepções, juízos, conhecimentos, discernimentos e quantos adjetivos se queira
colocar no mesmo agrupamento para se buscar definições sobre a arte de
conduzir, de comandar e liderar. Ou seja, sobre a habilidade de ser o
"Manda-Chuva", o "Number One", o Maioral. Se você,
meu caro leitor, clicar no Google buscando "tipos de liderança" vai
encontrar nada menos que 28.000.000
de links. Se buscar
"liderar" vai encontrar 23.300.000
de links. Pode-se concluir dai
que não deve existir nada de novo para ser dito sobre liderança. Todavia o
assunto não se esgota. A todo o momento estão sendo publicados livros e mais
livros, artigos, ensaios e pesquisas sobre o tópico. Palestrantes surgem aos
enxames para falar sobre a "ciência da liderança", "a arte da
liderança" e seja o que for "da liderança". E tudo isso tem um
mercado consumidor fiel e crescente. E é bom que assim seja. Pessoalmente considero-me um veterano
estudioso, ops! Melhor dizer curioso, sobre o que se publica e se pratica no
campo da liderança há muitos anos. Devo ter começado a me interessar
pelo assunto lá pelos idos de 1972 quando - recém-formado e no primeiro emprego
- tive que assumir a chefia de uma obra (com cerca de 300 trabalhadores) porque
o lugar era tão longe e inóspito (Espinosa-MG e Guanambi-Bahia) que a empresa
não encontrou nenhum outro engenheiro experiente para assumir o posto. Entrei
naquela do "só tem tu, vai tu mesmo". E fiquei lá esperando. A
obra terminou e o "engenheiro-chefe" nunca chegou... e ganhei 3 anos
de experiência em chefia. Essa historia eu ainda vou contar. Ou seja, tive que
me virar e como não tinha ninguém para me ensinar busquei na literatura os
ensinamentos e a experiência que eu não tinha. De lá para cá só exerci funções
de liderança durante treze anos na empresa e mais muitos anos no serviço
público. Com isso quero dizer que tenho uma
razoável bagagem de leitura e prática e há muito tempo não conheço nada
de efetivamente novo sobre o assunto. Vejo sim e há muito tempo, uma onda
novidadeira de propostas camufladas por muitos títulos e subtítulos para
apresentar conceitos antigos sob novos nomes. Salvo uma melhor memória tudo
começou com William Edwards Deming e seus 14 passos
para a melhoria da qualidade na gestão. Foi uma febre e realmente deu uma
sacudida na ciência da administração, mas isso foi na década de 70! Sem
desmerecer nenhum trabalho ou pesquisa a grande maioria dessas
"novidades" são nomes novos para antigos conceitos de como se
comandar bem, com ordem e organização e principalmente com eficácia. Sei que
estou exagerando um pouco, mas assumo que seja uma provocação. Um Viva! Para os
consultores criativos. Desviei-me um pouco do tópico que quero abordar no post que é sobre liderança e seus muitos "estilos" ou "tipos". Voltemos a ele. Claro que vocês já ouviram falar das diversas faixas de lideranças. Cito as mais conhecidas: participativa, autoritária, democrática, situacional, carismática, paternalista, laissez-faire, autocrática e muitas outras que os “criadores de conceitos” não cansam de propor. Cada autor ou palestrante faz sua classificação pessoal com todo o aparato de explicações e justificativas. Não faço criticas a essa "salada". Pelo contrário! Acho que quanto mais se falar e escrever sobre liderança mais pessoas irão entendê-la e praticá-la nos melhores moldes. É um processo de aperfeiçoamento permanente. Particularmente tenho, nos últimos tempos, procurado pesquisar sobre o conceito da "Liderança Servidora". Passei a prestar atenção nesse tópico há alguns anos, a partir de uma palestra de James Hunter que assisti em Brasília onde ele abordou os princípios que apresentou no seu famoso livro "O Monge e o Executivo" (que eu sequer havia lido na época). È o que de mais novo percebi, nesses últimos anos, nessa pesquisa eterna e fascinante sobre liderança que todo executivo teima em perseverar. Atualmente, os consultores, óbvio, consideram o conceito de Hunter como ultrapassado. Mas continuo com ele. De minha parte e acho que todos os lideres, notadamente os mais experientes e com maior quilometragem no exercício da "função" têm seus estilos personalizados e os adotam ao longo das carreiras. De mais a mais aprendi que o estilo da liderança não está e nem poderia estar apartado do estilo do líder. Ninguém que seja pessoalmente autoritário ou autocrata conseguirá adotar um estilo liberal ou democrático. Pode até tentar - como já vi acontecer muitas vezes - mas logo a máscara cairá e ele revelará seu verdadeiro tipo. Olhem à sua volta e vão se surpreender... Como podem notar o tema é infinito.
Poderia ficar aqui escrevendo parágrafos e mais parágrafos e não chegaria a
esgotá-lo, ainda mais considerando a minha pouca experiência, digamos...
Acadêmica. Nossa! A apresentação do artigo
abaixo ficou maior que o próprio. Falar sobre liderança é assim mesmo. A gente
começa e não quer parar. O texto é da HSM e tece considerações sobre o que
pensa o consultor Cesar Souza a
respeito dos novos desafios que os lideres têm que enfrentar nos tempos atuais.
Gostei do texto. Não traz nada de muito novo, mas as argumentações e a forma
didática como o autor (equipe da HSM) coloca seus pontos traduz-se numa leitura
positiva para quem queira aprender um pouco mais. (Texto Herbert Drummond-autor do blog) |
Clique aqui e visite a homepage |
.
- - A liderança está no cargo:
- Nem sempre. Muitas vezes, não é preciso ter um cargo para ser um líder.
- - Todo líder tem carisma:
- Outro mito. Não adianta ter só simpatia, bom-humor, boa argumentação. Isso é parte, mas não é tudo. Se não houver um propósito, o “brilho no olho” não encanta.
- - O líder já nasce pronto:
- Não é verdade. Há casos de líderes que foram se formando ao longo do tempo.
- - Há um perfil ou estilo ideal de liderança: Não existe. Não há um “modelo pronto” de liderança. A maioria dos líderes que são exemplos hoje não se espelhou em ninguém; eles seguiram o que havia dentro de si.
- - Um líder tem seguidores:
- Para uma causa se espalhar e ganhar representatividade, um líder tem que formar novos líderes, não seguidores. O líder inspirador tem pessoas em torno de si, não atrás de si.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.