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segunda-feira, 16 de março de 2009

Aldo Moro, politico italiano do primeiro time é sequestrado (1978)

16 de março de 1978 — Aldo Moro é sequestrado
jornal do Brasil: Aldo Moro é sequestrado
O presidente do Partido Democrata Cristão, Aldo Moro, foi sequestrado, em Roma, quando saía de casa de carro, e se dirigia para o Senado para assistir ao debate sobre o programa do novo governo de Giulio Andreotti. Quatro guarda-costas de Moro morreram na hora e um chegou a ser levado para o hospital em estado gravíssimo. O veículo que transportava o político, e os outros dois em que estavam a sua escolta foram fechados por um dos quatro carros que transportavam 12 jovens armados. 
As Brigadas Vermelhas assumiram o sequestro e exigiram a libertação de 14 integrantes do grupo, que estavam sendo julgados em Turim. Segundo a polícia italiana, os brigadistas presos riram e comemoraram quando souberam do sequestro.
Mais de 50 mil homens das três forças policiais da Itália uniram-se para caçar os sequestradores. Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar e pedir o fim da violência na política. Muitos correram para os supermercados para estocar comida e foram aos bancos sacar dinheiro. 
Moro era catedrático de Direito Penal, foi deputado pela Democracia Cristã em 1948, e desde 1955 foi várias vezes Ministro dos Negócios Estrangeiros. Entre 1963 e 1976 dirigiu três governos de coligação com os socialistas. Era um hábil negociador e apoiava um governo de coalizão entre os dois mais populares e antagônicos partidos políticos italianos: o Partido Comunista e a Democracia Cristã. Pela primeira vez em 13 anos os comunistas ficaram ao lado da maioria e foram incluídos no plano de governo articulado por Aldo Moro.

Governo não negociou libertação
O governo italiano recusou-se a negociar com os sequestradores. Em mensagens escritas no cativeiro, Moro chegou a implorar para que fossem considerada as condições impostas à sua libertação. Mas depois de 55 dias mantido como refém foi encontrado morto com 11 tiros no porta-malas de um carro em Roma. 
As Brigadas Vermelhas surgiram em Milão, em 1969, do encontro de ex-militantes do Partido Comunista Italiano, dirigentes sindicais e estudantis, alguns vindos de meios católicos. O sequestro de Aldo Moro desencadeou uma crise no grupo, que foi desarticulado em 1980 pela polícia italiana, com a colaboração de toda a sociedade. Em 1999, as Brigadas reapareceram, mas desta vez, sem contar com o apoio da esquerda.


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