Lucila Godoy Alcayaga foi a primeira escritora latino-americana a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Descendente de espanhóis, bascos e índios, nasceu em Vicuña, uma vila do norte do Chile, em 1889. Foi poeta, professora e diplomata, e teve uma vida sofrida, cujas dificuldades ela transformou nos temas centrais dos seus poemas, carregados de amor e esperança. O pai abandonou a família quando ela tinha 3 anos, e aos 15 anos Lucila já dava aulas.
Em 1914, venceu um concurso literário com Sonetos de la muerte, assinados com o pseudônimo Gabriela Mistral, formado a partir do nome de dois poetas, o italiano Gabriele D'Annunzio e o francês Frédéric Mistral.
O suicídio do seu noivo em 1907 a marcou por toda a vida e foi abordado em seu primeiro livro de poesias, Desolación (1922). No mesmo ano foi convidada pelo Ministério da Educação do México para planejar a reforma educacional daquele país e criar bibliotecas populares. Depois de receber o Prêmio Nobel, representou o Chile como diplomata em Nápoles, Madri, Lisboa e Rio de Janeiro, e atuou em várias instituições de ensino superior na Europa e na América Latina.
Gabriela Mistral foi cônsul no Brasil no anos 40 e viveu em Petrópolis. O período foi marcado pelo suicídio de seu sobrinho, a quem chamava de filho. A morte da mãe em 1929 a inspirou a escrever o livroTala.
Cecília Meirelles, que conheceu Gabriela no Rio, a descrevia como uma pessoa de hábitos simples, de extrema dedicação pelas crianças, que procurava realizar uma obra educativa que espelhasse suas preocupações com o futuro da humanidade.
Alguns dos seus poemas mais conhecidos são Piececitos de Niño, Balada, Todas íbamos a ser Reinas, La Oración de la Maestra, El Ángel Guardián, Decálogo del Artista e La Flor del Aire
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