O brasileiro Henrique da Costa Mecking, o Mequinho, tornou-se aos 19 anos o mais jovem grande mestre internacional de xadrez ao empatar com o romemo Victor Cocaltea no 15º movimento em partida válida pela 14ª rodada do torneio de Hastings, na Inglaterra. Depois de conquistar o título, o mestre desabafou: "Agora posso dormir tranquilo. Fiquei várias noites em claro, passando e repassando cada movimento no tabuleiro". De volta ao Brasil, Mequinho foi recebido no aeroporto pela bateria da Mangueira.
O maior enxadrista brasileiro aprendeu a movimentar as peças aos 5 anos, orientado pela mãe. Aos 12 anos, já havia ganho o campeonato gaúcho e, aos 13 anos, o brasileiro. Aos 15 anos, ao conquistar o Sul-Americano tornou-se o mais jovem jogador a vencer um campeonato continental, e em seguida sagrou-se o mais jovem Mestre Internacional da história do xadrez. O desempenho de Mequinho na juventude só é comparável a outros gênios, como o norte-americano Bobby Fischer e o russo Garry Kasparov. O brasileiro aos 18 anos chegou a empatar uma partida com Fisher, já naquela época considerado o mais forte enxadrista de todos os tempos.
Em 1978, atingiu a posição de terceiro melhor jogador de xadrez do planeta, com 2.635 pontos, na tabela da Federação Internacional de Xadrez, atrás apenas de Viktor Korchnoi, vice-campeão mundial, e de Anatoly Karpov, campeão mundial. Mas naquele mesmo ano Mequinho foi bruscamente obrigado a interromper sua carreira. O jogador foi acometido de miastenia, doença que ataca e debilita o sistema nervoso e os músculos. Desenganado pelos médicos, que disseram que ele poderia morrer a qualquer momento, ingressou na Renovação Carismática Católica e diz que ficou curado. Mequinho retornou às disputas internacionais em 2000, mas tem dedicado a maior parte de seu tempo à religião.
Adorei o novo design do OFICINA, Parabéns! E que 2009 seja cheio de bençãos.
ResponderExcluir